RSMA CHAPADA DIAMANTINA
Tese: RSMA CHAPADA DIAMANTINA. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 9025442072 • 20/11/2014 • Tese • 8.784 Palavras (36 Páginas) • 411 Visualizações
A Chapada Diamantina é uma região de serras, protegida pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina, situada no centro do estado brasileiro da Bahia, onde nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas. Essas correntes de águas brotam nos cumes e deslizam pelo relevo em belos regatos, despencam em borbulhantes cachoeiras e formam transparentes piscinas naturais. O parque nacional é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).1
A vegetação é exuberante, composta de espécies da caatinga semi-árida e da flora serrana, com destaque para asbromélias, orquídeas e sempre-vivas.
A Chapada Diamantina é composta por 28 municípios: Abaíra e seu distrito Ouro Verde e Catolés, Andaraí, Barra da Estiva, Dom Basílio, Ibitiara, Itaetê, Livramento de Nossa Senhora, Marcionílio Souza, Morro do Chapéu, Novo Horizonte,Palmeiras, Rio de Contas e seus distritos Arapiranga e Marcolino Moura, Ruy Barbosa, Seabra, Souto Soares,Tapiramutá, Utinga, Wagner, Boninal, Bonito, Ibicoara e seu distrito Cascavel, Ibiquera, Iraquara, Jussiape e seu distritoCaraguataí, Lençóis, Mucugê, Nova Redenção e Piatã e seus distritos Cabrália e Inúbia.Geologia As rochas da Chapada Diamantina fazem parte da unidade geológica conhecida como Supergrupo Espinhaço, que tomou este nome por ocorrer na serra do Espinhaço, no estado de Minas Gerais. Apresenta-se em geral como um altiplano extenso, com altitude média entre 800 e 1.200m acima do nível do mar. As serras que compõem a Chapada Diamantina abrangem uma área aproximada de 38.000 km² e são as divisoras de águas entre a bacia do rio São Francisco (rios S. Onofre, Paramirim) e os rios que deságuam diretamente no oceano Atlântico, como o Rio de Contas e o Rio Paraguaçu. As montanhas mais altas do Nordestebrasileiro estão na Chapada Diamantina: o Pico do Barbado com 2.033 metros, o Pico do Itobira com 1.970 metros e o Pico das Almas com 1.958 metros.
A Chapada Diamantina nem sempre foi uma imponente cadeia de serras. Há cerca de um bilhão e setecentos milhões de anos, iniciou-se a formação da bacia sedimentar do Espinhaço, a partir de uma série de extensas depressões que foram preenchidas com materiais expelidos de vulcões, areias sopradas pelo vento e cascalhos caídos de suas bordas. Sobre essas depressões depositaram-se sedimentos em uma região em forma de bacia, sob a influencia de rios, ventos e mares. Posteriormente, aconteceu um fenômeno chamado soerguimento, que elevou as camadas de sedimentos acima do nível do mar, pressionada pela força epirogenética, tendo aos pouco um sofrível erguimento ao longo de milhões de anos. As inúmeras camadas de arenitos,conglomerados, e calcários, hoje expostas na Chapada Diamantina, representam os depósitos sedimentares primitivos; a paisagem atual é o produto das atividades daqueles agentes ao longo do tempo geológico. Nas ruas e calçadas das cidades da Chapada, lajes de superfícies onduladas revelam a ação dos ventos e das águas que passavam sobre areais antigos.
Potencial turístico
Alguns atrativos naturais causam espanto e êxtase, como a Cachoeira da Fumaça e seus 380 metros de queda livre ou o deslumbrante Poço Encantado. Mas são tantas as atrações que se pode optar entre visitar grutas, tomar banho de cachoeira, fazertrekking em antigas trilhas de garimpeiros, montar a cavalo ou praticar esportes e aventuras. A Chapada abriga, em seus vales e cumes, comunidades esotéricas e alternativas como no Vale do Capão.
Caminhar respirando o ar puro e admirando a paisagem é a principal opção dos turistas de todas as partes que visitam a Chapada. Os lugares verdejantes guardam sempre uma surpresa com águas cristalinas ou areias coloridas, belos morros, flores e hortaliças que encantam pela beleza e viço. Em Igatu, a curiosidade se aguça em meio às ruínas da cidade fantasma, construída com pedras que formam as paredes de pequenas grutas. Em Capão da Volta o "morro da igrejinha" é um dos lugares mais visitados, por católicos e todos que apreciam a beleza da Chapada.
Responsabilidade social
A certificação da Rede de Agricultura Sustentável (Rainforest Alliance Certified) na Fazenda Belmonte – Sarpa tem um grande potencial de mudar a situação de produtores da Chapada Diamantina. O fato pode ser verificado nas propriedades de pequenos agricultores que trabalham como funcionários da fazenda e estão adotando modernas técnicas de manejo em suas lavouras de café, como por exemplo, o plantio de café sombreado com cedro australiano. O proprietário da fazenda Belmonte conseguiu enxergar a Norma da Rede de Agricultura Sustentável (RAS) como uma ferramenta de gestão que possibilita o desenvolvimento sustentável. Em uma região considerada um dos bolsões de pobreza do país o empresário conseguiu, através da aplicação da Norma, adequar a fazenda às questões sociais e ambientais e administrar a propriedade à distância.
A evolução da fazenda nos três anos de certificação foi grande e marcante, principalmente na área social, com destaque para a ativação de uma associação local e para o desenvolvimento de atividades que atendessem as necessidades de sua comunidade interna.
A manutenção da certificação também contribuiu para que às questões sociais e às relacionadas ao manejo ambiental e agrícola, bem como o sistema de gestão da propriedade caminhe para um processo de melhoria continua, catalisando mudanças na região da Chapada Diamantina.
Os tuaregues habitam o norte da África há tanto tempo que a memória de suas origens se desbota no tom ocre do deserto. Montados em seus meharis, uma raça de camelo veloz e resistente, dominaram as areias do Saara cobrando altos tributos para que as caravanas pudessem passar durante séculos. Povo guerreiro, sua marca característica eram os turbantes que lhes velavam os rostos para fugir das simum – as tempestades de areia. Seu código de honra era igual a dos cavaleiros medievais: palavra dada é como dívida de sangue e, portanto, honrada sempre.
Do deserto do Saara à Chapada Diamantina vão se milhares de quilômetros e séculos de diferença. Porém, quem entra pelas eserras, vales e rios que compõe um dos mais belos cenários brasileiros se depara com as mesmas figuras de turbantes. Não cobram tributos, mas barram caravanas de turistas para lhes dar consciência ecológica. Os velozes camelos foram trocados por um caminhãozinho que, mesmo caindo aos pedaços, recolhe lixo reciclável. Os “tuaregues da Chapada”, como são conhecidos os integrantes do Grupo Ambientalista de Palmeiras (GAP) são os anjos da guarda deste parque nacional no interior da Bahia.
Brigada contra incêndios, horta orgânica e comunitária,
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