AVA 2 HISTÓRIA REGIONAL: COLÔNIA E IMPÉRIO UVA
Por: filipepgomes • 18/11/2021 • Pesquisas Acadêmicas • 769 Palavras (4 Páginas) • 121 Visualizações
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
CURSO DE HISTÓRIA - GRADUAÇÃO
FILIPE PINHEIRO GOMES
AVALIAÇÃO A2
RIO DE JANEIRO - RJ
2021
esumo do Capit. ulo 3 do texto “A Era dos Impé rios”
Capital do Império e da República Federativa do Brasil, o Rio de janeiro no século XIX, ansiava por assemelhar-se aos países do velho continente por assim pressupor que seria visto como moderno, evoluído. Já na a vinda da coroa portuguesa para o Brasil, muitas ações urbanas e estruturais foram tomadas com este intuito, foram instituídos bancos, centros de formação militar, jardins, fábricas, estradas, abertura do Porto do Rio de janeiro entre outras medidas, que, alteraram completamente a vida das pessoas que aqui viviam. A cultura foi fortemente influenciada, com uma grande tendência para uma verdadeira imitação de costumes europeus, sobretudo franceses, Paris era vista como o apogeu de civilização e modernidade, como exemplo podemos citar o paisagista francês Auguste Glaziou projetou ao menos 14 jardins em terras fluminenses, um deles sendo o jardim da Quinta da Boa vista, residência oficial da família real. Tal influência cultural se traduzia de forma muito latente na moda. Na chegada da família real portuguesa, evento de muita expectativa na população brasileira, houve um fato peculiar, que retrata muito bem a nossa cultura de imitação. Após uma infestação de piolhos durante a viagem marítima, as mulheres foram obrigadas a raspar ou encurtar ao máximo seus cabelos e com isso resolveram adotar o uso de turbantes, logo, as brasileiras ao ver e num primeiro momento estranhar aquilo, no segundo não tardaram em adotar tal visual, julgando que este seria que havia de mais estiloso na Europa.
O Brasil, como um todo, nesse período estava desenvolvendo-se em vários aspectos rapidamente, mas ainda assim é preciso recordar que ainda tínhamos uma sociedade extremamente entranhada no sistema colonialista e escravista, com isso tínhamos uma sociedade composta por negros africanos escravizados, franceses, alemães, ingleses, italianos, portugueses, holandeses e outros estrangeiros, ou seja, era uma sociedade extremamente pluralizada, embora desigual. Essa pluralidade e desigualdade vão ser as principais marcas dessas imitações, pois como dizia Raymundo Faoro em sua obra “Os donos do poder” (Editora Globo, 1989) onde destacava que os detentores do poder na sociedade local sempre valorizaram os modos de vida dos países tidos como referência em cada época (Portugal, Grã-Bretanha, França), como forma de articulação com o mundo desenvolvido. Ou seja, a elite brasileira ansiava por assemelhar-se aos europeus com objetivo de evidenciar sua superioridade, costume este que pode ser visto até os tempos atuais.
Nesse período, a moda aqueceu também muito a economia do Rio de Janeiro. Trazendo novas ideias costumes de sociabilidade e discriminação social, a moda proporcionou uma grande movimentação de recursos. O produto mais exportado para o Brasil não eram roupas já finalizadas, mas sim tecidos de variados tipos, recebidos e registrados pela alfândega do Rio. Tais tecidos eram confeccionados em ateliês, os mais requintados e famosos entre a elite, localizados na rua do Ouvidor.
Ao passo que a elite saquarema, simplesmente usava seu poder aquisitivo para copiar a moda europeia a população empobrecida pelo sistema imposto, necessitava usar de muita criatividade para se vestir. Era o caso das negras escravizadas ou já libertas, o modo de vestir das cativas expressava não somente a cultura de sua nação, status ou fonte de renda pessoal, mas também a riqueza e posição social de seus senhores. Logo, quanto mais exuberantes, mais refletiam as posses de seu “dono”.
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