O QUE É GÊNERO?

O QUE É GÊNERO?

Para as ciências sociais e humanas, o conceito de gênero refere-se à construção social do sexo anatômico, ou seja, sabemos que há machos e fêmeas na espécie humana, no entanto, a maneira de ser homem e de ser mulher é realizada pela cultura, não decorrendo da anatomia de seus corpos.

O modo como homens e mulheres se comportam em sociedade corresponde a um intenso aprendizado sociocultural que nos ensina a agir conforme as prescrições de cada gênero e segundo cada contexto social. Dessa forma como dito por Simone de Beavoir “não se nasce mulher, torna-se mulher.”Pois não nascemos nem de um gênero e nem do outro, nascemos sim com um sexo biológico que pode ou não estar em harmonia com nossa mente.

Para sintetizar melhor a ideia, é a cultura que constrói o gênero, simbolizando as atividades como masculinas e femininas. Sendo assim, o aprendizado de gênero é, portanto, parte da nossa socialização na família, na escola e em outras instituições sociais das quais participamos durante toda a vida. E essa construção pode reforçar ainda mais os estereótipos impostos a tantos anos.

Os brinquedos na infância, os jogos na adolescência, nosso vestuário, os gestos e o palavreado que nos são ensinados e as relações estabelecidas com os grupos de pares e com as pessoas adultas vão nos informando sobre como é ser homem e ser mulher na sociedade e nos levam a distinguir quais atitudes são as mais “apropriadas” a cada gênero como podemos observar logo abaixo:

 Meninas: oferecer às meninas somente bonecas e miniaturas de utensílios domésticos é indicar-lhes o espaço privado como cenário de atuação, e o casamento e a maternidade como um objetivo. Espera-se que elas gostem de rosa, que sejam femininas, delicadas e maternais.

 Meninos: oferecer aos meninos armas, roupas de luta, carros, jogos eletrônicos que incitem à violência e indicar a eles os lugares públicos como próprios de seu gênero são formas de estabelecer uma relação entre meninos de agressividade e de violência entre homens e o espaço público. Espera-se que eles gostem de azul, que sejam fortes ou usem a força para conseguirem conquistar algo, naturalizam a violência como algo masculino, que seja “pegador”.

As pessoas Cisgêneras são aquelas que a mente e sexo biológico estão em consonância, em harmonia e elas não se enxergam de outra forma, já as pessoas trangêneras o sexo biológico não está em harmonia ou consonância com a mente, por exemplo: uma pessoa que possui pênis, mas não se reconhece como homem por possuir o genital masculino. Outro exemplo que aparece muito na mídia é o Thammy Miranda ou Thammy Gretchen, nasceu com o genital feminino e tem feito inúmeras cirurgias e tratamentos hormonais para mudar seu corpo e ficar com o corpo masculino para que assim possa estar em harmonia com sua mente.

Sobre as pessoas trans, elas escapam da classificação considerada tradicional sobre de gênero, por possuírem características femininas e masculinas, homem e mulher coexistem no mesmo corpo.

A escola, portanto, não deveria se abster de um papel tão importante quanto é trabalhar e problematizar tais questões, sendo importante que esse assunto seja discutido desde a Educação Infantil, pois muitas vezes a escola reforça ainda mais esses padrões já tão conhecidos, trabalhando a igualdade/equidade de gênero e o respeito aos colegas, pois todos somos diferentes, mas somos iguais em algo, pertencemos todos a raça humana.

“Deixar de tratar as questões de gênero é permitir que as mulheres continuem sendo educadas a assumir uma posição subalterna, destinada ao lar, aos filhos ou à marginalização social. É permitir que os homens sejam educados para exacerbação da virilidade, mesmo que isto induza à violência escolar. Nascem aí toda sorte