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Chiquitanos

Por:   •  14/5/2015  •  Resenha  •  354 Palavras (2 Páginas)  •  204 Visualizações

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IMAGENS DO COTIDIANO DAS POPULÇÕES CHIQUITANAS NAS REDUÇÕES.

Ludmila Araujo Benvenuti

Resumo:

Este trabalho apresenta uma reflexão e uma análise baseada em imagens, sobre o cotidiano e a vivência das populações chiquitanas nas reduções ocorridas entre 1691 – 1767, nas fronteiras entre Brasil/Bolívia. O enfoque das reflexões e questionamentos será a invenção das práticas cotidianas percebidas como condições culturais que produzem vivências individuais e coletivas por meio de alianças articuladas com outras comunidades (ou não). Essas práticas revelam concepções e comportamentos com os quais essas populações operacionalizam suas experiências diariamente. Serão escolhidos registros fotográficos existentes em acervos públicos e privados ou a serem produzidos, como principais fontes documentais tanto pelo valor das imagens, quanto pela relação estreita que há entre a fotografia e a história. É de se compreender também o efeito da fotografia como registro de memórias das comunidades da fronteira, possibilitando analisar interpretações das imagens fotográficas, pois registram sentimentos e valores individuais e coletivos que permeiam as vivências dessas populações fronteiriças. Da mesma forma, a fotografia também possibilita uma leitura da relação temporal passado versus presente, explorando o sentido que ressalta das imagens registradas. Em função disso, as imagens fotográficas revitalizam as memórias (individuais e coletivas), produz múltiplas sociabilidades e assim funcionam como ferramenta para interpretação do cotidiano das populações fronteiriças.

Palavras-chave:  cotidiano – fronteira – chiquitanos – fotografia.

Introdução:

De acordo com Giovani José da Silva, os chiquitanos são: “Chiquitano hoje em dia é, genericamente, a defi nição de um cadinho de grupos indígenas, os mais variados, reunidos graças à ação missionária jesuítica (1691-1767) nas atuais “terras baixas” bolivianas. Esta ação pode ser resumida em dois aspectos principais: a aglomeração de indígenas em reduções ou missões e a imposição de uma única língua, o Chiquitano, como língua geral. Sobre a história do grupo, é possível se estabelecer uma divisão em fases: de 1542 a 1620 (conquista e subjugo dos indígenas), 1620 a 1692 (perambulação de vários grupos pela Chiquitania e eventual caça de índios, pelos espanhóis e portugueses, para escravização), 1692 a 1767 (cristianização dos indígenas), 1767 aos nossos dias (eventos que assinalam intenso contato entre os Chiquitano e não índios, após o período reducional).”

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