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Resenha do Filme "A Experiência"

Por:   •  22/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  351 Palavras (2 Páginas)  •  188 Visualizações

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“A Experiência” leva o espectador a uma reflexão sobre regras, poder e moral. Baseado em fatos reais, o filme retrata um experimento realizado por dois cientistas a fim de analisar o comportamento humano perante o ambiente que são expostos, que na experiencia imitava uma prisão, e a situação de “poder” e de “encarceramento”. Foram selecionados 24 voluntários e separados em grupos de 12, onde um grupo era prisioneiro e o outro grupo era responsável por manter a ordem, ou seja, os guardas da prisão.  

Ficou evidenciada a transformação dos indivíduos quando eles obtiveram o poder, pois os guardas deveriam cumprir algumas regras – leis –, assim como os prisioneiros, e o cumprimento dessas regras por parte dos guardas foi imposto de forma dura, sem flexibilidade e ignorando as diferenças entre os prisioneiros. Através disso, podemos traçar uma ligação com o que pensava Nietzsche e Foucault, onde eles evidenciam que nos primórdios da sociedade, a autoridade era restrita a pequenos grupos, que estabeleciam as regras e diziam como as pessoas deveriam agir. Para Foucault, existem variadas maneiras de o indivíduo agir com moral, diferentes modos para o indivíduo ser sujeito moral da ação. O agir é a maneira como o sujeito se constitui a si mesmo, como sujeito moral, mesmo agindo conforme o código moral. Ainda para Foucault, “a ação moral é a maneira pela qual o sujeito se constitui e transforma sua conduta moral”. Ou seja, é preciso sim seguir as regras, porém, apenas segui-las não torna o sujeito correto, é necessário adaptar-se as diversas situações para então impor as regras, o que não ocorre no caso dos guardas. Esta situação pode ser correlacionada também com o pensamento do filósofo Nietzsche que afirma que a atribuição de valores é criação humana, sendo assim, o dever não existe e devido ao fato de os homens não serem iguais, o filósofo recusa uma moral igualitária.

Concluo que, para vivermos em sociedade de forma harmoniosa, é necessário haver regras, porém elas devem ser flexíveis e “adaptadas” conforme as situações. Devem promover o bem comum e não serem beneficentes para apenas uma parcela da população.

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