Métodos mais empregados para o tratamento dos resíduos químicos perigosos

Atividade: Métodos mais empregados para disposição e tratamento dos resíduos químicos perigosos, dentre os quais se incluem: os aterros de armazenamento, as lagoas superficiais, o armazenamento em formações geológicas subterrâneas e as injeções em poços.

Portfólio de Gestão Ambiental

Os resíduos químicos perigosos são todos aqueles que podem prejudicar a saúde do ser humano e do meio ambiente. Por isso, o descarte deve ocorrer de forma correta, para não causar males a sociedade e ao meio ambiente. Primeiramente é necessário identificar o risco do produto ou resíduo, após isso, verificar se o produto ou resíduo precisa passar por algum processo antes do seu manuseio, a fim de não causar danos a saúde daqueles que irão transportá-lo.

De acordo com Kaufman (1990), “nenhum descarte de resíduos químicos deve ser feito, sem que seja considerada a necessidade de tratamento prévio, a fim de eliminar ou reduzir acidentes ou danos ao meio ambiente”.

Falhas no sistema de armazenamento podem causar danos ao meio ambiente, como é o caso dos aquíferos e de corpos de água superficiais. Um exemplo comum é o de armazenar substâncias em tambores, o que não é permitido, pois os tambores com o passar do tempo sofre um processo de deterioração, permitindo a liberação de resíduos perigosos no meio ambiente. Tal armazenamento, nem sempre diminuem a periculosidade das substâncias, por isso não são recomendadas.

        O aterro de armazenamento é onde são depositados os lixos domiciliar e resíduos sólidos, permitindo a confinação segura desses resíduos, de forma que não prejudique a saúde pública e o meio ambiente. Mas para construir um aterro é necessário fazer um projeto, estudos geológicos e topográficos para que não comprometa o meio ambiente. Todo esse projeto deve estar de acordo com a Norma Técnica NBR 8419 (ABNT, 1984), que diz: “o aterro sanitário não deve ser construído em áreas sujeitas à inundação. Entre a superfície inferior do aterro e o mais alto nível do lençol freático deve haver uma camada de espessura mínima de 1,5 m de solo insaturado. O nível do solo deve ser medido durante a época de maior precipitação pluviométrica da região. O solo deve ser de baixa permeabilidade (argiloso)”. Tal norma deve ser seguida para que a população esteja protegida das doenças e contaminações que os resíduos químicos podem causar a nossa saúde e ao meio ambiente.

No armazenamento geológico, por sua vez, é utilizado o espaço do subsolo, pré-existente ou criado, que tem a função de armazenar temporariamente os materiais estratégicos necessários ao desenvolvimento, ou armazenar resíduos definitivos, indesejáveis ou perigosos, provenientes do consumo, utilizando formações geológicas com características e propriedades específicas que potenciam este tipo de utilização.

Existem quatro tipos de armazenamento de reservatórios geológicos de CO2: aquíferos salinos (que são impróprios para uso humano), formações geológicas oceânicas, camadas de carvão e reservatórios de gás e petróleo, em operação ou não. O dióxido de carbono é capturado ainda nas fontes de emissão, antes de entrar na atmosfera. Em seguida, o gás é comprimido e transportado em estado líquido para ser armazenado na estrutura geológica adequada.

As lagoas superficiais são utilizadas para tratamento de águas residuais ou previamente tratadas, sendo denominadas bacias terrestres. As lagoas superficiais ou de estabilização, como são chamadas, podem ser classificadas em facultativa, anaeróbicas, maturação e areadas.

Facultativa: é um evento contínuo onde ocorre a entrada de esgoto por um lado e a saída por outro, tal procedimento é essencial para a purificação do esgoto podendo demorar vários dias, até a total purificação do esgoto.

Anaeróbia: são de grande profundidade, porém menores, por isso a fotossíntese quase não é realizada, gerando condições anaeróbias pois o consumo de oxigênio é maior que a produção do mesmo.