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Historia da eja no Brasil

Por:   •  29/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  4.815 Palavras (20 Páginas)  •  650 Visualizações

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Cursista: Maria Aparecida Marques Garcia.

       Professora: Ana Maria.

Xique-Xique/BA

2015

INTRODUÇÃO

O EJA é um programa do governo que visa oferecer o Ensino Fundamental e Médio para pessoas que já passaram da idade escolar e que não tiveram oportunidade de estudar. A Educação para Jovens e Adultos (EJA) é uma forma de ensino da rede pública no Brasil, com o objetivo de desenvolver o ensino fundamental e médio com qualidade, para as pessoas que não possuem idade escolar e oportunidade. É importante lembrar que a educação de jovens e adultos está tendo uma preocupação maior atualmente.

Como tema Principal se abordará neste, a trajetória da EJA no Brasil, as principais dificuldades e desafios desde o começo até os dias atuais sendo que a Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino complexa porque envolve dimensões que transcendem a questão educacional. Até uns anos atrás, essa educação resumia-se à alfabetização como um processo compreendido em aprender a ler e escrever. O professor que se propõe a trabalhar com adultos deve refletir criticamente sobre sua prática, tendo também uma visão ampla sobre a sala de aula, sobre a escola em que vai trabalhar. Tem que ampliar suas reflexões sobre o ensinar, pensando sobre sua prática como um todo. Ele precisa resgatar junto aos alunos suas histórias de vida, tendo conhecimento de que há uma espécie de saber desses alunos que é o saber cotidiano, uma espécie de saber das ruas, pouco valorizado no mundo letrado e escolar. Frequentemente o próprio aluno busca na escola um lugar para satisfazer suas necessidades particulares, para integrar-se à sociedade letrada, da qual não pode participar plenamente quando não domina a leitura e a escrita.

Dessa forma lança-se um novo pensar sobre a educação de jovens e adultos traz para o âmbito escolar questões relativas ao processo histórico do aluno. Existem muitos motivos que levam esses adultos a estudar, como, exigências econômicas, tecnológicas e competitividade do mercado de trabalho. Vale destacar, que outras motivações levam os jovens e adultos para a escola, por exemplo, a satisfação pessoal, a conquista de um direito, a sensação da capacidade e dignidade que traz autoestima e a sensação de vencer as barreiras da exclusão. Dessa forma, quando tomamos um assunto como objeto de uma investigação histórica, temos que levar em consideração a sua relevância para a construção do conhecimento. Em conformidade com isto, analisando-se a realidade da educação brasileira logo se percebe que os números são desastrosos e preocupantes. Dados do IBGE, por exemplo, tem-se uma idéia de como foi tratado à educação de jovens e adultos no Brasil. A situação atual demonstra que o Brasil ainda não conseguiu garantir, na prática, a educação a todas as pessoas, como garante a constituição. Milhões de pessoas espalhadas por este imenso país, ainda não foram alcançadas por um dos direitos básicos de toda pessoa que é a educação. Existem várias pessoas que foram excluídas do processo de alfabetização, Com isso gerou a posição social que tais pessoas ocupam. Dessa forma fica evidente que podemos possivelmente encontrar respostas para tais indagações olhando para o passado. Dessa forma a história é necessária para que possamos viver o presente e olhar para o futuro. Esse é um dos objetivos da História, olhar para o passado para que possamos entender o presente e vislumbrar um furo melhor. Para tanto, faremos uma investigação que nos ajudará a compreender o processo histórico da educação de jovens e adultos e como lidamos com essa herança histórica na atualidade. Podemos adiantar que no decorrer da história, a educação do Brasil, em geral, foi tratada de forma inconsequente pelas autoridades políticas do país. Assim sendo a educação brasileira foi sempre colocada em planos posteriores ao crescimento econômico e interesses das classes dominantes. Infelizmente nos dias atuais, ainda não demos a devida atenção à educação, é só olharmos para o ensino público brasileiro que encontraremos escolas sucateadas e superlotadas, corpo docente mal remunerado, um mínimo investimento numa educação de qualidade e assim por diante. É vergonhosa e desanimadora a situação em que se encontra a educação brasileira.

OS PRIMORDIOS DO EJA NO BRASIL

Ao se para educação brasileira, desde o período colonial, percebe-se que a mesma tinha um cunho específico direcionado às crianças, mas “indígenas adultos foram também submetidos a uma intensa ação cultural e educacional”. A Companhia Missionária de Jesus tinha a função básica de catequizar (iniciação à fé) e alfabetizar na língua portuguesa os indígenas que viviam na colônia brasileira. Com a saída dos jesuítas do Brasil em 1759, a educação de adultos entra em colapso e fica sob a responsabilidade do Império a organização e emprego da educação. A identidade da educação brasileira foi sendo marcada então, pelo o elitismo que restringia a educação às classes mais abastadas. As aulas régias (latim, grego, filosofia e retórica), ênfase da política pombalina, eram designadas especificamente aos filhos dos colonizadores portugueses (brancos e masculinos), excluindo-se assim as populações negras e indígenas. Assim dessa forma, a história da educação brasileira foi sendo demarcada por uma situação peculiar que era o conhecimento formal monopolizado pelas classes dominantes.

Sessa forma nesse contexto dar-se a situação em que se iniciou a educação brasileira. Vale salientar que a partir da constituição Imperial de 1824 procurou-se dar um significado mais amplo para a educação, garantindo a todos os cidadãos a instrução primária. No entanto, essa lei, infelizmente ficou só no papel. Dessa forma houve uma grande discussão em todo o Império de como inserir as chamadas camadas inferiores (homens e mulheres pobres livres, negros, negras e escravos livres e libertos) nos processos de formação formais. A partir do Ato Constitucional de 1834, ficou sob a responsabilidade das províncias a instrução primaria e secundária de todas as pessoas, mas que foi designada especialmente para jovens e adultos. Dessa forma ressalta-se que a educação de jovens e adultos era carregada de um princípio missionário e caridoso.  Por isso o letramento destas pessoas era encarado como um ato de caridade das pessoas letradas às pessoas perigosas e degeneradas.

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