Vazios Geograficos

1 INTRODUÇÃO

Estudando as escolas do pensamento geográfico, notamos muitas mudanças ao longo dos anos. Algumas escolas não visavam a geografia com uma disciplina como na escola tradicional. Oposto disso na escola critica, aprofundou-se no conceito de espaço, e tornou-se indispensável para os estudos da disciplina, aprofundando estudos de grandes pensadores da ciência geográfica.

Esse artigo tem como principal objetivo de evidenciar e analisar a evolução da geografia e seus principais pensamentos da geografia: critica, pragmática, determinismo e possibilismo.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICOS

2.1 GEOGRAFIA CRÍTICA:

“A Geografia – isso serve em primeiro lugar, para fazer guerra”, obra de Yves Lacoste. Quando publicada essa obra surgiu então a expressão Geografia Critica.

A Geografia critica propõe a quebra da neutralidade, no estudo da geografia estabelece compromisso e criticidade junto a toda conjuntura social, econômica e política no mundo. Constitui também uma ótica critica aos problemas que envolvem as de poder e pró-atividade no que diz em respeito as causas sociais, defendendo as diferenças socioeconômicas e regionais.Amparava ainda mudanças no ensino da geografia nas escolas, a implantar uma educação visando a inteligência e o senso critico.

Esse pensamento critica geográfico surgiu na França no início dos anos 1970, logo após migrou para Alemanha, México, Itália, Espanha, Suíça, Brasil e outros países.

Com o grande movimento de renovação da geografia em meados dos anos 80, teve uma maior importância na Alemanha, Brasil, França e Espanha. Milton santos foi o grande nome da Geografia critica no Brasil, publicando os primeiros trabalhos da nova escola nesse país.

A maior contribuição da Geografia Critica, foi na busca da ampliação dos direitos civis e sociais, como educação de boa qualidade, moradia, acesso a terra, combate a miséria, entre outras.

2.2 GEOGRAFIA PRAGMÁTICA

Surgiu da necessidade de exatidão, na década de 1950, através Surgiu da necessidade de exatidão, na década de 1950, através de conceitos mais teóricos e firmados em uma explicação matemático-estatística.

Principais características dessa corrente geográfica:

-Maior rigor na aplicação da metodologia cientifica;

-Deve existir uma linguagem comum entre todas as ciências;

-Todo conhecimento se apoia na experiência;

-Recusa de um dualismo cientifico entre as ciências naturais e as ciências sociais;

-A investigação cientificae os seus resultados devem se expressos de uma forma nítida, que exigem o uso da lógica e da linguagem matemática;

Teve grande expressao na Grã-Bretanha e nos EUA na década de 1960 e 1970. Usada pelos governos com uma importante ferramenta, pois assim podiam manipular dados e estatísticas. A partir dos anos 60, a Geografia Pragmática sofreu dura criticas. A principal foi o fato de não considerar os detalhes dos fenômenos, pois o resultado do método matemático mostra o que acontece em alguns momentos, mais não justifica os intervalos entre eles.

2.3 DETERMINISMO

Apresentada pelo alemão Friedrich Ratzel no século XIX, essa teoria fala sobre a influência que as condições naturais exerciam sobre o homem, onde o meio natural determinaria o ser humano. Nessa visão, os homens se organizariam em um determinado espaço para a sua sobrevivência.

Ratzel vivia em na época da unificação alemã, então seus pensamentos e afirmações tinham uma forte influencia dobre esse fato histórico. O maior sinal de perca de uma sociedade seria a perda do território.

Arquitetado pelo primeiro ministro da Prússia Otto Von Bismarck (1815-1898) tivemos o momento do expansionismo do Império Alemão, onde foi legitimado por duas das principais correntes do pensamento ratzeliano, o determinismo geográficoe o espaço vital.

O determinismo geográfico mostraria a superioridade de algumas raças, nesse caso alemã. O espaço vital, seria a conquista de novas terras para atender o aumento na demanda de recursos para seu desenvolvimento (expansionismo)

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Os seguidores do determinismo ultrapassaram as propostas ratzelianas, dizendo que o homem seria um fruto do meio. Por exemplo, o inverno justificaria o desenvolvimento dos povos europeus, que subjulgaram os grupos tropicais, mais atrasados menos desenvolvidos.