As benzedeiras Patrimônio Cultural

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NOME DO CURSO

Disciplina:Patromonio Cultural e Museus	PatrimoPatrimôniPatromo
Tutor:  Edgar Bruno Franke Serratto		RA:	8057369
Aluno(a):Maria Ines Silvestre de Paiva		Turma:
Unidade:

        

        BENZEDEIRAS

1. APRESENTAÇÃO

Desde a apresentação do pré-projeto cultural feito por Mario de Andrade em 1930, projeto que deu inicio à lei de  tombamento,  conjeturava a relevância da cultura por meio das manifestações culturais.  Tanto Mario de Andrade quanto Câmara Cascudo consideravam  estas tradições culturais como fenômenos sociais.  Tudo isto constitui o patrimônio historio, alem claro da arquitetura, bens móveis, festas tradicionais. Segundo Baltazar (2011) o patrimônio é o  conjunto de todos os bens  materiais e imateriais que formam a identidade cultural de um povo.

Com o avanço da tecnologia, o homem moderno tende a olhar com certo desprezo a toda essa antiguidade e considerá-la ultrapassada,  obsoletos e desprovidos de validade. No entanto toda “antiguidade obsoleta faz parte da herança histórica e deve ser preservada. Como citou Vieira (2004), não trata  apenas de recuperar monumentos e obras do passado e transforma –los em produto turístico. E preservar os meios, a historicidade dos autores que fizeram parte da  construção destes patrimônio.  

Mesmo com todo avanço  da medicina, certas práticas tradicionais continuam presente em meio á população, principalmente nas cidades interioranas, as benzeções. No município mineiro de Araguari, certa manifestação cultural junto ao congado e à religiosidade latente da região, faz parte deste patrimônio uma prática milenar, o ato de benzer e suas benzedeiras, digo benzedeiras pelo fato de a maioria serem  mulheres.

Por meio de pesquisa e de entrevista indireta com dois protagonistas desta historia, podemos conhecer um pouco mais da vivência, do saber e da fé que os move.

2.  OBJETIVOS

dentre os objetivos a ser apresentados por meio deste projeto destaca se:

• O conhecimento da cultura regional que faz parte da história da população que constitui a região ou município.

•  conhecimento e valorização da diversidade religiosa e cultural, desprendendo e toda forma de preconceito

• Aprender a diferenciar saber e cultura de prática religiosa e valorizar as diferentes práticas por meio do saber e da historicidade de cada uma.
• Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles;
• Reconhecer mudanças e permanências nas vivências humanas, presentes na sua realidade e em outras comunidades, próximas ou distantes no tempo e no espaço;
• Valorizar o patrimônio sociocultural reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e como um elemento de fortalecimento da democracia

2- JUSTIFICATIVA

Conhecer para  respeitar

O que move toda esta ação religiosa e  cultural é a fé. A fé por meio da oração, por meio de seus guardiões, santos e anjos.  Há uma lista de males que segundo as benzedeiras podem ser curadas por meio da benzeção.  “A presença da mulher é marcante no mundo da crendice e é ela, numa maioria quase absoluta, que conhece o segredo das palavras e dos gestos capazes de exorcizarem o mal” (Gomes & Pereira, 1989:16). Nesta região elas são a maioria absoluta.  Males do corpo e da alma, como o quebranto, mau-olhado, olho gordo, inveja, espinhela caída, cobreiro, feridas no corpo, dores de cabeça e tantas outras.  Geralmente todos os benzedores praticam a fé católica e fazem uso das imagens que representam estas entidades durante as orações.  Todos dizem ser apenas um instrumento nas mãos de Deus.