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Os Mundos do Trabalho

Por:   •  4/12/2018  •  Resenha  •  1.509 Palavras (7 Páginas)  •  382 Visualizações

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RESENHA

Por: Thiago Aurélio Silva De Souza¹

Karine Santos De Souza Rocha¹

HOBSBAWM. Eric. J. Mundo Do Trabalho, Novos Estudos Sobre História Operária. Tradução de Waldea Barcellos e Sandra Bedran. – Rio De Janeiro: Paz e Terra, 2000. pág. 11-14, 193-224, 257-278.

      Mundo do Trabalho, Novos Estudos Sobre A História Operária, Eric J. Hobsbawm. Faremos uma análise da introdução do livro, com uma breve síntese do Capítulo 8 – O mercado de trabalho de Londres no século XIX. Junto com o capítulo 10 – A formação da cultura da classe operária britânica. Discorrendo sobre a importância da obra na visão dos Estudos sobre a Revolução Industrial e suas possibilidades de utilização no ensino de história.

      Eric J. Hobsbawm aborda a história do movimento operário do fim do século XIX até o início da Primeira Guerra Mundia, relacionando como as “classes” se encontravam na sociedade, os modos de vida e os movimentos que elas geraram. Hobsbawm, aborda a história social do trabalho não se limitando às organizações e líderes de trabalhadores, mas sim tendo como ponto de partida para suas pesquisas as classes trabalhadoras e suas raízes, incluindo a dos militantes. As formas de organização dos trabalhadores ao longo do tempo e sobre as diversas questões que envolvem os movimentos operários, os sindicatos, as revoluções e os mecanismos de controle das classes sociais. Os capítulos enfocam, principalmente, as condições econômicas e técnicas que permitiram ou que impossibilitaram a eficiência dos movimentos trabalhistas, os capítulos 8 e 10 tratam essencialmente das classes operárias britânicas e examinam aspectos importantes do desenvolvimento das classes operárias como um todo de setores significativo durante um longo período.

      No Capítulo – 8, O mercado de trabalho de Londres no século XIX. O autor aborda uma dualidade muito característica de Londres que era considerada como o lugar onde são estabelecidos os salários e as condições de trabalho do povo.  Durante muito tempo Londres foi considerada como um mercado de trabalho diferente do restante do país, (Inglaterra) uma das suas diferenças principais era normalmente o fato dela possuir níveis de salários na metrópole mais altos das ilhas britânicas.

       Na realidade esta onde os sindicatos desejariam que os salários e as condições padrões para Londres se aplicassem. Nos subúrbios afastados o que normalmente acontecia era a fixação de salários locais que após um curto período tendiam a alcançar ou ultrapassar os salários oficiais metropolitanos. Entre os empregadores era bem conhecido o conceito de um nível de salário distrital para o trabalho não especializado da metrópole.

      Segundo Hobsbawm, Londres era grande demais para possuir um mercado de trabalho uniforme a curto prazo e por esse motivo fatalmente viria a conter importantes subdivisões e variações locais. A razão principal para isso seria a falta de mobilidade do trabalhador do século XIX, devido a ignorância e a falta de transporte público a baixo custo e amplamente desenvolvido. Surgiram dentro da metrópole padrões localizados como o padrão dos distritos e das regiões, essas regiões não eram simplesmente áreas de especialização econômica, apesar de algumas indústrias estarem confinadas a determinada região ou ausentes dela.

        O importante é que cada região permanecia autônoma. No entanto apesar a distinção entre as três regiões de Londres fossem duradoura, é evidente que nada prove concretamente que cada região tinha se desenvolvido seu próprio nível salarial ou carga horária. Dentro de Londres, ocorriam na verdade variações marcantes que pareciam ter ficado restritas a áreas bem menores do que as regiões inteiras. A subdivisão mais duradoura era a do sudeste que além de pagar salários mais baixos exigia uma maior carga horária de trabalho.

    Dentre os municípios mais próximos de Londres, Kent, foi aquele tinha ligações com o mercado de trabalho londrino foram mais visíveis e contundentes. Ao sul de Londres a dinâmica expansão dos subúrbios e a existência de Croydon, que assimilou o nível salarial londrino na década de 1870, a menos entre os carpinteiros forçaram uma cunha de influência londrina em meio ao campo. Esta influência parece se distinta daquela experimentada por Kent, pois a união dos pintores e revestidores cuja expansão seguiu a direção de Surrey e adiante apresentou pequeno avanço em Kent.

     Entretanto essa orientação para o sul e para o sudoeste pode ser associada ao conhecido movimento sazonal dos pintores de parede entre Londres e os balneários da costa sul, houve uma expansão de influência londrina. A partir dos movimentos locais houve uma expansão dos sindicatos e a falta de homogeneidade da Londres no século XIX, foi usada para explicar a fragilidade e a ineficácia dos movimentos populares de Londres no início do século e como ela era essencial para o sucesso de movimentos nacionais.

      No Capítulo -10, A formação da cultura da classe operária britânica, Hobsbawm diz que não precisamos ser historiadores para conhecer bastante sobre a cultura e os costumes da burguesia do século XIX. Quando os trabalhadores escreveram publicamente sobre si mesmos, pois os filhos dos trabalhadores começaram a tornar os escritores profissionais no início do século XX, portanto o historiador deve reconstruir a cultura do povo britânico através das suas pesquisas, os historiadores do movimento operário tendiam a concentrar sobre os estudos das organizações da classe operária, sobre a história das lutas e as atividades das massas até o fim do século XIX e do século XX.

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