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Canal Do Panamé

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Por:   •  9/11/2014  •  2.301 Palavras (10 Páginas)  •  439 Visualizações

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Historia, evolução e usos da hidrologia: Canal do Panamá

Joelcir José Gheno

Marcos Zanetti Júnior

Professor: Ailson Oldair Barbisan

Resumo

Vivemos em um planeta constituído por mais de 70% água, e toda essa água tem um ciclo, que se apresenta e se comporta diferente em cada canto do planeta. Em um sentido amplo a hidrologia é a ciência responsável pelos estudos comportamentais da água, contanto ai as precipitação, evaporação, infiltração no solo, comportamento de rios, lagos e mares, enfim, estuda tudo o que esta relacionada ao movimento dessas águas. Apesar de a hidrologia ser uma ciência nova, que teve sua origem no século passado, devido às grandes obras que necessitavam de estudo hidrológico, o tema relacionado ao comportamento das águas é muito antigo, datam de alguns milhares de anos antes de cristo com os chineses, indianos, antigo Egito e mesopotâmia. Atualmente a hidrologia oferece um papel muito importante na sociedade, principalmente no que diz respeito à captação e distribuição de água potável para centros urbanos, obras que sofrem algum tipo de ação da água, navegação, tratamento de esgotos, agricultura, entre outros.

Palavras chave: Hidrologia. Água. Ciência

1 INTRODUÇÃO

A hidrologia é uma ciência muito estuda nos dias atuais, esta presente em todos ou quase os cursos de engenharias, ciências biológicas, ambientais, energéticas e afins, segundo definição encontrada no Wikipédia “A Hidrologia (do grego hydor, "água"; e logos, "estudo") é a ciência que estuda a ocorrência, distribuição e movimentação da água no planeta Terra. A definição atual deve ser ampliada para incluir aspectos de qualidade da água, ecologia, poluição e descontaminação”.(1)

Os mais antigos trabalhos relacionados à hidrologia pertencem ao antigo Egito, a cerca de 3500 anos A.C, onde na primeira dinastia do faraó Menés, foi construída uma barragem no rio Nilo para alimentar um canal de irrigação, esse canal media cerca de 15 metros de altura e 500 metros de comprimento, ainda no antigo Egito agricultores rompiam diques e inundavam suas plantações para fertilizá-las nas épocas propicias. Porém não se tem registro de estudos da hidrologia como ciência por parte dos egípcios, mas sim sua utilização. (2)

Ao decorrer dos milênios nenhum estudo mais aprofundado sobre a hidrologia foi feito. Chuvas, secas, nascentes de rios ou outros fenômenos eram atribuídos a vontade dos Deuses, o grego Aristóteles foi o primeiro a sugerir que as chuvas alimentavam os rios , mas a idéia não era muito aceita na época, sendo mais aceita somente por volta do ano de 1500 D.C, porem ele também não tinha certeza de que realmente eram as chuvas alimentavam os rios, e ainda não se tinha explicação para as águas subterâneas. (2)

Os primeiros estudos mais aprofundados sobre hidrologia aconteceram somente na segunda metade do século XVII, com 3 cientistas: Marriot médio a velocidade do rio Sena, Halley, em 1693, provou que a evaporação da água do mar era suficiente para responder por todas as nascentes e fluxos d’água da terra e Perrault através de medidas das chuvas na bacia do rio Sena provou que toda a precipitação era responsável pela vazão do rio o ano todo. Nos dois séculos a seguir, houve inúmeros avanços, incluindo o teorema de Bernoulli e o tubo de Pitot, além de inúmeros instrumentos de medidas que foram sendo aperfeiçoados. (2)

A primeira metade do século XX, em que diz respeito à hidrologia esta mais relacionada as medidas constantes de vazões de rios e medidas pluviométricas, mapeando-se assim o globo em termos de chuvas, vazões, observações sobre tipos de rios, correntes marinhas, e outros fatores. A partir da segunda metade do século XX acontece o período da engenharia, onde com a chegada do computador com programas especializados, com o lançamento de satélites, de altos investimentos e grandes obras foi de vital importância para um conhecimento mais profundo da hidrologia. A partir de 1990 começou um período da hidrologia relacionado à sustentabilidade, com estudos mais voltados para o uso dos recursos de forma a não agredir o meio ambiente e recuperação de áreas afetadas. (3)

2 O CANAL DO PANAMÁ

2.1 HISTÓRIA

A história do canal é muito mais antiga que a maioria possa imaginar, começou ainda no século XVI, quando o então historiador López Gómara apresentou ao governo espanhol um projeto para criar um canal, mas o governante da época, o Rei Felipe II ignorou totalmente o projeto e ainda declarou que foi a vontade de Deus que ali não existisse passagem.

Então a idéia ficou adormecida por séculos e no século XIX, o então presidente da Colômbia Simon Bolívar solicitou estudos para saber sobre a viabilidade da construção de um projeto para o canal, mas desistiu da idéia, e ficou claro que os países da região eram muito pobres e não teriam como financiar obras de tamanha grandeza. Mais ou menos entre 1830 e 1850 com a descoberta de ouro na Califórnia EUA, fez com que a idéia partisse por parte Norte Americana.

Mas foi o Francês Ferdinand Lesseps, (ver figura 1) projetista e construtor do canal de Suez no Egito que liga o Mediterrâneo ao Mar Vermelho, que em 1881criou a Compagnie Universelle Du Canal Interocéanique de Panamá e começou a construção da tão sonhada passagem entre os dois oceanos. A idéia era abrir uma passagem no nível dos oceanos, No entanto, havia uma vasta diferença entre escavar areia em uma área seca e plana e remover enormes quantidades de pedras no meio da floresta tropical. Enchentes, desmoronamentos de barro e suas doenças como febre amarela e malaria mataram milhares de trabalhadores e fez com o Ferdinand abandonasse a obra e fizessem que o sonho por ora terminasse.

FIGURA 1

Fonte: pt.wikipedia.org

Em 1894 novamente os franceses retomaram as obras com a Compaigne Nouvelle Du Canal de Panamá, mas também não levaram as obras adiante, fazendo que os Estados Unidos abraçassem de vez o projeto, mas antes foi preciso negociar com os Ingleses e revogar o tratado de Clayton-Bulwer, tratado esse que impedia que qualquer um desses países colonizasse países daquela região. Também foi preciso evitar problemas com os franceses, e para isso foi preciso adquirir a concessão do local e ações das companhias

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