Resumo Sobre a Roma Antiga
Por: Júlia Heiza • 17/12/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 1.216 Palavras (5 Páginas) • 330 Visualizações
Esta é a história de Rômulo e Remo, a Lenda da Fundação de Roma. Lenda ou não, a verdade é que Roma cresceu e dominou a maioria das civilizações do Mundo Antigo. Diz a lenda que Roma foi fundada no ano 753 a.C. por Rômulo e Remo, filhos gêmeos do deus Marte e da mortal Rea Sílvia. Ao nascer, os dois irmãos foram abandonados junto ao rio Tibre e salvos por uma loba, que os amamentou e os protegeu. Por fim, um pastor os recolheu e lhes deu os nomes de Rômulo e Remo. Depois de matar Remo numa discussão, Rômulo deu seu nome à cidade. A história, por sua vez, nos diz que algumas tribos de origem sabina e latina estabeleceram um povoado no monte Capitolino, junto ao rio Tibre. Além da versão lendária, há uma versão histórica que diz que Roma surgiu de um pequeno povoado nas terras férteis do Lácio, centro da península Itálica, tendo assim influência de vários povos indo-europeus que se fixaram na região durante o período do século X a.C.
Num período lendário, Roma foi governada por sete reis que tinham poder absoluto. O período monárquico compreende o governo dos três últimos reis e se trata do período de dominação etrusca, povoado que influenciou decisivamente o início da civilização romana. Durante esse período, Roma possuía uma economia essencialmente agrícola. A sociedade à época era formada pelos patrícios, a classe de grandes proprietários de terras, privilegiados e detentores de direito político; pelos plebeus, pequenos proprietários e comerciantes que não descendiam de famílias patrícias, portanto apesar de serem livres, não participavam da vida política; os clientes, também homens livres que prestavam serviços aos patrícios e em troca recebiam proteção e benefícios de cunho econômico, situando-se acima dos plebeus; e os escravos, formados por pessoas endividadas e prisioneiros de guerra sem direito algum. Do ponto de vista político, os reis cuidavam de funções relacionadas à justiça, à religião e à guerra. Havia ainda um órgão de apoio ao rei para que ele governasse chamado de Senado. No fim do século VII a.C., a existência de diversos conflitos entre os patrícios e os rei etruscos, considerados como estrangeiros, levou os patrícios a derrubarem o último dos reis, Tarquínio, o Soberbo, dando início à República.
Durante a República, o lugar do rei foi ocupado por uma série de altos funcionários, estes se dividam em três órgãos: o Senado, os magistrados e as Assembleias. O Senado passou a ser o principal órgão político de Roma. Os magistrados tinham a função de administrar a República, mas não recebiam nenhum salário por esse trabalho, o que levava somente os mais ricos a concorrerem a magistratura, esses eram: Cônsules, magistrados encarregados de propor leis, presidir o Senado e comandar o exército romano; pretores, magistrados encarregados de administrar a justiça; censores, responsáveis pelo censo populacional; e os edis, responsáveis pela ordem pública e abastecimento das cidades. A República Romana foi marcada por agitações sociais, ao mesmo tempo em que Roma crescia, aumentava as diferenças sociais entre patrícios e plebeus. Conscientes de sua importância na sociedade, os plebeus passaram a exigir os seus direitos políticos. Como os patrícios dependiam dos plebeus nas atividades econômicas e militares, tiveram que atender aos pedidos. Foram criadas leis e instituições que atendiam os desejos dos plebeus, as mais importantes foram: Tribuno da plebe, que, eleito pelos plebeus, tinha poder de vetos sobre as decisões do Senado; a Lei das Doze Tábuas, leis escritas que valiam tanto para os plebeus quanto para os patrícios; Lei Canuléia: permitia o casamento entre plebeus e patrícios; e a Lei Licínia: proibia a escravidão por dívida. Os plebeus também conquistaram o direito de se candidatarem aos cargos de Magistrados, antes formado apenas por patrícios. Em 367 a.C., os plebeus passaram a ter acesso às terras públicas. Foi no período republicano que Roma lançou-se em guerras de conquistas. A mais difícil delas foi a guerra contra Cartago e suas províncias, as chamadas Guerras Púnicas. Com a conquista do Mediterrâneo, os romanos continuaram a lutar com outros povos. Valendo-se de exércitos poderosos, os romanos conquistaram terras que antes pertenciam aos gregos, egípcios, mesopotâmios e persas. As conquistas provocaram profundas transformações em Roma. O Senado passou a administrar um vasto território, e a riqueza produzida convergia para a cidade, que era agora a capital de um grande império. A guerra expansionista passou a ser elemento-chave da economia romana. Em consequência das guerras de expansão, os escravos em Roma eram muito numerosos. Não eram considerados seres humanos, mas sim propriedades e, portanto, eram explorados e vendidos como mercadorias. Seu trabalho, no artesanato e na agricultura, era decisivo para a produção de bens necessários para a sociedade. No final do período da República, se via uma grande diferença na sociedade romana: de um lado, a massa de plebeus pobres e miseráveis, e de outro, a nobreza sustentando seus luxos. Diante dessa situação, os irmãos Tibério e Caio Graco, tributos da plebe, tentaram uma reforma agrária propondo a distribuição de terras entre camponeses plebeus e certas limitações ao crescimento dos latifúndios. A proposta não foi aceita pelo Senado e os irmãos Graco acabaram sendo assassinados. Em 60 a.C., o poder foi divido entre os cônsules Pompeu, Crasso e Júlio César, essa divisão ficou conhecida como o Primeiro Triunvirato. Com a morte de Crasso, Pompeu e Júlio César passaram a disputar o cargo de Cônsul único. Na disputa pelo poder, César saiu vitorioso, mas anos depois foi assassinado. Em 43 a.C., novamente o poder é divido entre 3 Cônsules. Formou-se o Segundo Triunvirato composto por Marco Antônio, Lépido e Otávio. Após afastar Lépido e derrotar Marco Antônio, Otávio torna-se líder supremo de Roma, iniciando assim a fase imperial de Roma.
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