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Os Choques De Civilizações

Por:   •  4/11/2015  •  Artigo  •  3.905 Palavras (16 Páginas)  •  199 Visualizações

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Choque de civilizações

Samuel Huntington – a política mundial está sendo reconfigurada seguindo linhas culturais e civilizacionais, nas quais o papel das religiões é muito importante.

A política Mundial está em uma nova fase, o neo liberalismo, para Fukuyama o fim da história, para muitos o declínio do Estado Nação. Porém Samuel Huntington estudou uma tese onde a fonte fundamental de conflitos nesta nova ordem seria de ordem cultural. Para ele os Estados Nação continuarão a ser os agentes mais poderosos nos acontecimentos globais, mas o principal conflito será entre nações e grupos de diferentes civilizações.

Com a paz de Westifália os conflitos se deram entre governantes – imperadores, monarcas, absolutistas que tentavam expandir seus corpos burocráticos - exército, poderio econômico e domínio de territórios, criando-se Estados Nações que com a Revolução Francesa os principais conflitos começaram a ocorrer entre nações e não entre governantes, então começaram a guerra dos povos o que durou até o fim da I guerra mundial. Com o surgimento da Revolução Russa os conflitos saíram do campo entre nações para o conflito ideológico que durante a Guerra Fria as grandes potências não se identificam como Estados Nações, e sim, pelas suas ideologias.

Na época da Guerra Fria os conflitos culturais foram sufocados em prol de uma ideologia, alegava-se que conflitos culturais era consequência das desigualdades socioeconômicas, que grupos radicais seriam produtos de manipulação de grupos econômicos que tentavam exercer poder sobre determinada região, ou seja, esses conflitos seriam superados por um desenvolvimento econômico melhor.

Durante a guerra fria o mundo era dividido em três mundos, agora essa divisão não é relevante no cenário atual. Agora muito mais significativo é agrupar os países por seus sistemas políticos econômicos ou em função de sua economia, e civilização.

A nova ordem ocorre através do âmbito econômico, financeiro e tecnológico, onde a rivalidade econômico entre blocos e países ditam as regras na organização sócio territorial do mundo, porém a realidade é bem mais complexa, podendo ser analisado as questões étnicas, culturais e religiosas, sendo necessário a recriação do homem pós moderno.

Civilização formada por uma ou mais sociedades, cujos povos possuem traços culturais em comum, aspectos religiosos e modos de vida (hábitos, costumes) que os identificam. Retrata a identidade cultural mais ampla de um povo. É uma identidade cultural, aldeias, regiões, grupos culturais, religiões, nacionalidades. Todos possuem culturas distintas, em diferentes níveis de heterogeneidade, dentro de um país podem existir diferentes tipos de civilizações. É o mais amplo agrupamento de identidade cultural, tendo em comum língua, história, religião, costumes e instituições.

Gueto: um bairro de uma cidade, onde vivem os membros de uma etnia ou grupo minoritário.

Podemos considerar como ocidentais, europeus, norte-americanos e (latino americanos) que procuram conter a expansão militar de civilizações islâmicas e sino confuncionistas, procurando manter a superioridade militar americana e aproveitar as relações de conflitos entre muçulmanos e sino confuncionistas, e se buscar apoio em civilizações que apoiem o “ocidentalismo”. Fortalecer instituições ocidentais internacionais e envolver os Estados nacionais nessas instituições.

A civilização ocidental é a moderna, a não ocidental que se modernizou foi à japonesa. Portanto as culturas não ocidentais tendem a agregar tecnologia, riqueza, arsenal bélico, se modernizando sem se tornar ocidentalizada.

Cada vez mais o ocidente terá que se adaptar a essas civilizações modernas não ocidentais, que se aproxima do ocidente em poder, mas em valores e interesses diferem substancialmente, assim o ocidente terá que manter seu poderio econômico e militar, mas terá que ter também uma compreensão muito mais profunda dos pressupostos religiosos e filosóficos que são à base dessas civilizações, pois no mundo não existirá uma única civilização, portanto, cada qual terá que aprender a coexistir e codividir espaços com outras.

Roma tem catolicos, romanos, italianos, europeus ocidentais e orientais. A China é um exemplo de vária civilizações. Uma civilização pode conter várias nações coma a ocidental, a árabe, mas também apenas uma, como a japonesa.

As civilizações são dinâmicas, tem apogeu e declínio, dividem-se  e fundem-se. Os ocidentais tendem a considerar Estados Nações os principais agentes dos acontecimentos globais, porém só desempenham esse papel a alguns séculos. A história humana, em um âmbito mais abrangente, é a historia das civilizações. Assim Huntington dividiu o mundo em nove civilizações: ocidental, africana, islâmica, sínica confucionista, hindu, ortodoxa, japonesa, budista e latino americana. Dentre estas ele considerou três como as principais pelo fato de terem um maior interesse em dominar o mundo ou ao menos em defender o seu território.

Ocidental: desenvolvimento técnico e científico – sociedade do consumo.

Sino confucionista: desenvolvimento técnico e científico – “sociedade do consumo” em partes.

Islâmica: conservadorismo – liderança política e religião numa só instituição.

Por que as civilizacoes entraram em choque?

A identidade das civilizações será cada vez mais importante no futuro, será moldada por sete ou oito civilizações: ocidental, confuciana, japonesa, islâmica, hindu, latino americana e africana, os conflitos mais significativos serão marcados pela cisao cultural, isto porque as diferenças entre as nações são fundamentais, pois se diferem na história, na língua, na cultura, na tradição e sobretudo na religião o que gera uma visão diferenciada de Deus, Estado, pessoa, família, responsabilidade, liberdade, autoridade, igualdade e hierarquia.

Diferenças não significam conflito, e conflito não implica necessariamente violência, mas as diferenças entre as civilizações geraram os conflitos mais violentos e prolongados da história.

Diferenciação cultural: enfatiza o fortalecimento das identidades sócioterritoriais, não acredita numa ocidentalização do mundo acreditando que a influência ocidental sobre o mundo está declinando e sim que está civilização estaria gerando conflitos em especial com civilizações islâmicas e Sino-Confucionista. Acredita que com o avanço da globalização e tecnologia ajudará a compreender melhor o outro.

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