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Falesias

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Por:   •  14/10/2014  •  Resenha  •  422 Palavras (2 Páginas)  •  328 Visualizações

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Recebe o nome de falésia a formação litorânea que é produto direto de processos erosivos naturais, relacionado a oscilações do nível relativo do mar e mudanças nas condições climáticas que ocorrem há cerca de milhões de anos. Em outras palavras, são paredões íngremes encontrados no litoral de quase todo o mundo, esculpidos pela lenta mas constante ação da água do mar, através das ondas e marés, e também pela chuva, que após um longo período de tempo indo de encontro à rocha, acaba por "esculpi-la", originando costas altas e abruptas, resultado direto da erosão marítima.Tal formação é, em um sentido mais amplo, parte do trabalho de construção e destruição realizado pelo mar nas áreas litorâneas, responsável por "desenhar" os diversos recortes que a fronteira entre terra e água possui em nosso planeta. Esta ação do mar na rocha recebe o nome de abrasão marinha. Os produtos (sedimentos) derivados da erosão das falésias serão transportados pelo mar, indo se depositar em uma área próxima, dando origem às praias, restingas e tômbolos.

São dois os tipos de falésias, classificadas de acordo com a influência do processo erosivo: as falésias vivas, onde tal processo ainda se opera, e as falésias mortas, onde o processo erosivo já cessou. As falésias mortas fornecem pistas sobre a atividade oceânica e mostram até onde o mar já avançou.A falésia é uma das unidades que compõem uma paisagem litorânea, como por exemplo as praias, dunas, mangues, estuários, terraços marinhos, lagoas, lagunas, e que são interligadas por energias que mantêm tais componentes em constante transformação. Interferências mal planejadas pelo homem, em uma dessas unidades (as chamadas ações antrópicas) podem causar impactos ambientais negativos, de alta magnitude e permanentes, além de uma série de danos nas outras unidades, mesmo sem estarem ligadas diretamente às mesmas ações antrópicas.Assim, as atividades antrópicas existentes nessas áreas deverão ser caracterizadas como de risco, pois podem produzir deslizamento e desmoronamento das encostas bem como a poluição do lençol freático.

Tais barreiras verticais naturais impedem o maior avanço do mar naquele terreno em que se encontram, e apresentam uma notável diversidade, tanto pela composição da rocha que dá origem à formação como pela altura de algumas destas falésias, que no Brasil alcançam até 20 metros de altura. Do Amapá ao Rio de Janeiro predominam as falésias avermelhadas, formadas a partir de terrenos de arenito. Já no sul do país, são mais comuns as falésias escuras, talhadas em granito. Além das encostas próximas ao mar, os geólogos também estudam paredões a até 2 quilômetros da costa (as chamadas falésias mortas).

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