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OLIGOPOLYA

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Por:   •  18/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  3.039 Palavras (13 Páginas)  •  222 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O estudo da microeconomia introduz conceitos importantes aos estudantes de administração, como as análises de demanda e oferta, o conceito e aplicação das elasticidades e as acepções do equilíbrio de mercado, por exemplo. Estudar as estruturas de mercado dá maior sentido a todo o aprendizado adquirido, uma vez que, conhecer sobre demanda, oferta e elasticidade dará amparo à compreensão das demais estruturas.

O que irá caracterizar uma organização dentre as diferentes estruturas de mercado apresentadas serão variáveis como a quantidade de organizações produtoras, a existência de barreiras ao ingresso de novas empresas e o diferencial do elemento produzido e/ou serviço prestado. No mercado oligopolista, objeto de análise deste trabalho, pode haver tanto poucas empresas dominando o mercado, quanto poucas empresas que dominam um setor com muitas empresas.

Vários podem ser os objetivos de uma organização no mercado em que está inserida. Algumas empresas propõem-se a maximizar seus lucros, enquanto outras preferem maximizar participação no mercado ou a margem de ganho sobre os custos. Esses objetivos tanto definem a estrutura de mercado a que a organização pertence, assim como influenciará a formação de seus preços.

Independente da estrutura a que se pertença, o fato é que os produtores sempre estão à busca de ampliar os seus lucros, através de mecanismos dos mais variados tipos. Alguns investem alto em técnicas de ponta enquanto outros enfatizam mais o emprego de mão-de-obra qualificada. Os investimentos realizados pelos produtores, quaisquer que sejam os instrumentos em que eles invistam, são indispensáveis no processo de totalização dos custos.

O emprego, por parte da organização, de uma das modalidades de cálculo, na estrutura oligopolista, irá retornar ou a maximização dos lucros ou a maximização de mark-up (margem sobre os custos). No primeiro caso, quando a receita for maior que o custo, o lucro estará aumentando; em contrapartida, sendo a receita menor que os custos, a produção estará gerando um prejuízo. Portanto o equilíbrio da empresa se dará na igualdade entre receita marginal e custo marginal. Do outro lado, ao decidir-se por maximizar mark-up, fatordefinido como margem sobre os custos diretos, o empreendedor opta por determinar seus preços através da consideração dos custos da empresa.

Vasconcellos (2002, p. 144) declara que a teoria de mark-up deve ser aplicada em grandes mercados, como as estruturas monopolista e oligopolistas, pois estas possuem um forte poder de barganha na formação de seus preços, o que não é possível em um mercado com bastante competitividade. Em outra vertente a teoria neoclássica é mais geral e rigorosa, sendo ainda, segundo Vasconcellos (2002), bastante adequada para mercados com muitos concorrentes. Esta teoria é considerada, por muitos críticos, abstrata e distante da realidade.

2 O OLIGOPÓLIO

2.1 Definição e Principais Características

Oligopólio é uma “estrutura de mercado com pequeno número de empresas que dominam o mercado, formando barreiras à entrada de novas empresas” (PINHO; VASCONCELLOS, 2005). As organizações podem fazer parte do mercado oligopolista das seguintes formas: oligopólio concentrado (onde um pequeno número de empresas domina um determinado setor) e oligopólio competitivo (onde um pequeno número de organizações domina um setor com muitas empresas).

Os principais fatores que irão funcionar como barreira na estrutura oligopolista, segundo Vasconcellos (1996), são a “proteção de patentes, controle de matérias-primas chaves, tradição e oligopólio puro ou natural” (VASCONCELLOS; TROSTER, 1996, p. 163). Este último ocorre porque alguns produtos só podem ser produzidos por empresas de grande porte, pelo fato de exigirem um grande arcabouço tecnológico, o que amplia os custos de produção e força, naturalmente, a baixa concorrência, uma vez que apenas um pequeno número de empresas suporta esse formato. A indústria automotiva é um exemplo de oligopólio natural.

Por conta da existência de um reduzido número de empresas dominantes no mercado, “elas têm o poder de fixar os preços de venda nos seus termos” (VASCONCELLOS; TROSTER, 1996, p. 162). O objetivo é antecipar-se ao movimento do concorrente para agir de forma eficaz. Uma vez que, nessa estrutura, há uma interdependência entre as empresas, a alteração de preço ou qualidade de uma afeta, diretamente, as demais organizações de um determinado ramo. Wonnacott (1982) afirma que “o oligopolista é bastante cônscio da concorrência” (WONNACOTT; WONNACOTT, 1982, p. 521).

O oligopólio é a estrutura que prevalece no Ocidente, incluindo o Brasil, em mercados como o de transporte aéreo e rodoviário, nos setores químico e siderúrgico, por exemplo.

Em resumo, são descritos como características das organizações oligopolistas os seguintes pontos:

TABELA 1 – Características de um Oligopólio

1.

Existe um pequeno número de firmas produtoras, ou mesmo existindo um grande número de empresas, poucas dominam o mercado;

1.

As empresas produzem um produto homogêneo (Ex.: aço) ou um produto diferenciado (Ex.: automóveis), embora com substitutos próximos (o que caracteriza uma alta elasticidade cruzada);

1.

As firmas têm uma considerável influência sobre os preços dos produtos no mercado. As empresas podem discriminar preços e não há uma teoria geral do oligopólio, apenas casos, porque eles são muito diferentes entre si;

1.

Existem barreiras (obstáculos) de entrada e saída de firmas produtoras no mercado. Os lucros podem ser econômicos tanto no curto como no longo prazo. As barreiras podem ser naturais ou artificiais. No longo prazo, são possíveis alguns ajustamentos na indústria, sob a forma de entrada de novas firmas e saída das antigas.

Fonte: www.congressodecustos.com.br

Sobre essas características, Rossetti (2003) assegura não ser possível adotar uma rigorosidade na determinação das peculiaridades das organizações em oligopólio. Ele afirma que:

as estruturas oligopolistas

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