Geografia Politica e Geopolítica

AUTOR: MIYAMOTO Shiguenoli

RESUMO

No determinado texto, o autor traz, as diferencias que se trata a geografia política da geopolítica, mostrando as suas concepções e seus conceitos com as teorias clássicas. Uma vez que ambas se diferem más que se trata de ramos diferentes enquanto a geografia política pertence da geografia, e a geopolítica e intimamente vinculada à ciência política.

A geografia política é um ramo da geografia que se, dedica ao estudo da interação entre a política e o território, nomeadamente no que diz respeito à administração. Desta forma se tratando de uma geografia sócio-econômicos no âmbito local, regional, nacional e internacional. A geografia política não se preocupa em exercer uma política de poder, econômica ou militares, e assim o modo em que é distribuído e as diferencias culturais e sociais de cada agrupamento inserido na superfície terrestre, De acordo com Castro (2005, p.18), ―[…] em sua origem, ao contrário da atualidade, a geografia política se colocou o compromisso de compreender o modo pelo qual a política era influenciada pela geografia. Neste sentido a geografia estuda os modos de conflitos sociais e políticos de uma determinada sociedade ou território internacional.

A geografia política pode então ser compreendida como um conjunto de ideias políticas e acadêmicas sobre as relações da geografia com a política e vice-versa. O conhecimento por ela produzido resulta da interpretação dos fatos políticos, em diferentes momentos e em diferentes escalas, com suporte numa reflexão teórico-conceitual desenvolvida na própria geografia ou em outros campos como a ciência política, sociologia, antropologia, 3 relações internacionais etc. A dupla necessidade de dar uma resposta acadêmica sobre os fundamentos geográficos para eventos políticos e a preocupação de legitimar a sua análise a partir de um enquadramento intelectual em modelos teóricos reconhecidos resultaram numa forte contextualização da disciplina, tanto em termos dos temas centrais como das opções metodológicas, além das práticas, de muitos dos seus formuladores. Desse modo, da mesma forma que em outras áreas do conhecimento, também na geografia política não é possível defender um total desinteresse ou imparcialidade dos pesquisadores e analistas. Pois, como bem lembra John Agnew, “em um mundo da ação humana não é possível falar em uma visão singular, de lugar nenhum, para justificar esta ou aquela perspectiva como melhor que outra” (Agnew, 2002:8), apesar do esforço da disciplina em oferecer coerência entre fundamento teórico e evidência empírica para discussão de situações particulares (CASTRO, 2005, p.17).

A geopolítica, já tem uma virtude diferente onde a mesma aborda aspectos como de conhecimento com acidentes geográficos e de uma política de fins estratégicos adquirindo um caráter dinâmico diferenciando da geografia política.

O determinismo na geopolítica, de acordo com Ratzel o estado desenvolve com altos e baixos de suas histórias ora aumentando ora diminuindo o seu território apoiando em dois elementos fornecido pela geografia: o espaço e a posição. Ele pensava que o Estado de poder tinha que ter um território de grande extensão para que tivesse em paz, sem se preocupar com ameaças para ele, possuir uma grande extensão territorial, permitiria defender de qualquer invasore de suas vertentes territoriais assim possibilitando as sua estratégia de espaço.

Com essa teoria, Ratzel denominou o crescimento espacial do Estado como teoria do “espaço vital” baseando em sete princípios, são eles:

1. O espaço dos estados aumenta com o crescimento da cultura;

2. O crescimento do estado apresenta sintomas de desenvolvimentos cultural, ideias, produção comercial e industrial etc.,os quais necessariamente precedem a expansão efetiva do Estado;

3. O crescimento dos Estados verifica-se pela gradual integração e coerência de pequenas unidades, mediante a amalgamação e a absorção de elementos menores;

4. A fronteira é o órgão periférico do Estado, e, como tal, a prova de crescimento estatal: é a força e as mudanças desse organismo;

5. M seu crescimento o Estado tende a incluir seções politicamente valiosas, como os rios as linhas de costas, as planícies e outras regiões ricas em recursos;

6. O primeiro impulso para o conhecimento territorial chega o Estado primitivo vindo de fora, de uma civilização superior;

7. A orientação geral para a conexão territorial transmite a tendência do crescimento territorial de espaço em espaço, incrementando sua identidade;

Com esses princípios Ratzel alavancou o conceito de espaço vital onde o homem é um fruto do meio, e por se só, poderia mudá-lo, e assim usando o conforme suas necessidades determinando o estabelecer a grandeza ou não de um povo e do Estado,ai a necessidade da conquista de espaço mostrando a geografia com o seguinte pensamento.

Indo além do determinismo do meio natural como fundamento do ―espírito das leis‖, Ratzel procurou elaborar uma verdadeira teoria das relações entre a política e o espaço, introduzindo o conceito de sentido do espaço, segundo o qual certos povos tinham maior capacidade de ordenar as paisagens, de valorizar os recursos naturais, de se fortalecer a partir do seu próprio enraizamento no território. Como ocorreu com as ciências sociais naquele período, o modelo de Ratzel foi fortemente inspirado na biologia, e os temas por ele privilegiados respondiam à necessidade de refletir sobre os problemas de sua época, ou seja, a disputa por territórios e o fortalecimento do Estado nacional como garantia de poder dos povos sobre os territórios por eles ocupados (CASTRO, 2005, p.19- 20).

Mas neste conceito, é determinado, e usado, pelo seu seguidor e discípulo Rudolf Kjellén, tratando as concepções em que o Estado é um organismo vivo como qualquer ser orgânico, onde ele é um organismo supra-índividual sujeito a crescimento podendo ampliar