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A Escravidão

Por:   •  30/9/2019  •  Relatório de pesquisa  •  1.248 Palavras (5 Páginas)  •  105 Visualizações

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Gustavu Vassas, batizado como Olaudah Equiano foi um marinheiro calvinista, abolicionista e escritor nigeriano. Ele tinha onze anos quando foi raptado e vendido como escravo. Foi a primeira vez que viu o mar. O navio negreiro ancorado a sua espera, na costa da Guiné, área ocidental da África. Não era o único. Entre 1501 e 1870 mais de 12,5 milhões de pessoas foram arrancadas de suas casas para serem vendidas e tratadas cruelmente por pessoas sem coração. Para trabalhar forçadamente do outro lado do Atlântico. O comércio de escravos já existia a muito tempo, antes mesmo dos europeus pisarem na América. Porém, foi a descoberta de novas terras que levou a escravidão a números absurdos, transformando a história de nosso país, para sempre.

Uma vez ajoelhados, homens e mulheres eram levados forçadamente até o litoral, onde embarcavam em navios Negreiros. Olaudah cruzou o Atlântico junto de pessoas que nunca havia visto. Ouvindo línguas que nunca ouviu falar. Conhecendo culturas novas para si. Equiano viu todos os seus amigos, famílias, conhecidos ficando pequenos enquanto o navio o levava até seu sofrimento. Temia a imagem de um homem branco mal encarado que o olhava com ódio. Com nojo. Presenciou alguns conhecidos serem castigados de maneira cruel, alguns até mortos, em sua frente.

Alguns pulavam no mar, com a esperança de viver, e outros em busca de alívio. Era comum a viagem durar meses. No século dezesseis, era comum que crianças viajassem separadas de adultos, um benefício para Olaudah, que não ficou na escuridão do porão.

Dos 12,5 milhões de negros que embarcaram, 20% não chegaram vivos. Vítimas de doenças quase desconhecidas na época, ou até mesmo dos mais tratos recebidos. Os corpos ficavam juntos até lançados ao mar. Sem piedade. Alguns outros sobreviviam, mas com sequelas. Era comum ver escravos desembarcando cegos.

Depois de desembarcados, a situação daquele que era escravo não era das melhores. Crianças são sobreviviam mais que cinco anos, os adultos, fisicamente arruinados.

A trajetória de Ouladah Equiliano foi contada em um livro em um livro autobiográfico, chamado: The Interesting Narrative of the Life of Olaudah Equiano, or Gustavus Vassa, The African (sem tradução para o português). O livro conta alguns dos horrores vividos pelos negros escravos na época do auge da escravatura nas Américas. Hoje, os especialistas preferem o termo "escravizados" ao em vez de "escravos" para mostrar que a escravidão foi algo imposto pelo homem, não algo natural.

Desde então, vários reinos africanos contavam com escravos. Estes que na maioria eram sequestrados, mas também individados, condenado por crimes e pessoas de rendas baixíssimas. Porém, isso era limitado. No século 7, os árabes ajudaram e estimularam o tráfico de negros, abrindo rotas para o deserto do Saara, Mar Vermelho e Oceano Índico. No início, o interesse era por mulheres que eram destinadas a morrerem sem se casar, mas depois, o interesse por homens começou, para ajudar no exército e trabalhar em lavouras e palácios do grande império muçulmano.

Em 1433, foi aberta uma nova rota comercial, que era paralela aos caminhos terrestres dominados pelos árabes. Sem ouro, os portugueses voltaram as atenções para o tráfico humano, para servir de mão de obra nas plantações de cana. Antes mesmo de descobrirem a América, eles trocavam bens por escravos, conseguindo o privilégio do negócio. Pelos portugueses, o tráfico de escravos ganhou.

Em 1455, 10% da população de Lisboa era negra. Isso provou questionamentos sobre as práticas escravistas cruéis, que eram longe dos princípios e valores cristãos. Na época dos muçulmanos, eles também lidaram com os questionamentos e reprovação, lidaram com isso de uma forma religiosa.

Coube aos papas a tarefa de tentar justificar o porque da escravidão. Nicolau 5° deu ao rei de Portugal permissão para invadir, buscar e capturar escravos africanos. Na visão do papa, a escravidão era justa perante a Deus, porque preservava a vida dos escravos de uma forma totalmente violenta. A autorização, na verdade, tinha como objetivo fortalecer o cristianismo diante ao avanço do muçulmano.

Enquanto isso acontecia, corriam notícias falsas sobre interpretação da bíblia, que tratam de uma suposta "maldição divina" dos africanos, que eram apontados como descendentes de Caim, que assassinou o próprio irmão, ou então de Cam, o filho amaldiçoado de Noé, tudo isso era derivado de acusações totalmente racistas.

Mas a história da escravidão piora. Em 1492 ganha um de seus piores acontecimentos. O início do transporte de africanos para o outro lado do Atlântico começava. A necessidade de mão de obra barata avisaram os mercados. Com os preços lá em cima, o reino da África queriam a mão de obra escravizada. Em troca disso recebiam vários produtos, como: tecidos aguardente e tabaco.

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