Geografia Brasil
Projeto de pesquisa: Geografia Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: criscarnelos • 23/9/2013 • Projeto de pesquisa • 5.692 Palavras (23 Páginas) • 418 Visualizações
Introdução
O início da Globalização gera discordância quanto ao momento histórico de seu surgimento. Porém a datação mais significativa e aceita é o fim da década de 80, onde o mundo era dividido em dois: o capitalista e o socialista. O que estamos vivendo hoje é a vitória do sistema que ganhou esta guerra: o capitalista, que é um sistema produtivo, ou seja, ele precisa produzir, e precisa vender para obter lucro, para isso ele usa dois outros sistemas auxiliares atualmente: O sistema neoliberal e uma rede de informação mundial que faça seu produto conhecido e comercializado no mundo inteiro. Eis aí a globalização. Tal fenômeno, ainda, gera a agilidade e eficiência das comunicações e da informação, além de ‘’estreitar’’ as distâncias entre cidade e países.
O Brasil, como mostraremos, está totalmente inserido nesse contexto global. Suas raízes estão pautadas na abertura econômica com Juscelino Kubitschek, no grande investimento estrangeiro durante a Ditadura Militar e, mais profundamente, com a implementação da política neoliberal no início da década de 90.
Será ainda levado em consideração questões como: agropecuária, comércio internacional (importação e exportação), a importância geopolítica do Brasil no mundo, devido a grande quantidade de água doce, a importância da Amazônia, a importância do país junto a ONU, a questão energética, a importância do Mercosul, a atração de Multinacionais e seu contexto interno no país, entre outros assuntos.
Escrito por Rodrigo Federer às 20h00
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Processo histórico
Como dito acima, já no governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), o Brasil ‘’engatinhava’’ uma economia minimamente globalizada. JK investiu com convicção na atração de capitais externos para equipar as indústrias locais. Com medidas que privilegiavam esses empréstimos, como a adoção de uma taxa cambial favorável e de facilidades na remessa de lucros para o exterior, o Brasil assistiu a uma invasão veloz do capital estrangeiro em áreas estratégicas.
Nessa época, foi criado um Plano de Metas, onde o lema do governo era “cinqüenta anos de progresso em cinco”. Esse plano previa um acelerado crescimento econômico a partir da expansão do setor industrial, com investimentos na produção de aço, alumínio, metais não-ferrosos, papel, celulose, borracha, construção naval, maquinaria pesada e equipamento elétrico.
O Plano de Metas teve pleno êxito, pois no decorrer da gestão governamental a economia brasileira registrou taxas de crescimento da produção industrial (principalmente na área de bens de capital) em torno de 80%. Além disso, a indústria automobilística começou a ganhar significativo destaque.
Por outro lado um significativo aumento da inflação e da dívida externa foi inevitável. O governo realizava investimentos no setor industrial a partir da emissão monetária e da abertura da economia ao capital estrangeiro, o que gerou uma desnacionalização econômica, já que as empresas estrangeiras (multinacionais) passaram a controlar setores industriais estratégicos da economia nacional. Portanto, se por um lado o Plano de Metas alcançou os resultados esperados, por outro, foi responsável pela consolidação de um capitalismo extremamente dependente. Nesse contexto, entrou em cena o Fundo Monetário Internacional (FMI), que passou a representar o vilão estrangeiro, com suas ingerências na política econômica brasileira e exigências para o saneamento das finanças.
Outro momento histórico onde o país obteve grande relação exterior foi durante a Ditadura Militar (1964-1985). Um dos objetivos era atrair novos investimentos de capital para o país. Nessa época, o investimento do Estado na indústria pesada, transformaria o Brasil em uma grande potência. A utilização da correção monetária surgiu para reduzir a inflação e minimizar as perdas dos investidores. Com o Banco Nacional de Habitação (BNH), em 1965, a classe média era incluída no sistema de crédito, aumentando a receita federal.
Nesse ritmo, a economia cresceu tão vigorosa que marcou época, ficando conhecida como "Milagre Econômico", ocorrido entre 1968 e 1973. Nessa época a economia crescia numa taxa média de 10% ao ano e, além disso, houve grande modernização dos sistemas de comunicação e realização de obras gigantescas. Porém, a partir de 1973, quando houve a 1º grande crise do petróleo houve algumas grandes conseqüências negativas, como a taxa de lucro dos empresários que crescia enquanto os salários dos trabalhadores eram atingidos, o aumento considerável da dívida externa, a subvalorização cambial e a fuga de capital para os EUA.
Antes da globalização realmente vigorar no Brasil, foi preciso um grande empenho para reduzir a inflação de 223% que o país presenciava. Para isso, criou-se o plano Cruzado, o qual não conseguiu grande sucesso. Após isso, uma das medidas do governo Collor foi a abertura da economia, com diminuição das tarifas de importações. Além disso, iniciou-se, realmente, o processo de privatizações. A partir daí surge o Plano Real e o governo passa a intervir cada vez menos na economia.
Além disso, há uma invasão de bens de consumo e de produção. O número de indústrias cresce e, conseqüentemente cresce o número de investimentos estrangeiros e multinacionais. A economia globalizada, então, está consolidada.
Escrito por Rodrigo Federer às 19h59
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Migrações
O processo de migrações está, hoje em dia, vinculado à Globalização, mas nunca dependeu deste processo para acontecer. O Brasil, particularmente, recebe imigrantes desde 1500 quando ocorreu a colonização. Porém, tornou-se um pólo atrativo de imigrantes apenas a partir de 1850, com a proibição do tráfico negreiro, desenvolvimento das atividades cafeeiras e facilidade ao acesso da terra, principalmente na região sul. Outras épocas de grande atração foram 1930 com o início da industrialização brasileira e durante o governo JK, com grande número de vagas de empregos.
Durante a década de 80 até meados da década de 90, a emigração superou a imigração, devido a instabilidade política, desemprego e baixos salários.
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