A Alavanca De Arquimedes
Casos: A Alavanca De Arquimedes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: paulosenteio • 19/3/2015 • 577 Palavras (3 Páginas) • 466 Visualizações
Arquimedes: uma alavanca para mover a Terra
Autor:
Editores do HowStuffWorks
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Deem-me um ponto de apoio e uma alavanca e moverei a Terra.
A pretensão de Arquimedes era proporcional a sua descoberta. Ao desenvolver uma solução para lançar na água uma luxuosa nau de quatro mil toneladas construída pelos armadores do rei Hierão, ele inventou a alavanca e desenvolveu o conceito de centro de gravidade. Incapazes de lançar a gigantesca embarcação na água só restava aos seus construtores contarem com a genialidade de Arquimedes. E ele correspondeu às expectativas.
Provavelmente recorrendo a um sistema de roldanas e a partir de sua incrível descoberta sobre como a partir de um ponto de apoio bem calculado é possível com uma pequena pressão erguer um peso bem maior, Arquimedes conseguiu colocar a nau na água. Em sua obra “Sobre o equilíbrio dos planos”, ele mostrou como determinar o centro de gravidade de figuras bidimensionais e lançou alguns dos fundamentos da física teórica.
Além de resolver o problema no estaleiro, Arquimedes foi incumbido pelo rei de solucionar também uma dúvida que o atormentava. Hierão havia encomendado a um artista uma coroa de flores feita em ouro para homenagear os deuses. Ao recebê-la desconfiou que o artista não havia utilizado todo o metal. Mas, ao pesar a quantidade de ouro cedido com o peso da coroa ambos estavam equivalentes. O rei pediu então a Arquimedes que pensasse sobre o assunto, pois tinha certeza de que o artista substituiu parte do ouro por prata.
Arquimedes passou a pensar naquilo e um dia enquanto estava se lavando numa banheira percebeu que quanto mais imergia nela, mais água transbordava. Ele teve então um insight. Algo tão evidente para nós atualmente não o era há mais de dois milênios. Arquimedes ficou tão espantado com sua descoberta que, diz a lenda, saiu da banheira e correu nu pelas ruas de Siracusa gritando “Eureca!”. Arquimedes mergulhou a quantidade de ouro que deveria ser usada na coroa na água e mediu a quantidade de água que transbordou. Após, mergulhou a coroa, e a quantidade de água que transbordou era maior. A prova da adulteração do ouro na coroa estava ali. Arquimedes mostrou que os sólidos de densidade diferentes deslocam diferentes quantidades de água, pois apesar de terem o mesmo peso ocupam quantidades de espaço diferentes. Naquele momento ele descobrira o princípio da hidrostática. Até ali ninguém sabia o que era exatamente flutuar nem como calcular se algo flutuaria ou não. As leis da hidrostática de Arquimedes que aparecem em sua obra “Sobre os corpos flutuantes” permaneceram intocadas por cerca de 1.800 anos até que o matemático Blaise Pascal as aprimorou.
Arquimedes parece ter vivido a maior parte de sua vida de forma solitária, quieta e trivial. Mas no final do século 3 a.C., as disputas geopolíticas no Mediterrâneo entre a Magna Grécia, o Império Romano e Cartago o forçaram a ocupar uma posição pública. Aos 70 anos de idade ele ficou encarregado da defesa de Siracusa. Construiu catapultas, guindastes e um sistema de espelhos capaz de refletir o sol tão intensamente que podia incendiar
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