Resenha Sobre O Filme A Solução Final

Resenha livre sobre o filme: A Solução Final

Leonardo Machado Vianna

Trata-se de um caso de um sociopata, sádico e extremamente fiel a sua causa, que não se deixa ser coagido ou levado a assumir seus atos usando de subterfúgios para justificar suas decisões.

Temos o a questão de dar justiça a o “Monstro” que nunca primou pela mesma, ou seja, dar a ele aquilo que ele não nos deu, porém com o passar do tempo vem a cobrança por justiça e isso quando se é publico pode ganhar força desconhecida, mas tivemos um belo exemplo de perseverança e determinação, porém sacrificante.

O envolvimento pessoal com a causa que a personagem se depara em dado momento é de colocar em xeque sua conduta e seus valores, mas ele segue firme e paga por suas escolhas.

O interrogatório no qual se passa maior parte do filme é tenso e intrigante no aspecto de fazer com que o Eichmann confessasse seus crimes, porém este trabalho não é fácil. Pois se trata de um dos mais bem instruídos pertencentes do quadro nazista e para isto montasse uma enorme estrutura de pesquisadores e jornalistas que fornecem informações ao personagem entrevistador e isso é mais um fato que aumenta a cobrança em relação ao resultado de seu trabalho, ou seja, a confissão de Eichmann.

Esse trabalho, que a princípio parece ser fácil, nada tem a ver com facilidade, pois existem várias influências, externas e internas, além do aspecto da sedução de um sociopata em relação às coisas em comum com o interlocutor.

Sendo assim ele busca sempre algo para comover o entrevistador e ao mesmo tempo nega sempre sua culpa em atos relativos a suas atividades nos campos de extermínio.

Eichmann sempre sedutor, teve muitas amantes por aí perpassa boa parte de sua história de vida e do filme, mas não se comprova nada através desses casos em relação aos seus atos homicidas, porém em nada se parecem a não ser pelo fato de suas vidas estarem em um momento muito difícil a de Eichmann definindo-se para o final e a do policial com sua família se desmoronando com a saúde de sua esposa comprometida e todo assédio da imprensa que o faz agir mais fortemente em busca de seu objetivo ou seja a confissão de Eichmann.

Como todo sociopata, Eichmann também é vaidoso e não deixou de pecar por isso, através de um ato de egocentrismo desobedeceu seu superior e de próprio punho assinou um documento desautorizando-o.

Enfim Eichmann é condenado e infelizmente sua história ficará para sempre.