A Grande Navegações

Grandes Navegações

A expansão marítima e comercial fez parte do contexto europeu do século XV, onde buscavam por um novo mundo, com sede do desconhecido e do imaginário. Tinham também, como prioridade, o objetivo de buscar riquezas em outras regiões. A era dos descobrimentos causou uma revolução na cartografia e na geopolítica do mundo, um dos feitos mais ousados da história do homem com a intenção de expandir seus territórios e buscar outras fontes de economia, os europeus partiram para expedições marítimas e conseguiram muito êxito.

Concentrando-se no contexto histórico que as grandes navegações aconteceram, logo após o século XIV, a Europa se encontrava em uma crise econômica que foi marcada pela peste negra e pela guerra dos 100 anos. A partir da alta mortalidade, houve grande retração no mercado. Com a escassez de metais preciosos para a cunhagem de moedas devido ao esgotamento de minas europeias, foram obrigados a buscar novos mercados: África e Oriente. Com a tomada de Constantinopla, houve a interrupção nas rotas comerciais e causou uma grande alteração nos preços, e com isso, os europeus viram vantagem em comprar diretamente produtos do Oriente, e então, revender com preço mais alto em seu território.

Como na época muitos artigos orientais eram comercializados nos mercados europeus e suas linhas comerciais estavam limitadas, estabeleceu-se então o projeto de chegar no Oriente para estabelecer o comércio de especiarias – com o a noz moscada, pimenta, canela e o gengibre – europeus passaram a traçar rotas marítimas. Sem ter acesso pelo mar mediterrâneo que estava sob domínio político e econômico de cidades italianas, Portugal traça uma rota contornando o continente africano pelo oceano Atlântico, com um ponto estratégico para também poder explorar este continente. A navegação portuguesa foi de cabotagem: em torno da costa, para não perder o litoral de vista. Já a Espanha, com o mesmo objetivo de chegar às Índias navegando, traçaram uma rota alternativa para chegar ao mesmo local.

Acreditando na esfericidade da Terra, Cristóvão Colombo propôs uma rota para o Oriente, navegando pelo Ocidente ao dar a volta ao mundo. Sem ter noção da real proporção da Terra, a imaginava de um tamanho menor sem saber que haveria outro continente o esperando. Com uma viagem ao desconhecido, Cristóvão Colombo iniciou sua navegação rumo às Índias com o apoio dos reis católicos da Espanha, em outubro de 1492 desembarcou em terras americanas. Colombo acreditava ter desembarcado no Oriente nas suas 4 viagens, mas com a experiência que Américo Vespúcio obteve em suas viagens, então foi relatado que aquelas terras que Colombo desembarcou não eram terras desconhecidas do Oriente, mas sim, um continente desconhecido. Como Américo Vespúcio foi o primeiro a apontar esse fato, o continente foi nomeado em sua homenagem: América.

Após as notícias sobre Colombo descobrir novas terras, Portugal organizou em 1500 uma expedição com Pedro Alvares Cabral rumo às Índias com a intenção de seguir a rota descoberta por Vasco da Gama. No meio do trajeto, uma tempestade forçou a mudança de caminho. Há suposições de que a mudança foi intencional, pois Cabral acreditava na existência de terras não exploradas. Então, a expedição de Pedro Alvares Cabral, chegou nas terras que hoje correspondem ao Brasil.

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