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Industrialização e urbanização

Por:   •  3/6/2017  •  Resenha  •  591 Palavras (3 Páginas)  •  652 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

GEOGRAFIA URBANA

ALUNA: FRANCINE DA CONCEIÇÃO SOARES

LEFEBVRE, H. Industrialização e Urbanização. São Paulo: Centauro, 2011. 5° ed. P. 11-33 . In: Direito à Cidade.

Francine da Conceição Soares

RESENHA

Para o autor, o ponto de partida da problemática urbana foi junto com o processo de industrialização, o indutor, através dela a sociedade foi se transformando. O induzido são problemas relativos ao crescimento e desenvolvimento urbano e também cultural. A sociedade moderna está associada a industrialização. A cidade já existe antes mesmo da industrialização, do capitalismo. As obras "belas" existentes nelas, são "mais obras do que produto".

Com o quase desaparecimento das cidades arcaicas, o que subsistiu desses antigos núcleos urbanos, foi escolhido para suas atividades pelos mercadores. A cidade começa acumular riqueza monetária, adquirido pelo juros e comércio. Prosperar não só pelas atividades na agricultura mas também artesanal. São lugares, que acumulam conhecimentos, técnicas e as obras (obras de arte, monumentos).

A seguir, a cidade já conta com a mobilidade do capital, criando assim o que o autor chama de redes de cidades, cidades distintas ligadas pelo capital. Faz-se necessário o surgimento do poder do Estado, que tem como consequência o distanciamento definitivo entre sociedade, estado e cidade.

As lutas de classes demonstra esse sentimento de pertencimento à cidade. O autor reforça que essas lutas de classe marcam a cidade como obra, com valor de uso, mostrando que cidades que cidades altamente opressivas, com maior evidência de tais lutas, são em obras feitas para reforçar o poder das melhores classes. A indústria, no entanto, transforma a obra da cidade, adaptando-a à suas necessidades básicas.

No texto é apontado, o que ele chama de processo de implosão-explosão da cidade, causada pela industrialização, tendo como consequência a degradação dos centros e da cidade como obra, periferização.

Houve uma diminuição do que se chamava anteriormente de “gênero de vida”, pois os diferentes locais encontram-se "absorvidos pela lógica do tecido urbano", não há separação do urbano e o rural. A modernização da vida no campo, não implica no desaparecimento da relação urbana e rural, só intensifica a relação.

Os núcleos urbanos industriais sofrem reuso, comercial e turístico, favorecidos pela importancia do lugar. É o que o autor chama de “lugar de consumo e consumo do lugar. Esses centros industriais são importantes para a lógica da cidade como esta se dá, mas o autor ainda aponta para o fato de que, agora, tais núcleos tornam-se uma versão "apagada e mutilada" do que realmente foi em outros tempos. A parti dessa nova configuração da cidade surge um novo agente, o poder, configurando assim, a crise da cidade.

Em seguida, o autor aborda o conceito de habitat, que "é o morar na cidade, sem ser inserido no movimento e na dinâmica da mesma".

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