Industrialização

Por volta dos anos de 1800, o exercito de napoleão visava dominar a Europa. Contudo, não obteve êxito em combate contra a Inglaterra. Visando atingir a economia britânica, a frança instaurou o bloqueio continental, onde nenhum país europeu poderia comercializar com a Inglaterra, sob pena de invasão pelo exército napoleônico.

Portugal, não possuía armada suficiente para se defender da França e ao mesmo tempo dependia economicamente da Inglaterra, e sendo assim, o bloqueio se tornou imensamente desfavorável para aquele país. A solução encontrada pelo governo português foi transferir a corte portuguesa para a colônia, o Brasil. Assim, em 1808, a família real chega ao Brasil, e este se torna o inicio de profundas mudanças em relação a política, cultura e economia brasileira.

Neste contexto, o Brasil vivia sob sistema colonial regido por Portugal, formado por províncias afastadas uma das outras e com baixo povoamento. Além disso o país possuía uma grande quantidade de terra sem mapeamento. O governo português proibiu em 1975 qualquer fabricação de produtos na colônia, ou seja, no Brasil.

No que diz respeito a economia, após a chegada da família real, Portugal abriu os portos do Brasil para nações amigas, o que permitiu a entrada dos produtos ingleses no país. Com o fim da proibição da criação de indústrias na colônia, o Brasil passou a produzir manufaturas, contudo a concorrência com os tecidos ingleses dificultou a ampliação deste mercado. Houve ainda a produção de ferro através de uma usina instaurada em Ipanema.

Além da permissão de montar indústrias, outros fatores estimularam as atividades econômicas no Brasil, como a construção de estradas, responsáveis por interligar o país, melhoria dos portos e vinda de colonos europeus. Estes fatores favoreceram o aumento da produção agrícola brasileira, que viria a auxiliar no financiamento de manufaturas e o aumento das exportações, cujo destino deixava de ser apenas Portugal, devido a abertura dos portos.

A criação da casa da moeda constituiu um importante fator, pois admitia a criação de uma moeda para o estado. Neste período também foi criado o banco do Brasil, uma importante instituição responsável pelo tesouro real e fornecedora de crédito para os setores produtivos da economia, entre eles a indústria.

Posteriormente, com uma revolução ocorrida em Portugal, o rei Dom joão VI teve que voltar a antiga metrópole, e o provo português passou a desejar a recolonização do Brasil. Com a independência, o Brasil foi se desvinculando lentamente de Portugal, mas ainda assim, não alcançou uma industrialização considerável, seu principal produto era o café.

Apesar das medidas de protecionismo criadas em 1828 e em 1848, o Brasil ainda não se desenvolveu industrialmente de forma satisfatória, porém, algumas atividades industriais foram protegidas. A falta de trabalhadores livres e assalariados, limitava o mercado consumidor brasileiro e os grandes latifundiárias não desejavam investir na implantação de indústrias.

A gradativa libertação dos escravos disponibilizou o capital antes utilizado na compra dos mesmos, e este recurso foi em parte direcionado para as indústrias. A primeira guerra mundial diminuiu o número de exportações do café brasileiro e este entrou em crise. Neste contexto, vários barões do café passaram a diversificar