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Ira E Eta

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Por:   •  30/9/2014  •  343 Palavras (2 Páginas)  •  282 Visualizações

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A divisão territorial da Irlanda e a desigualdade religiosa foram causas de inúmeros conflitos na região. A minoria católica reivindicava a reunificação e a independência do país, enquanto a maioria protestante lutava para que a região permanecesse sob o domínio da coroa inglesa.

Em meio a tantos conflitos e acordos de paz não cumpridos entre católicos e protestantes, surge, no início do século XX, o Exército Republicano Irlandês, comumente conhecido como IRA, um grupo paramilitar formado por nacionalistas católicos, cujo objetivo era garantir a autonomia do território da Irlanda do Norte.

Para alcançar tal objetivo, o IRA lançava mão de atentados a bomba e ataques armados contra civis e militares protestantes, sendo, por isso, classificado como um grupo terrorista. Uma das principais ofensivas lançadas pelo IRA foi a explosão de 22 bombas na cidade de Belfast, com um saldo de 9 mortos e 130 pessoas feridas. O ocorrido recebeu o nome de Bloody Friday (Sexta-feira Sangrenta), e foi uma resposta ao atentando que ficou conhecido como Bloody Sunday (Domingo Sangrento), em que houve o massacre de 14 irlandeses católicos alguns meses antes.

Para a minoria católica, o IRA representava a única força capaz de garantir a segurança daquela população contra o governo britânico e os ataques protestantes. Embora tenham existido muitos outros grupos paramilitares, tanto católicos republicanos quanto protestantes monárquicos, o IRA foi o mais bem organizado, com ações muito bem arquitetadas. Isso fez com que comunidades de descendentes irlandeses nos Estados Unidos oferecessem apoio financeiro ao grupo, que passou a ter meios de expandir suas ações armadas até o Reino Unido.

Durante décadas de conflitos, ocorreram aproximadamente 3.500 mortes por atentados na Irlanda. A partir de 1990, começaram as negociações de paz e, em 1998, o IRA juntamente com o unionista David Trimble e o primeiro ministro Tony Blair assinaram o Acordo de Ulster, que conferia um pouco mais de autonomia à Irlanda do Norte. No mesmo ano, o IRA anunciou a deposição de armamentos, porém, o grupo só desistiu dos ataques armados em 2005, afirmando que continuaria lutando pela independência, mas agora por meios políticos.

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