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Escassez da água

Tese: Escassez da água. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  26/8/2013  •  Tese  •  1.890 Palavras (8 Páginas)  •  569 Visualizações

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1.Escassez da água

A água potável, componente básico da biosfera, se encontra em um movimento de diminuição tão acelerado que a previsão para 2050 é de 2.500 bilhões de pessoas sem acesso ao precioso líquido vital. Hoje, este número é de um bilhão. Segundo a FAO e o Banco Mundial, em 1990, 20 países - 9 no Oriente Médio e 11 na África - sofriam pela falta de água. Em 1996 já eram 26 e em 2020 serão 41. Apenas 2.5% da água existente em nosso planeta é doce e possivelmente já não contamos mais com este percentual

A escassez dá-se principalmente pela sobre-exploração. Neste século, se multiplicou por seis a quantidade extraída. A explosão demográfica, a contaminação por errônea utilização, o desperdício e o câmbio climático influenciam diretamente na diminuição dos recursos hídricos. Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL)

Hidroguerras: o líquido cobiçado deixa de ser o petróleo

23/10/2011

Resumo

O artigo se desenvolve sobre a questão da escassez de água potável no planeta e suas conseqüências conflitivas em um passado e futuro muito próximo. Propõe a partir do conceito de democracia ambiental, uma forma de alcançar a paz mediante eficaz participação e informação que seja capaz de conscientizar os povos das necessidades de preservar recursos naturais básicos como a água, proporcionando um hábito cultural e solidário na sociedade internacional.

Palavras-chave: Recursos hídricos, Hidroguerras, Amazônia.

Introdução

Em 3.200 anos de história, somente conhecemos 300 de paz. Vivenciamos praticamente 15.000 guerras que nos deixaram um legado de mais de 3 bilhões de mortos. O século XX foi o mais mortífero devido principalmente ao aprimoramento das tecnologias de guerra e as sempre presentes questões religiosas. No entanto, muito sangue jorrou por conflitos ambientais. A escassez de água potável, sua distribuição, acesso e gestão foram, são e serão, motivos de grandes disputas internas e internacionais.

O fracasso da VI Conferência das Partes da Convenção sobre Câmbio Climático, causado principalmente pelo desacordo entre os EUA e a União Européia que atuaram como em um jogo ou em uma nova modalidade de "guerra-fria político-ideológica", pelo menos serviu para alertar a comunidade internacional dos impactos deste câmbio, principalmente em relação a disponibilidade de água: em 20 anos, no sul da Europa a escassez de água se agravará um 25% em razão a perturbação dos ciclos hidrológicos que poderá ocasionar períodos de fortes chuvas em algumas regiões assim como de secas em outras; Afeganistão, Etiópia, Serra Leoa e Tanzânia, os quatro países que menos contaminam, sofrerão efeitos devastadores em suas agriculturas ao acentuar-se as secas. Entretanto, os protagonistas da VI Conferência não ousaram discutir problemas transcendentais a possíveis soluções e efeitos de ordem climática, como os conflitos violentos e a conseqüente inseguridade internacional que poderão surgir em virtude deste câmbio.

2. As Hidroguerras

O sistema natural água tem sido origem de violentos conflitos no decorrer de nossa história beligerante. As tendências indicam que estamos nos acercando de uma complexa "crise da água" em todo o planeta. A escassez em um futuro próximo será a principal limitação para a produção agrícola e para o próprio desenvolvimento das espécies.

Tensões podem originar-se pelo controle do acesso ao recurso, onde a água é a raiz do conflito, bem como um meio de disputar desenvolvimento. Também pode ser usada como uma ferramenta militar onde a água, ou sistemas de água, são utilizados como armas durante a ação militar ou como instrumento político e, ainda mais, ser uma forma de terrorismo onde é o objeto da violência ou coerção. Desde 1500 em mais de 60 conflitos a água foi fator determinante, como instrumento ou como causa.

Na II Guerra Mundial (1940-1945) e na Guerra de Kosovo (1999) a água foi utilizada como uma ferramenta militar. Naquela, várias represas hidroelétricas foram bombardeadas em objetivos estratégicos. En Kosovo, muitos poços de água foram contaminados pelos sérvios assim como o estratégico fechamento de sistemas de água em Pristina.

Em 1970, Brasil, Paraguai e Argentina protagonizam um conflito não violento por disputas políticas e de desenvolvimento, visto que Brasil e Paraguai anunciaram planos de construção da hidroelétrica de Itaipu, causando preocupação ao governo Argentino tanto no que concerne aos impactos ambientais no rio de curso internacional, bem como a seu próprio projeto. Argentina pede para ser consultada durante o projeto de Itaipu, o que é negado pelo Brasil. Um acordo firmado em 1979 põe fim a este conflito prevendo a construção de ambas hidroelétricas.

O desenvolvimento da região "bíblica" compreendida entre os rios Eufrates e Tigre gera entre

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