Etiópia

Etiópia

O continente africano é onde ocorre a maior quantidade de casos de mutilação feminina, que também é praticada em vários outros países da Europa, Ásia, América do Norte e América Latina. Estima-se que pelo menos 200 milhões de garotas são vítimas deste procedimento violento em todo o mundo.

Localizada na região denominada “Chifre da África”, a Etiópia é um dos países mais populosos do continente africano. Sua religião é bastante diversificada, pois recebeu grande influência dos povos vizinhos. E infelizmente, é um dos 28 países da África que ainda pratica a mutiilação feminina em grande escala.

Durante uma conferência que ocorreu em Addis-Abeba (Etiópia), patrocinada pelo Comité Interafricano de combate às práticas tradicionais nefastas contra mulheres e crianças, foi divulgado que aproximadamente 100 milhões de mulheres foram vítimas deste procedimento violento, apenas na África. A chamada circuncisão feminina pode assumir formas mais ou menos graves. Vai desde o corte “simbólico” da extremidade do clítoris, à clitoritomia, que consiste na extracção parcial ou integral do clítoris e dos lábios menores da vulva (80 por cento das mutilações genitais femininas, segundo a Organização Mundial de Saúde). A intervenção mais radical, mais dolorosa e mais atentatória da dignidade da mulher chama-se infibulação e envolve a extirpação do clítoris, a extracção da maior parte dos grandes e pequenos lábios da vulva e a posterior costura e suturação das extremidades genitais mutiladas, deixando apenas um pequeno orifício para permitir a passagem da urina e do fluxo menstrual. Após a operação, as pernas da mulher permanecem atadas uma à outra durante várias semanas até que as feridas cicatrizem. A infibulação, também chamada excisão faraónica, afeta cerca de 15 por cento das mulheres mutiladas e é principalmente praticada no Sudão, Somália e Etiópia, precisamente os três países onde a mutilação genital feminina é mais comum.

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