INTERAÇÃO HOMEM-AMBIENTE NA AMAZONIA
Por: cezarenan • 28/7/2016 • Trabalho acadêmico • 1.620 Palavras (7 Páginas) • 731 Visualizações
UNIVERSIDADE DO OESTE DO PARÁ-UFOPA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO-ICED
CURSO: LICENCIATURA EM INFORMÁTICA EDUCACIONAL
DATA: 25/07/2016 PROFESSOR: IRACENIR ANDRADE DOS ANJOS
NOME: CEZAR RENAN VASCONCELOS MOTA TURMA: INF2016
DISCIPLINA: ESTUDOS INTEGRATIVOS DA AMAZÔNIA-EIA.
O texto “interação homem- ambiente na Amazônia” tem por objetivos resgatar a história da interação homem ambiente na região amazônica e caracterizar essa interação que modificou as condições vigentes, visando proporcionar novas variáveis e motivações para a ação humana na Amazônia.
Há cerca de 12.000 anos atrás, o fim da última Era Glacial marcava uma época de grandes transformações no planeta Terra. O aumento das temperaturas proporcionava o derretimento das extensas geleiras que cobriam o hemisfério Norte, causando uma elevação de mais de 100 metros no nível do mar. Espécies vegetais e animais sofriam novas pressões adaptativas.
O homem, para estender seu domínio. Depois de cruzar o Estreito de Bering e passar cerca de 4.000 ou 5.000 anos explorando a porção Norte do continente americano, os primeiros grupos humanos atravessaram o Istmo do Panamá e atingiram o último grande continente ainda inexplorado no planeta: a América do Sul.
Para a Amazônia, a compreensão da interação homem-ambiente no período pré-histórico tem sido propiciada através de indícios como vestígios de assentamentos, ilhas de florestas antropogênicas, diques circulares, terra preta, campos elevados, redes de transporte, estruturas para manejo da água e pesca, entre outros. A introdução de novas ferramentas, novas tecnologias e o choque cultural provocado pelos colonizadores alterou os modos de vida e as estratégias de subsistência das populações nativas, tudo pela necessidade de dominação do território e de obtenção de lucro para a metrópole portuguesa.
O ciclo da borracha determinou o primeiro grande fluxo migratório para a Amazônia, ainda na década XIX e iniciou o processo do desenvolvimento econômico de algumas cidades.
Segunda metade do século XX que a interação homem-ambiente na Amazônia sofreu uma nova revolução. Fatores como a execução de políticas públicas inadequadas, a lógica de desvalorização da terra e a ausência das instituições estatais de fiscalização e controle determinaram os principais vetores de transformação de grande escala das paisagens na região, imprimindo um inédito nível de supressão das florestas.
A despeito desse panorama assustador, a partir de 2004 começou a haver uma queda significativa nas taxas de desmatamento, resultado da emergência da problemática ambiental, da pressão de diversos níveis sociais e do esforço governamental em se fazer mais presente em algumas regiões da Amazônia. A perspectiva de uma interação homem-ambiente mais equilibrada, bem como o controle sobre os processos de degradação das últimas décadas começam a mostrar sinais de viabilidade.
A RECONSTRUÇÃO DO PASSADO AMAZÔNICO PRÉ-COLONIAL
Boa parte da reconstrução do passado depende das interpretações produzidas pelos arqueólogos, Roosevelt e outros (1996). Sugerem que as populações da floresta amazônica podem ter sido geradoras de inovações tecnológicas e não apenas receptoras de resquícios culturais das sociedades andinas mais complexas, e afirmam que a evolução humana não estaria limitada nas regiões tropicais, em comparação com outros biomas do planeta.
Um importante indicador que tem sido utilizado nessa tarefa é a terra preta. A terra preta pode ser definida como um solo de alta fertilidade formado a partir do acúmulo contínuo de resíduos orgânicos e restos de cerâmica, decorrente da intensificação das atividades de subsistência e crescimento populacional humano.
Baixo amazonas diante das belas paisagens situadas próximas à atual cidade de Santarém-PA foram ocupadas a partir do final do Pleistoceno (12.000 anos atrás), inicialmente por populações nômades de caçadores e coletores. A região teria atingido seu ápice ao redor do ano 1.000 d.C., chegando a configurar o centro de uma sociedade complexa e densamente povoada.
Na região do Alto Xingu, Mato Grosso, os trabalhos de Heckenberger e colaboradores (2003, 2008), são marcados pelas descobertas de vestígios de assentamentos, que seriam ainda responsáveis pela construção de uma série de estruturas protourbanas (estradas, pontes, diques, represas, entre outros).
Especificamente para a pré-história, dos grupos humanos que ocuparam a América e o Brasil encontram-se geralmente três períodos principais, com seus respectivos limites temporais aproximados: (1) Período Paleoindígena, ocorrido entre 15.000 e 10.000 anos atrás; (2) Período Arcaico, ocorrido entre 10.000 e 2.500 anos atrás e (3) Período Formativo, ocorrido entre 2.500 anos atrás e a chegada dos primeiros colonizadores europeus.
Característica dos períodos: Paleoindígena (caça e coleta), Período arcaico (produção da cerâmica) e período formativo (agricultura de subsistência).
CONQUISTA E COLONIZAÇÃO EUROPÉIA
Dois países dominantes na navegação oceânica eram Portugal e Espanha, que travavam intensas disputas pelas rotas marítimas que levassem à região da Índia. Tem como marco da história o Tratado de Tordesilhas, em 1494, dividindo o mundo ao meio e especificando territórios de exploração portuguesa e espanhola.
O ponto de partida para a ocupação da Amazônia pelos portugueses era o Forte do Presépio, atual cidade de Belém, fundado em 1616, pelo capitão Francisco Castelo Branco.
A colonização portuguesa na região amazônica tinha como principais objetivos garantir a posse do território, dispor de mãode-obra barata de origem indígena e obter lucro com o extrativismo vegetal, destaca as “ Drogas do Sertão”. E em 1622, os portugueses introduziram a pecuária na Amazônia, trazendo animais mestiços das ilhas de Cabo Verde.
A organização e a institucionalização da produção marcaram o início de um processo de mudança do uso da terra, ainda que concentrado nas regiões litorâneas e ao redor dos centros urbanos, no qual a floresta passou a ser substituída e simplificada em detrimento da produção de espécies exóticas agrícolas, com base na monocultura.
os primeiros séculos de ocupação européia representaram uma trégua para a floresta amazônica. Com a expressiva diminuição
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