A Civilização AXUM
Por: pet13 • 24/11/2015 • Trabalho acadêmico • 1.524 Palavras (7 Páginas) • 200 Visualizações
A Civilização Axum
Segundo o autor por volta de 1500 a.C, os navios da rainha Hatshepaut se detiveram nas enseadas da Eritréia com os povos cuxitas que já praticavam a pastorícia e agricultura. Responsáveis pelas gravuras e pinturas rupestres disseminadas pelo norte da atual Etiópia, e também pelos mais antigos monólitos em forma de falo que se encontra do país.
Os cuxitas cuidavam do gado miúdo e do gado bovino estes desenhados na pedra sem corcova e com chifres muito longos. Cultivavam o niger, sorgo, o milhete Eleusine. E tem uma como hipótese de que soubessem fundir o cobre e o bronze. Nesse período havia contatos entre as margens do mar Vermelho. Estudos realizados junto ao rio Gash em o Tihama, no sudoeste da Arábia, revelam que o norte do altiplano etíope, por volta de 1000 a.C mantinha intensas relações com aquelas duas áreas influenciadas pelo grupo C e por Querma quanto pelo sul da Península Arábica.
O sul do mar Vermelho e o golfe de Aden separam planaltos semelhantes: o iemenita do etíope e da gala-somali, o segundo e o terceiro divididos entre si pela grande falha tectônica ocupada pelo rio Awash e pelos lagos que se sucedem até o Tana.
Assentavam-se a vida econômica em uma agricultura próspera, com a criação de gado, nos chapadões e nos vales úmidos das terras altas, quanto nas estepes baixas, criavam bois, ovelhas, cabras, cavalos e camelos. Havia muita especialização no trabalho, nas vilas e nas cidades, com suas casas de pedra e lenho, muitas vezes de forma esguia e com vários andares, cresciam as fabricações de couro, tecidos, madeiras e metais.
Silva comenta que, formava-se o longo caminho marítimo do comércio a distância, desde a China até Suez, entre sumérios, babilônios, indianos, cingaleses, malaios, persas, indonésios, chineses, árabes. Foi descoberto como fazer uso do fenômeno das monções, para cruzar o oceano, navegar longe dos litorais; foram criados grandes portos e muitos deles foram cobertos de lendas, tais como Coçair e Ezion-Geber, este fundado por Salomão, no golfo de Acaba, para, a partir dele, atingir Ofir.
A importância para o domínio desse comércio, eram também dos povos da Arábia do Sul, com conquista das duas margens do Babel-Mandeb, conheciam as costas da Eritréia, e obtinham marfim e peles, ouro, plumas e outros produtos exóticos, com mercado certo em qualquer dos lados para onde se movessem os navios. No século VII a. C., tinham estímulo da criação de suas próprias colônias, pois tendo a hipótese que, não houve migração em massa e domínio militar do Iêmem, nas terras que ficavam em frente a margens de águas.
Inicialmente tratavam-se de grupos pequenos, proviam de diferentes pontos da Arábia do Sul, mas com o passar do tempo, os elementos de origem iemenita cresceram em números não somente por força dos filhos, netos e bisnetos dos primitivos imigrantes e de seus mestiços com gente da terra, mas também pelos reforços que continuaram a vir de outra banda do mar Vermelho. Nesse processo de soma de culturas a Etiópia recebem do Iêmen as casas de pedra, o uso da escrita, as técnicas do represamento de águas da irrigação artificial e da disposição das lavouras em terraços com socalco na encostas das montanhas, outras práticas agrícolas e novos vegetais, como talvez, o trigo, e a cevada. Também recebeu o ferro, provavelmente chegado de Méroe, a mula, como animal de carga, o arado, permitindo assim, lavrar os férteis solos vulcânicos dos planaltos.
Na contribuição da arqueologia encontraram enormes semelhanças entre as inscrições e os monumentos do norte da Etiópia e os da Arábia do Sul da mesma época. As escavações revelaram que, no Tigre, se adoravam Almaça, o deus lunar que ora era representado pelo disco a repousar no crescente.
Em Yeha, a cinquenta quilômetros a leste de Axum, foram encontradas inscrições em língua e caracteres sul-arábicos e também um templo em cantaria, com pedras talhadas de modo a se ajustarem umas às outras.
Em Grã-Beal-Guebri, desencavou-se outra construção imponente, que se tem por um palácio, com sinais de haver sido destruída pelo fogo. Tratava-se de uma série de pilares sobre alto terraço, a lembrar pelas construções do Iêmen.
Em Haúlti, além de pilares semelhantes aos de Grat-Beal Guelbri foram encontrados esculturas em pedras de mulheres sentadas com as mãos repousadas nos joelhos. Uma das esculturas veste roupas de talhes simples, embora inteiramente pregueadas, e tem ao peito um tríplice colar no qual se parece com um escudo.
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É importante destacar, que a partir do século III a.C, ficou evidente que houve uma evolução na cultura do norte da Etiópia, como se ela se tivesse gradualmente apartado da iemenita. A língua aos poucos foi se distanciando do sul-arábico, aproximando do gueze. Na cerâmica, impõem-se novos tipos de vasos: de argila negra ou rubra, com superfícies vidradas e incisões ornamentais preenchidas com uma pasta branca, vermelha.
O desenvolvimento cultural próprio, indica que havia esmaecido o convívio entre a Etiópia e o Iêmen, pode ser explicado pela política ptolomaica de converter o mar Vermelho num lago greco-egipicio, como primeiro passo para o controle do comércio do Indico. Os árabes perderam o predomínio que detinham nas águas do mar Roxo. Os Ptolomeus vinculam comercialmente o mar Vermelho ao Mediterrâneo.
A arqueologia revelou um aumento, de utensílios de bronze e ferro. A abundância e a qualidade dos objetos sugerem o desenvolvimento
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