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CONTROLE DO SOLO E RECOMPOSIÇAO DA VEGETAÇÃO PARA A

Por:   •  6/4/2015  •  Artigo  •  4.471 Palavras (18 Páginas)  •  541 Visualizações

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CONTROLE DO SOLO E RECOMPOSIÇAO DA VEGETAÇÃO PARA A[pic 1]

RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS PELA EXTRAÇÃO DE

ARGILA, SANTA BÁRBARA / GO.

Geraldo Rodrigues de Souza[1]

João José Gonçalves

Thiago Santos Lima

RESUMO

Os solos das áreas degradadas na maioria das vezes apresentam níveis baixos de nutrientes e com características físico-químicas diferenciadas, quando comparadas ao solo original. Portanto, o êxito inicial na recuperação de um ecossistema degradado depende das práticas de controle a serem efetuadas no sítio e de espécies da flora regional, dando início desta forma, ao restabelecimento dos processos ecológicos. A mineração é uma das atividades que causam grande impacto ambiental, pelas alterações que provoca na superfície terrestre. A perda total do solo constitui índice total de degradação de uma região, impedindo a realização de importantes atividades humanas. Este artigo apresenta alternativas de recomposição vegetal para recuperação das áreas degradadas por extração argila, destacando-se: a adição de materiais orgânicos, mulches, serapilheira e turfas e ainda na etapa final do processo de recuperação destas áreas: o restabelecimento da vegetação nativa. Suas utilizações representam a diferença entre o sucesso e a necessidade de replantio. Estes métodos são tidos como eficientes devendo a escolha ser feita de acordo com a disponibilidade e proximidade da área onde se encontra o material. Depois de recuperada a área, pode se devolver sua vocação inicial ou apresentar novas propostas de utilização.

Palavras-Chave: Extração de Argila; recuperação de solos; Recomposição Vegetal.

INTRODUÇÃO

A dimensão ambiental deve constituir uma variável essencial no planejamento do desenvolvimento. A utilização inadequada dos recursos naturais viola os ecossistemas, prejudicando ou mesmo destruindo sua capacidade de auto-regulação e renovação, resultando em progressiva redução da biodiversidade, degradação ambiental, e enfim, das condições de vida.

A extração de argila para produção de telhas e tijolos é grande relevância para o produto interno bruto do país, e tem assumido grande importância no contexto econômico. Entretanto, esta atividade provoca a degradação do solo, as principais conseqüências para o ambiente causadas por este setor são a perda da biodiversidade, a perda da fertilidade natural do solo e a interferência nos recursos hídricos da região.

Neste sentido conforme relata Gardner (2001), a exploração mineral de argila acarreta a destruição de toda a vegetação, altera radicalmente as condições edáficas, a paisagem e perturba totalmente o ecossistema. Se não conduzidas devidamente às atividades de exploração mineral podem ter também conseqüências fora de sua área de ação, sobretudo pela descarga de resíduos contaminados e produtos químicos, podendo ainda permitir a introdução de pragas e doenças nos ecossistemas naturais.

É notável a preocupação com o meio ambiente, haja vista que a mineração brasileira está enfrentando novas pressões nacionais e internacionais para protegê-lo, principalmente às oriundas das normas ditadas pela International Organization for Standardization (ISO). Isto pode significar que as empresas mineradoras terão que assumir um compromisso e investimentos maiores que os atuais para atender as exigências políticas e de mercado (GRIFFITH et al.,1996). Contudo, de acordo com Balensiefer (1998), o setor de mineração no Brasil está muito à frente nas pesquisas de recuperação de ecossistemas com relação às demais atividades degradadoras. Atualmente, no Brasil, as empresas mineradoras vêm implementando práticas que visam a obtenção de um melhor desempenho na recuperação e manejo das áreas degradadas.

As principais ações para que as áreas degradadas possam voltar a ser produtivas consiste no desenvolvimento e estabelecimento de sistemas de controle do solo seguido da revegetação do local de maneira inclusive, a propiciar o retorno da fauna, em especial polinizadores e dispersores.

A extração de argila é uma atividade de elevado risco ambiental, se no decorrer de seu processo, não forem levados em consideração alguns passos fundamentais para que a degradação seja menor possível. O objetivo principal é verificar se a empresa possui licença necessária para a prática da extração da argila, se a mesma segue as leis que foram determinadas pela legislação como:

  • Restaurar áreas degradadas pela extração e argila;
  • Restaurar alterações que venham a ocorrer na paisagem local, aproximando o máximo possível da situação anterior;
  • Reposição da fauna e flora, caso haja algum dano aos mesmos, entre outros...

E também verificar quais os riscos que a extração de argila oferece para os funcionários e para o meio ambiente, bem como mostrar alternativas na recuperação de áreas degradadas por extração de argila. A metodologia utilizada na elaboração desse artigo será da seguinte forma: visita na empresa e reunião com o proprietário da empresa para um questionamento sobre licenciamento e debate sobre melhorias para a empresa na área ambienta.

REFERENCIAL TEÓRICO

Formação e ocorrência de argila

Os solos são materiais que, conforme Brushi e Peixoto (1997) não consolidados que encobrem a rocha matriz, podendo alcançar espessuras variadas, dependendo do estágio de sua formação e do grau de intemperismo a que estão submetidos.

O processo de formação do solo, conforme Lima et al., é extremamente lento e exige séculos ou milênios de trabalho da natureza. O solo formado apresenta aproximadamente 50% de sólidos e 50% de poros que podem conter água, parte da fração sólida apresenta matéria orgânica, cuja quantidade diminui em profundidade. A parte mineral é constituída de partículas de areia, silte e argila.

Brushi e Peixoto (1997) afirmam que a forma, o tamanho e a constituição dos depósitos de argila dependem da estrutura da rocha motiz, do local da extração, do modo de transporte e do ambiente de sedimentação. A diferenciação dá-se por tamanho/diâmetro do grão.

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