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A História da História Antiga, Fichamento de Citações

Por:   •  28/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.677 Palavras (7 Páginas)  •  151 Visualizações

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Disciplina: História Antiga II

Professor: Daniel Costa

Aluno: Maycon Douglas da Silva

 GUARINELLO, Norberto Luiz. A História da História Antiga. In: GUARINELLO, Norberto. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2018.

“(...) História Antiga foi, no princípio, um movimento cultural e literário de produção de memória a partir de textos e objetos.” (GUARINELLO. 2018. p. 17)

“O passado, mesmo o bíblico, parecia comprimido num eterno presente, sem profundidade ou mudança.” (GUARINELLO. 2018. p. 17)

“Mas o passado não fora simplesmente anulado. Por um lado, ele sobrevivia como trabalho morto, como uma séria de conhecimentos acumulados que nunca se dissolveram: na arte de forjar ferro, na agricultura, na arquitetura, nos objetos artesanais da vida cotidiana, nos costumes. (...) Por outro lado, esse trabalho morto sobreviva também como textos escritos (...)” (GUARINELLO. 2018. p. 18)

“A partir do século XII, esses textos passaram a ser cada vez mais procurados e difundiu-se, a partir da Itália, a ideia de que eles representavam algo diferente da cultura contemporânea: eram a herança escrita dos antigos.” (GUARINELLO. 2018. p. 18)

“A ideia de que tinha havido um mundo “antigo”, anterior ao cristianismo, com uma cultura rica e singular, difundiu-se aos poucos, pelas cortes europeias e pelos literatos. Essa cultura laica, livre do domínio da Igreja, parecia muito adequada aos novos tempos.” (GUARINELLO. 2018. p. 18)

“Com a divulgação da imprensa no século XIV, os grandes livros do “mundo antigo” foram reeditados e voltaram à vida.” (GUARINELLO. 2018. p. 18)

“As antigas ruínas, às quais não se prestava atenção, passaram a ser consideradas testemunhos desse mundo “antigo”.” (GUARINELLO. 2018. p. 19)

“O impacto na cultura erudita, dos sábios e das cortes europeias, foi imenso. É a esse processo que se dá o nome equivocado de Renascimento. Não foi um renascer passivo, mas uma reconstrução profunda da memória, com objetivos bem presentes: rejeitar uma parte do passado mais recente, definindo-o como “Idade Média” ou “Idade das Trevas”, para construir uma nova identidade, voltada para o presente e para o futuro.” (GUARINELLO. 2018. p. 19)

“A criação do “antigo” foi uma verdadeira revolução cultural que, aos poucos, atingiu todas as camadas da população. O “mundo antigo” tornou-se, assim, um participante ativo e necessário de outras revoluções: políticas, sociais e econômicas, cujas consequências sentimos até hoje.” (GUARINELLO. 2018. p. 19)

“Não havia, ainda, uma História científica. Esta começou a ser firmar entre os séculos XVII e XVIII. Primeiramente como uma batalha cultural: a dos modernos contra os antigos. Esta se deu em todos os campos do conhecimento, das ciências e das artes. Foi o período da cultura europeia que se costuma chamar de Iluminismo.” (GUARINELLO. 2018. p. 19 – 20)

“O surgimento da História científica coincidiu com o nascimento da História Antiga. Representou a junção das teorias socias e políticas da época com a leitura crítica das fontes escritas antigas e a sistematização dos repertórios de fontes recolhidas pelos antiquários.” (GUARINELLO. 2018. p. 20)

“(...) o estudo da Bíblia, do Egito, da Mesopotâmia e do cristianismo tornaram-se especialidades à parte. A História Antiga passou a ser obra de especialistas, quase sem comunicação entre si. (...) impulsionada pelo romantismo, a História Antiga tornou-se uma História de nações. Uma nação era concebida como sendo formada por um mesmo povo, com uma mesma língua, uma só ancestralidade, uma cultura comum, um só Estado.” (GUARINELLO. 2018. p. 20)

“(...) os historiadores da Antiguidade buscavam Estados e nações na Grécia e em Roma. Era inevitável que assim fizessem, pois era assim que concebiam que toda sociedade devia ter se organizado.” (GUARINELLO. 2018. p. 20)

“(...) surgiram dois dilemas, que ainda se refletem no ensino. Nunca houve um Estado grego, uma Grécia na Antiguidade, cuja História pudesse ser narrada de modo contínuo. Os gregos podiam ser considerados uma nação, mas sem um Estado único. E Roma era apenas uma cidade,

em meio a tantas outras. E no período imperial, quando constituía real mente um único Estado, englobava muitas nações. A História do Império Romano tornava-se, assim, quase impossível, a não ser como a História da sucessão de imperadores individuais.” (GUARINELLO. 2018. p. 20 – 21)

“A partir dos anos de 1860, a própria noção de tempo sofreu uma mudança drástica. (...) Séculos e milênios se abriram. Não apenas para a evolução da vida, mas também para a transformação do próprio homem e da sociedade humana.” (GUARINELLO. 2018. p. 21)

“Toda a História passou a ser vista pelo ângulo da evolução, pelas etapas da evolução, pela noção de mudança e de progresso.” (GUARINELLO. 2018. p. 22)

“(...) só se tornaram hegemônicas entre o final do século XIX e o início do XX. As mais importantes foram: a ideia de evolução, a de civilização, a de progresso e a da superioridade da Europa sobre o resto do mundo. Elas estão intimamente ligadas ao desenvolvimento tecnológico e à expansão imperialista das potências europeias sobre o planeta.” (GUARINELLO. 2018. p. 22)

“Graças às descobertas arqueológicas no Egito e na Mesopotâmia e à decifração dos hieróglifos e da escrita cuneiforme, alguns estudiosos colocavam o início dessa linha no Oriente Próximo.” (GUARINELLO. 2018. p. 22)

“Outros historiadores, a maioria, preferiam inicia-la com o “milagre” grego. Foi então que se consolidou a ideia de que a História do Ocidente era o centro da História Universal e que a Europa capitalista representava o ápice da História mundial.” (GUARINELLO. 2018. p. 22)

“A cidade religiosa seria, assim, a unidade básica da História Antiga, vista como uma etapa no desenvolvimento da inteligência dos indo-europeus. Cada cidade seria uma igreja específica, embora os fundamentos da comunidade religiosa fossem comuns a todas elas.” (GUARINELLO. 2018. p. 23)

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