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Artigos Científicos: 2425. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: bsengenharia • 23/3/2015 • 612 Palavras (3 Páginas) • 335 Visualizações
Conclusão
Os eventos do dia 11 de setembro de 2001 tiveram sobre a segurança
internacional de maneira geral, e a questão de segurança regional na América
Latina em particular, o efeito de reduzir o espaço político e limitar as opções
estratégicas ao aspecto militar. Esta conseqüência tem se materializado de
maneira clara na América Latina, por influência dos EUA. A militarização da
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Nizar Messarisegurança por parte dos EUA tem se refletido na maneira com a qual países
Latino Americanos têm lidado com questões como o narcotráfico e as
insurreições armadas. A política de segurança dos países Latino Americanos é
ditada em certa medida pela agenda de prioridades dos EUA. Mas se tal opção é
discutível no caso dos EUA, apesar da sua excepcional capacidade militar de
destruição, devido ao esmagamento do político, na América Latina, a opção
exclusivamente militar é ainda mais discutível. No caso da Colômbia, a falta de
preparo do exército Colombiano para enfrentar e derrotar as FARC ficou evidente
com as perdas materiais que os guerrilheiros têm causado. Acrescente a isto o
fraco avanço das forças legalistas sobre as regiões que estavam sob comando
rebelde, e o cerco das forças legalistas pelos guerrilheiros nos centros urbanos, e
a opção estritamente militar se revela inviável. Nas primeiras semanas após o fim
do cessar-fogo, uma candidata à Presidência da República foi seqüestrada, uma
senadora foi assassinada assim com o Arcebispo de Cáli, isto sem mencionar a
insegurança diária do cidadão comum. Fechar a via política é então um ato grave.
Fazê-lo sem perspectiva real de vitória militar é irresponsável. Sem desmerecer a
opção militar, ela não deve ser a substituta exclusiva da negociação política. Já
dizia Raymond Aron que quando prevalece a via militar, a via diplomática tem
que permanecer aberta para resolver o conflito, e quando prevalece a paz, a
vigilância permanente e o preparo contínuo para qualquer outro conflito que
possa aparecer figuram simultaneamente como uma obrigação e uma
necessidade. Na Colômbia, a opção política tem que permanecer aberta, mesmo
se não for a única opção.
O desinteresse relativo dos EUA pela América Latina não é de todo negativo.
Por um lado, o fato da América Latina não ser atualmente uma área prioritária
para os EUA na sua luta contra o terrorismo poupa a região das eventuais fortes
pressões diretas daquele país e sua obsessão de incluir muitas questões dentro do
prisma
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