O Que
Trabalho Universitário: O Que. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: paulo741 • 2/3/2015 • 320 Palavras (2 Páginas) • 423 Visualizações
Neste Caderno de Referência de Conteúdo, veremos que a formação, no sentido literal, indica um processo que auxilia na realização
das potencialidades que o sujeito humano possui, isto é, o processo de alargamento dos seus limites, com base no qual o homem desenvolve suas possibilidades, transcendendo suas limitações.
Dessa forma, utilizando-se do vocabulário aristotélico, a formação
seria o processo que leva da potência ao ato, designado pela noção de enteléquia, que, segundo o dicionário Houaiss (2009), é a realização plena e completa de uma tendência, potencialidade ou finalidade natural,
com a conclusão de um processo transformativo até então em curso em qualquer um dos seres animados e inanimados do universo.
Vejamos, agora, um exemplo para facilitar o entendimento sobre a formação: vamos pensar no processo que leva a pedra de mármore a uma bela estátua. A educação é isso, é a realização dos possíveis atos do sujeito. Em contrapartida, esse sujeito está inserido em um contexto social, em uma convivência com outros sujeitos, com os quais ele tem de interagir. Essa situação complica o problema da formação, visto que, além de uma formação pessoal, ele deve receber, também, uma formação
social, pela qual possa se relacionar com os outros.
Note que, na situação anterior, não se trata de uma formação subjetiva que visa apenas ao desenvolvimento das faculdades subjetivas,
mas também da capacidade de se relacionar com os outros. Assim, emergem dois aspectos fundamentais com os quais a educação se depara:
o aspecto subjetivo, que requer o desenvolvimento dos dons naturais
do sujeito, e o aspecto social, que requer que o desenvolvimento pessoal do indivíduo esteja de acordo com as tendências sociais.
Dessa forma, se tomarmos como referência o foco social, corremos
o risco de instaurar uma educação de formação e de não formação, ou seja, uma educação que impõe limites em prol de uma convivência padronizada e não conflituosa. Em contrapartida, se tomarmos, estreitamente,
a posição da formação pessoal, corremos o risco de desaguar no subjetivismo puro que ameaça a convivência social.
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