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A renda da Coréia do Sul per capita no período de 1980 a 2013

Seminário: A renda da Coréia do Sul per capita no período de 1980 a 2013. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  9/6/2014  •  Seminário  •  2.281 Palavras (10 Páginas)  •  422 Visualizações

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Renda per capita da coreia do sul entre 1980 a 2013

O crescimento econômico da Coreia do Sul nos últimos 30 anos foi espetacular. O PIB per capita, que era apenas de US$ 100 em 1963, chegou a quase US$ 9.800 em 2002, 18 vezes maior que o da Coreia do Norte. A Coreia do Sul está entre as dez maiores economias do mundo. O sucesso econômico do país se deve a um sistema de laços íntimos desenvolvidos entre o governo e a iniciativa privada, que inclui crédito facilitado, restrição a importações, subsídios a determinados setores e incentivo ao trabalho. As reformas começaram na década de 1960, com Park Chunghee, que praticou reformas econômicas com ênfase na exportação e desenvolvimento de indústrias leves. O governo também promoveu uma reforma financeira, ajustando as instituições, e introduziu planos econômicos flexíveis. Nos anos da década de 1970 a Coreia do Sul começou a destinar recursos para a indústria pesada e indústria química, bem como as indústrias eletrônicas e de automóveis. A indústria continuou seu rápido desenvolvimento na década de 1980 e começo da década seguinte.

Liderança na tecnologia da informação [editar código-fonte]

Entre fins dos anos 1990 e começo do século XXI, a tecnologia sul-coreana ultrapassou a do Japão e de Taiwan, passando a dominar internacionalmente o setor de semicondutores e tecnologia da informação. Os gigantes da indústria coreana, Samsung e LG, rapidamente ultrapassaram a Sony como líderes no campo da tecnologia da informação. Os telefones celulares e televisões de tela plana da Coreia do Sul são hoje os mais avançados do mundo. Nos últimos anos a economia da Coreia do Sul tem se distanciado do modelo de planificação centralizada e investimentos governamentais diretos, e adotado um modelo mais orientado ao mercado. O país recuperou-se da crise econômica de 1997-98 com ajuda do FMI, e como consequência foi obrigado a adotar uma séria de reformas financeiras, restabelecendo a estabilidade do mercado. A reforma econômica instituída pelo presidente Kim Dae-jung ajudou a Coreia do Sul a manter-se como uma das poucas economias dinâmicas e em expansão da Ásia e é o mais forte dos tigres asiáticos.

1980 a 1990 - Mudanças tecnológicas e globalização financeira

Nos anos 80 houve um grande divisor de aguar com a mudança tecnológica que se intensificou e as transformações da estrutura das indústrias, com a difusão das tecnologias da informação baseadas na microeletrônica. Com a desregulamentação financeira e o simultâneo desenvolvimento de redes mundiais, a integração dos mercados financeiros e de capitais acabou levando a extinção de fronteiras entre os sistemas financeiros nacionais e o euromercado, na direção de globalização das finanças. A emergência de um novo paradigma organizacional tecnológico e a globalização financeira foram os traços mais marcantes da evolução do capitalismo nos anos 80 e 90.

Coreia do Sul passou a exibir desempenho distinto, após sofrer o impacto, no inicio da década, da recessão mundial e do segundo choque do petróleo, bem como da crise no processo de endividamento externo nas economias periféricas. A Coreia do Sul passou a fazer parte do ranking de países endividados junto ao sistema financeiro privado internacional, tendo participado da célere captação de credito externo que marcou grande parte da periferia nos anos 70. Ainda na década de 80, Coutinho (1999) mostra que houve o estreitamento econômico entre os países da OCDE, com o extravasamento de capitais das fronteiras nacionais, sob a égide da globalização financeira, implicando em inúmeras fusões e aquisições internacionais e elevados investimentos diretos das grandes empresas dos países industrializados.

Otaviano Canuto (1994) em Brasil e Coreia do Sul: os descaminhos da industrialização tardia, deixa claro como a economia coreana conseguiu escapar da crise da divida reciclando os seus passivos externos com a ajuda decisiva dos bancos japoneses e a intensificação das relações com o sistema japonês. Com interesse no novo ciclo de expansão, o governo coreano estimula as suas grandes empresas a buscar parcerias com as empresas lideres japonesas, oferecendo sua capacidade de mobilizar recursos e mão de obra qualificada para produzir componentes e montar produtos eletrônicos em regime de OEM. Junto a isso as empresas coreanas passam a adquirir unidades fabris completas do Japão, no sistema de turn key, para acelerar o processo de aprendizado, particularmente nos setores do complexo eletrônica (bens de consumo, telecomunicações, informática semicondutores na área de memórias) e também na área de bens de capital intensivos em eletrônica (equipamentos de automação industrial).

Em 1982, foi lançado o Quinto PQDE, que tinha além dos objetivos principais de alcançar a estabilidade econômica e reduzir as despesas do governo, os seguintes pontos: a) aumento da competitividade das indústrias pesadas; b) desenvolvimento das instituições financeiras; c) solidificação do sistema competitivo e promoção da abertura comercial e; d) desenvolvimento da força de trabalho e promoção da ciência e tecnologia (Song, 2003).

O Quinto PQDE (1982 – 1986) exposto também por Coutinho (1999) elegeu o complexo de indústrias de informática e eletrônica como eixo de desenvolvimento, concedendo incentivos reservados as indústrias prioritárias. A microeletrônica teve atenção especial, focando esforços de investimento na produção de memórias, que são utilizadas em larga escala em bens de informática, consumo e de telecomunicações. Destacando que esse setor da indústria já vinha recebendo incentivos desde os anos 70 em empresas como a Samsung e a Lucky Goldstar, as candidatas naturais a empreender os novos projetos. A partir de meados dos anos 80, a indústria automobilista de bens de capital analisada por Coutinho (1999) começou a receber maior atenção, com o objetivo de reduzir o déficit comercial com o Japão nessas duas áreas. Houve uma reestruturação industrial aumentando a competitividade através do Sexto PQDE (1987-1991), com a ambiciosa meta de dar um salto qualitativo e quantitativo em termos de capacitação tecnológica do sistema produtivo. Os incentivos a pratica de P&D foram intensificados.

Coutinho (1999) afirma que a aliança com o Japão foi importante para a Coreia do Sul alcançar os países desenvolvidos. Na metade da década de 80 quando a desvalorização orquestrada pelo dólar provocou um longo período de desvalorização do iene entre 85 e 89.

Assim os empresários coreanos tiraram grande proveito dessas oportunidades, além disso a Coreia do Sul era um excelente parceiro comercial,

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