Lendas Amazônicas: Análise Geográfica Como Expressão De Lugar

JUSTIFICATIVA

Percebe-se, que a realidade em que estão inseridos nossos alunos, na qual o mundo digital se faz cada vez mais presente, um dos maiores problemas enfrentados quanto ao gosto pela leitura é a dificuldade de interpretação, inferência, análise e levantamento de hipótese. Por isso, a necessidade de propiciar aos mesmos o contato com a leitura de lendas, precisamente as da Amazônia, uma vez que apesar de estarem inseridos nessa região geoeconômica não dispõem de arcabouço teórico para discutir com mais afinco os aspectos sociais e culturais. Assim, essa proposta além de favorecer a valorização dos aspectos sociais da microrregião do salgado paraense oportuniza a criação de múltiplas interpretações sobre as lendas e ajuda a resgatar a cultura regional amazônica.

Acredita-se que, a partir da linguagem verbal e não verbal, a respeito das lendas amazônicas, os discentes se tornarão leitores e produtores de textos de ampla valorização dos aspectos sócio-culturais. Visto que, nelas é possível perceber uma interação entre os elementos naturais, sobrenaturais e reais. Por exemplo: a lenda do Curupira há uma correlação com os riscos ambientais que Amazônia sofre na atualidade e a necessidade de discussões a respeito de alternativas sustentáveis. Nas lendas relacionadas a hidrografia amazônica é possível atentar para condições sociais, econômicas e culturais das comunidades que dependem da água como fonte de sobrevivência e resistência de sua territorialidade.

OBJETIVO

Conhecer o espaço sócio-econômico e cultural de maneira simples e descontraída; Incentivar a leitura prazerosa; Motivar a pesquisa; Desenvolver a habilidade de interpretar.

Em termos específicos objetiva-se através dessas leituras que o aluno identifique os aspectos analítico-discursivos presentes nas lendas amazônicas; classifique-as de acordo com os usos e desusos dos recursos presentes na região, sintetize informações diversas sobre o referido assunto, compare uma lenda com outra ou com outros gêneros a partir de elementos simbólicos e lingüísticos e proponha alternativas sustentáveis para o ecossistema amazônico através da criação de narrativas orais e escritas.

PROCEDIMENTO

Envolvimento da comunidade com a escola, produção de oficinas junto aos profissionais de educação artística e de língua portuguesa.Fornecimento livros de leitura para serem lidos em casa, de forma a possibilitar o acesso aos livros. Trabalho com diversas formas de textos, inclusive, notícias de jornais e revistas.Troca de informações entre os alunos e a comunidade, através de exposição no pátio da escola de quadro sobre comparativo das lendas, de encenações teatrais, de roda de leitura e de produções textuais verbais e não- verbais, utilizando material gráfico diverso e tendo como suporte a relação entre os aspectos sócio-econômico-culturais.

METODOLOGIA

• Desenvolver oficina de gêneros literários;

• Convidar membros da comunidade para que contem lendas regionais;

• Aplicar sondagem sobre as lendas amazônicas;

• Estruturar um quadro comparativo a partir da sondagem sobre as lendas;

• Criar roda de leitura;

• Identificar os ambientes em que se passam as lendas;

• Classificar as lendas de acordo com os ambientes sócio-culturais.

• Questionar sobre quais são os dilemas ambientais existentes nessas leituras.

• Mapear as áreas mais problemáticas a partir dos ambientes destacados nas leituras.

• Identificar quais são os maiores causadores dos problemas mapeados.

• Questionar sobre qual a relação existente entre as lendas e o processo de ocupação e expropriação da Amazônia.

• Desenvolver oficina de quadrinhos sobre as lendas amazônicas;

• Desenvolver junto ao profissional de artes oficinas de representação subjetiva sobre a relação entre a territorialidade das lendas e a territorialidade dos amazônidas;.

• Dramatização de lendas;

• Desenvolver junto aos profissionais de língua portuguesa de oficina de produção textual;

• Produção coletiva de lenda que leve em consideração os aspectos regionais e locais

• culminância do projeto com exposição e socialização dos trabalhos realizados.

CRONOGRAMA

MESES AÇÕES RECURSOS

Março • Oficina de gêneros literários.

• Apresentação de lendas por membros da comunidade

TV, DVD, Caixa de Som, livros, jornais e revistas e microfone.

Abril • Sondagem junto ao aluno sobre as lendas amazônicas;

• Estruturar, a partir dos conhecimentos dos alunos, um quadro comparativo sobre as lendas;

Fotocópias, cola, tesoura, papel cartão, cartolina, fita adesiva, revistas e jornais.

Maio • Roda de leitura; fotocópia

Junho • Identificar os ambientes em que se passam as lendas;

• Classificar as lendas de acordo com os ambientes sócio-culturais.

• Questionar sobre quais são os dilemas ambientais existentes nessas leituras.

• Mapear as áreas mais problemáticas a partir dos ambientes destacados nas leituras.

Fotocópia, atlas geográfico escolar, revistas, canetinhas e papel.

Agosto • Identificar quais são os maiores causadores dos problemas mapeados.

• Questionar sobre qual a relação existente entre as lendas e o processo de ocupação e expropriação da Amazônia.

Revistas, acervo da biblioteca a respeito das questões ambientais na