Resenha filme Sócrates
Por: RangelGrazielle • 22/10/2015 • Resenha • 704 Palavras (3 Páginas) • 1.269 Visualizações
Universidade Federal Fluminense
Faculdade de Educação
Disciplina: Filosofia da Educação I
SÓCRATES. Direção: Roberto Rossellini. Espanha. 1971. 120 min. Color. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=SlJSF-V6yBA. Acesso em: outubro de 2015.
Sócrates é um filme produzido pelo cineasta Roberto Rossellini onde nos são apresentas algumas reflexões sobre os minutos finais da vida do filósofo grego Sócrates, da política e da cultura grega. O filme também nos mostra o aspecto da preservação da tradição, da memória popular e o choque com a modernidade. É composto quase que totalmente por diálogos, baseados em diálogos de Platão.
A película começa com Atenas tomada pelo governo dos 30 de Lisandro. Os aristocratas gregos debatem os erros de Alcebíades em sua campanha na Sicília, a discussão na verdade trata-se do antigo antagonismo entre Esparta, dominante, e Atenas, terra dos pensadores. Enquanto discutem os aristocratas são servidos pelos escravos, eles comem e bebem bem à vontade.
No filme observamos também Sócrates ainda caminhando pela cidade Atenas enquanto aplica a maiêutica, método de debate criado por ele. O objetivo da técnica era induzir os interlocutores a caírem em uma argumentação contraditória.
Na cidade, os espartanos distribuem comida ao povo. Em seguida Sócrates aparece sendo escorraçado por um estrangeiro. Seus amigos tentam ajudá-lo e perguntam por que ele não leva ao tribunal tudo aquilo que estava acontecendo. Mas Sócrates responde: “Não posso me chatear por levar um coice de um burro. Além do mais, é difícil levar um burro para o tribunal”.
Na obra cinematográfica de Rossellini, Sócrates é bem sarcástico. Isso faz com os jovens atenienses abandonem seus pais para segui-lo. Porém os atenienses passam a desconfiar das doutrinas de Sócrates, pois os jovens da cidade começam a mudar e a agir de modo bastante diferente do costume habitual. Quando enfim os atenienses retomam ao poder, muitos questionamentos a respeito da influência do filósofo manifestam-se na cidade. Como consequência acontece o julgamento de Sócrates e sua condenação: morrer envenenado bebendo cicuta.
Seus acusadores são: Meleto: era um poeta trágico. Foi ele quem assinou os termos da imputação; Ânito: orador e político de grande influência. A visão de Ânito sobre o pensador estava igualada com a de muitos comerciantes poderosos; Lícone: tinha pouco relevância e autoridade, também depõe contra Sócrates no julgamento.
Segundo eles, Sócrates não as divindades do Estado e tentava apresentar deuses novos para seus alunos e ouvintes.
Contudo, antes de seu julgamento, o autor nos apresenta algumas cenas do cotidiano de Sócrates. Uma delas é quando o pensador regressa para sua casa e se encontra com sua esposa. Seu nome é Xantipa, mulher bastante desequilibrada e que gosta de mandar. Assim que o filósofo entra na sala, Xantipa reclama que há dias ele não aparece para ver os filhos e que estes estão passando fome. Ela se aborrece com Sócrates, pois queria que o mesmo agisse como os Sofistas que vendem seus conhecimentos para os filhos dos senhores ricos de Atenas. Mas isso ele não faz por acreditar que o seu conhecimento não está à venda.
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