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Por:   •  27/10/2014  •  5.193 Palavras (21 Páginas)  •  1.007 Visualizações

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Língua Brasileira de Sinais

Três fases compõem a história de Ed. de Surdos: Até 1760, apenas surdos de famílias abastadas tinham acesso ao ensino formal. Após 1760, com o método visual, L'Épée e seus discípulos surdos fundam escolas em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil. De 1880 a 1980 o 'Congresso de Milão' impõeo uso da oralidade na Educ. de Surdos.

A Educação de Surdos

Precursor da LS, o francês Abade Charles Michel de L'Épée, oportuniza a formação de educadores surdos com a promoção do ensino público. Para o aprendizado da oralidade, na Inglaterra, Thomas Braidwood utiliza a escrita e o alfabeto digital (manual). O alemão Samuel Heinicke proibia o uso de qualquer recurso manual, pois acreditava que os sinais prejudicavam o desenvolvimento da fala oral.

Principais Métodos de Ensino

Método Visual: bilinguismo, ensino a partir de sinais e gestos. Método Oral: oralismo, uso da voz e leitura orofacial (labial). Método Bimodal: bimodalismo, mistura as modalidades visando a comunicação,também chamado de Comunicação Total.

O Fim da Imposição William Stokoe, em 1960 publicou o artigo que comprova o status linguístico da Língua de Sinais Americana – ASL. Observou-se que o método oral não beneficiava a todos os surdos, mesmo os que usavam o AASI enfrentavam muitas dificuldades de aprendizagem. Na década de 1980, a comunidade surda reivindica o direito de ser bilíngue e usar a Língua de Sinais.

Concepções de Surdez

O bilinguismo se alinha a uma concepção socioantropológica de surdez, respeita a LS como língua natural dos surdos e os inclui em situação de minoria linguística. Já o oralismo parte de uma concepção clínico-patológica, o surdo é visto como deficiente que necessita de tratamento e reabilitação para aprender a falar oralmente.

Mitos que envolvem a LS

A língua de sinais é universal. • A língua de sinais é icônica.• É uma “linguagem” agramatical.• Todo surdo é mudo.

Cultura e identidade Surda

De acordo com Choi et al. (2011, p.35), a língua de sinais representa três papéis principais para os surdos: símbolo da identidade social, meio de interação social e depositário de conhecimento cultural.

Tecnologias

Campainhas e babás luminosas. Relógios e despertadores vibratórios. TTS, celulares com tecnologia 3G e SMS.Aplicativos de tradução para internet. Closed Caption e Legendas.

Aspectos Sociais da LS

No passado acusada de prejudicar o uso da voz. Atualmente, a ciência comprova que a abordagem bilíngue favorece o pleno desenvolvimento cognitivo dos estudantes surdos. Ampliam-se o número de escolas bilíngues a cada dia a fim de oferecer melhor desempenho acadêmico à pessoa surda.

Parâmetros Linguísticos

Configuração de mãos: formato da mão. Localização: com ou sem ponto de articulação. Movimento: mãos, pulso e direcionais. Orientação das palmas das mãos: direção que aponta. Traços não manuais: expressões faciais, movimento corporal e olhar.

Traços Distintivos na LS

A alteração de qualquer parâmetro muda o significado: APRENDER: feito na altura da testa. SÁBADO: na frente da boca. OUVINTE: ao lado da orelha. A configuração de mãos (CF) e o movimento dos sinais é idêntico, mas o parâmetro localização mudou.

Morfologia

(...) a Libras conta com recursos que permitem a criação de novos sinais. Contudo, diferentemente das línguas orais, em que palavras complexas, são, muitas vezes, formadas pela adição de um prefixo ou sufixo a uma raiz, nas línguas de sinais a raiz é frequentemente enriquecida com vários movimentos e contornos no espaço de sinalização (CHOI et al., 2011, apud KLIMA; BELLUGI, 1979).

Aspectos Morfológicos

Exemplo: LAVAR-ROUPA ≠ Derivação de nomes em verbos Exemplo: CADEIRA deriva SENTAR; a execução do sinal SENTAR é mais longa e de CADEIRA é curta e com movimento repetido. Composição Exemplo: pela junção dos sinais CASA + CRUZ = IGREJA.Incorporação de argumento, número ou negação: LAVAR-CABELO; 1DIA, 2DIAS; QUERER, NÃO-QUERER. Categorias Gramaticais Três classes de verbos (CHOI et. al., 2011, p.76 a 78): Simples: sem concordância, não flexionam. Exemplo: COMER, PARECER, DIRIGIR. Direcionais: com concordância, podem flexionar em pessoa, n. e aspecto. Exemplo: EU PERGUNTO PARA VOCÊ; VOCÊ PERGUNTA PARA MIM. Espaciais: com concordância, incorporam afixos locativos e flexionam conforme necessário. Exemplo: IR, CHEGAr

adjetivos e substantivos

Conforme Felipe (1997, p.85), ao se traduzir adjetivos e substantivos, isso deve ocorrer sempre de forma neutra indiferente do gênero ou número. Ao realizar a transcrição de sinais para LP, usa-se LETRAS MAIÚSCULAS, o gênero é marcado com “@”. Substantivos não sofrem alteração de gênero e necessitam acréscimo do sinal HOMEM/MULHER. Exemplo: em TI@ (se masculino mostra-se o sinal de HOM

Classificadores – CL

Adjetivos descritivos e classificadores expressam a característica do objeto ao desenhar no ar ou mostrar no próprio corpo do emissor. Exemplo: camisa com BOTÕES. Estão associados a um verbo ou ação; no sinal de COPO uso as mãos como se estivesse segurando um copo, para o sinal BEBER é preciso inserir movimento.

Pronomes Pessoais – Tempo Verba

Singular: o dedo indicador aponta para o sujeito. Exemplo: VOCÊ, EU. Plural: pode assumir o formato de numeral. Exemplo: VOCÊS-2, NÓS-3, NÓS-TODOS. Mostram-se verbos: no presente com HOJE, AGORA; no passado com ONTEM, ANTEONTEM, PASSADO; no futuro com AMANHÃ, SEMANA QUE VEM, VAI, FUTURO.

Atividade Prática

A Língua de Sinais Brasileira usa como base a estrutura linguística da Língua Portuguesa? O que dá sustentação ou respaldo Legal à Língua Brasileira de Sinais?

Estrutura da Língua Apesar de encontrar na Libras, como na LP, a estrutura SVO (Sujeito-Verbo-Objeto) a estrutura tópico-comentário é muito mais frequente. Exemplo: A frase em LP: “Você vai ao shopping?” assumiria mais naturalmente a estrutura OSV na LS: “Shopping você vai?” (CHOI et. al., 2011, p.90). Portanto é possível perceber que a Libras, como língua natural que é, tem sua própria

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