Agrariageo
Por: Athos Monteiro • 11/7/2015 • Trabalho acadêmico • 596 Palavras (3 Páginas) • 264 Visualizações
Na década de 70, a geografia agrária no Brasil intensificou o processo de descolonização cientifica e ideológica, rompendo com os paradigmas geográficos europeus e nortes americanos para se juntar aos conterrâneos brasileiros pesquisadores da questão agrária no Brasil, principalmente os economistas e sociólogos agrários.
O Brasil entrou na década de 80 introduzindo a ótica marxista e pós marxista. Desenvolve-se um discurso mais voltado para as questões da agricultura nacional, baseada na ótica marxista, através das transformações dos modos de produção capitalista no país.
O geógrafo agrário deixa de realizar uma geografia pela geografia, rompendo assim com o liberalismo político burguês e cada vez mais vem se conscientizando de que é um cientista social. É como cientista social. Novas perspectivas de pesquisa passaram a ser desenvolvidas pelos geógrafos agrários, principalmente nos estudos das relações sociais de produção e na análise dos modos de produção capitalista na agricultura, no processo de organização do espaço nacional.
No decorrer da década de 60 a Geografia agrária brasileira se aproxima da Geografia Neopositivista, a mesma contem suas bases fundadas na busca pela lógica e pela razão, assim é abordado intensamente à utilização da matemática e estatística. Nesse período a geografia agrária se tornou de grande importância para o Brasil.
Nos aos 70 surge a Geografia crítica que também possui grande influência na Geografia agrária brasileira, levando em consideração à luta de classes, as relações de trabalho, a modernização da produção no campo.
A teoria crítica na geografia agrária brasileira, uma hora hora se aproximava da marxismo ortodoxo e do marxismo leninismo e outra hora se distanciava, mas não deixava de ter os mesmos ideais. A teoria critica sobre agropecuária brasileira anterior aos anos 70 criticava o atraso do capitalismo no campo e defendia uma reforma agrária em que a agropecuária seria a base para a industrialização do país.
No Brasil as perspectivas teóricos metodológicas da teoria critica ajudaram a compreender como a agricultura foi abandonando as técnicas de produção tradicionais , sendo assim substituídas por inovações tecnológicas . O problema das inovações tecnológicas, é que a mesma não estava no alcance de todos e sim para aqueles que possuíam capital, os demiais agricultores que não estava no processo desenvolvido pelo capitalismo monopolista foram excluídos das terras. A partir disso, ocorreu muitos conflitos e a agricultura deixou de ser um setor isolado da economia e se transformou em um complexo industrial. Segundo a teoria critica o estado industrial passou a controlar, proteger e organizar o processo de integração agroindustrial , ou seja a agricultura filtrava a maior parte de sua produção para a industria e não mais para o comércio. A perda de autonomia atingiu os pequenos agricultores e os agricultores tradicionais
As linhas que mais se aproximavam do marxismo ortodoxo de base marxista leninista criticaram a reforma agrária tardia brasileira, o cenário de miséria nos assentamentos rurais e o papel do MST, já as linhas agraristas denfenderam o estado, pelo fortalecimento dos pequenos produtores tradicionais uma reforma agrária nos moldes modernos, pois assim era possível garantir a sobrevivência dos mesmos, pois eles eram importantes para o país e pro movimento agrário diminuindo o processo migratório das áreas rurais mais pobres para os núcleos urbanos
Novos desafios para as perspectivas teórico metodológicas da geografia agrária foram surgindo no atual processo produtivo da agropecuária, pois o mercado mundial esta mais exigente e cobra dos países exportadores medidas mais relevantes que asseguram que os produtos estejam com certificado de qualidade. Muitas outras questões ainda precisam ser discutidas no que tende ao assunto de agrária, como trabalho infantil, proteção ambiental, trabalho escravo e muitos outros ...
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