A Poluição Hídrica
Por: HigorMT • 26/5/2015 • Trabalho acadêmico • 1.490 Palavras (6 Páginas) • 299 Visualizações
1 RESUMO
Ao contrário de que se pensa, a água doce é um recurso natural finito, cuja qualidade vem piorando devido ao aumento da população e à ausência de políticas públicas voltadas para a sua preservação. Estima-se que aproximadamente doze milhões de pessoas morrem anualmente por problemas relacionados com a qualidade da água. Esse problema não é diferente o Brasil, uma vez que os registros do Sistema Único de Saúde (SUS) mostram que mais de 80% das internações hospitalares do país são devidas a doenças de veiculação hídrica, ou seja, doenças que ocorrem devido à qualidade imprópria da água para consumo humano. O comprometimento da qualidade da água para fins de abastecimento doméstico é decorrente de poluição causada por diferentes fontes, tais como efluentes domésticos, efluentes industriais e deflúvio superficial urbano e agrícola. Com isso, existe um consenso geral que as atividades agropecuárias, industriais e o crescimento desordenado das populações urbanas, regem uma importante função na contaminação dos mananciais, águas subterrâneas, lagos, rios e mares sendo atividades com altos potenciais de degradação.
Palavras-chave: qualidade da água, contaminação dos mananciais, águas subterrâneas, rios e mares.
2 INTRODUÇÃO
Poluição é o termo empregado para designar a deterioração das condições físicas, químicas e biológicas de um ecossistema, que afeta negativamente a vida humana e de espécies animais e vegetais.Toda vez que utilizamos o termo "qualidade de água", é necessário compreender que esse termo não se refere, necessariamente, a um estado de pureza, mas simplesmente às características químicas, físicas e biológicas, e que, conforme essas características, são estipuladas diferentes finalidades para a água. Assim, a política normativa nacional de uso da água, como consta na resolução número 20 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), procurou estabelecer parâmetros que definem limites aceitáveis de elementos estranhos, considerando os diferentes usos. Para as condições brasileiras, não se tem quantificado o quanto esses poluentes contribuem para a degradação dos recursos hídricos. Nos Estados Unidos, no entanto, admite-se que 50% e 60% da carga poluente que contamina os lagos e rios, respectivamente, são provenientes da agricultura (Gburek e Sharpley, 1997).
3 DESENVOLVIMENTO
O termo poluição da-se à qualquer degradação (deterioração, estrago) das condições ambientais, do habitat de uma coletividade seja ela pertencente a fauna ou a flora. É uma perda, mesmo que relativa, da qualidade de vida em decorrência de mudanças ambientais. São chamados de poluentes todas as substâncias/agentes que provocam a poluição, desde um ruído excessivo, ao gás nocivo na atmosfera, dos detritos que contaminam os rios e praias ou até mesmo um cartaz publicitário que degrada o aspecto visual de uma paisagem.
Desde os tempos mais remotos o homem costuma lançar seus detritos nos cursos de água. Até a Revolução Industrial, porém, esse procedimento não causava problemas, já que os rios, lagos e oceanos têm considerável poder de autolimpeza, de purificação. Com a industrialização, a situação começou a sofrer profundas alterações. O volume de detritos despejados nas águas tornou-se cada vez maior, superando a capacidade de purificação dos rios e oceanos, que é limitada. Além disso, passou a ser despejada na água uma grande quantidade de elementos que não são biodegradáveis. Tais elementos - por exemplo, os plásticos, metais pesados, a maioria dos detergentes e os pesticidas vão se acumulando nos rios, lagos e oceanos, diminuindo a capacidade de retenção de oxigênio das águas e, consequentemente, prejudicando a vida aquática. A água empregada para resfriar equipamentos nas usinas termelétricas e usinas de energia nuclear e em alguns tipos de indústrias também causa sérios problemas de poluição. Essa água, que é lançada nos rios ainda com temperatura muito elevada, o que faz aumentar a temperatura da água do manancial receptor provocando a eliminação de algumas espécies de peixes, a proliferação excessiva de outras e também de microorganismos, em alguns casos, a destruição de todas.
A própria aglomeração urbana já é por si só uma fonte de poluição, pois implica numerosos problemas ambientais, como o acúmulo de lixo, o enorme volume de esgotos, os congestionamentos de tráfego etc. As precipitações de água atmosférica carregada de ácido sulfúrico e de ácido nítrico é chamada de ‘Chuva Ácida’. Esses ácidos, que corroem rapidamente a lataria de automóveis, metais de pontes e outras construções, além de afetarem as plantas e ocasionarem doenças respiratórias e na pele nas pessoas, são formados pela emissão de dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio por parte de indústrias e da queima de combustíveis fósseis. Esses gases, em contato com a água da atmosfera, e aos ventos que carregam esses gases de uma área para outra desencadeiam as chuvas ácidas que vão precipitar em locais distantes da região poluidora que ocasionou sua formação, inclusive em países vizinhos.
A degradação dos mananciais, proveniente do deflúvio superficial agrícola, ocorre, principalmente, devido ao aumento da atividade primária das plantas e algas em decorrência do aporte de nitrogênio e fósforo proveniente das lavouras e da produção animal em regime confinado. O crescimento excessivo de algas e plantas reduz a disponibilidade de oxigênio dissolvido nas águas, afetando adversamente o ecossistema aquático e causando, algumas vezes, mortalidade de peixes. Além dos impactos causados aos ecossistemas aquáticos, o aumento dos níveis de nutrientes na água pode comprometer sua utilização para abastecimento doméstico, devido a alterações no sabor e odor da água ou à presença de toxinas liberadas pela floração de alguns tipos de algas. Além das implicações causadas pelos nutrientes aos recursos hídricos, é necessário considerar, também, a contribuição dos agroquímicos e dos metais pesados.
O lançamento de despejos ricos em fosfatos num curso d’água pode, em ambientes com boa disponibilidade
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