A Historia do Futebol
Por: vsscc • 13/12/2020 • Seminário • 916 Palavras (4 Páginas) • 140 Visualizações
INTRODUÇÃO
Este trabalho abordará o futebol no período da Ditadura Militar. O estudo se justifica, pois no período da Ditadura, a fim de desviar a atenção do povo e fortalecer o sentimento de amor à pátria, passou-se a dar grande ênfase ao Futebol. As vitórias do Brasil nas Copas do Mundo eram usadas para enaltecer a pátria. Mas, se era realidade neste país que havia tanta harmonia e felicidade, então como explicar todos os métodos de repressão usados nessa época durante o governo do então presidente Médici. O que nos indica é que toda essa preocupação com o futebol tenha sido uma estratégia política muito bem organizada na qual as pessoas acabaram se tornando coniventes com o regime opressor.
DESENVOLVIMENTO
Em torno do ano de 1969 a situação política do Brasil era tensa e no mesmo ano ocorria a disputa das eliminatórias, juntamente foi instituído o AI5 em 13 de dezembro de 1968, um ato autoritário imposto pelo então presidente da República Arthur da Costa e Silva, que praticamente sufocava por completo os direitos de livre expressão do cidadão e que prometia uma verdadeira “caça às bruxas” contra aqueles que eram contrários ao governo militar e seus propósitos, coibindo por completo as ações dos movimentos sociais. O general Costa e Silva afastou-se do governo por problemas de saúde em agosto de 1969, começa a partir desse momento a luta pela sucessão presidencial, segundo a constituição de 1967 o vice presidente assumiria imediatamente a presidência em caso de morte ou incapacidade do presidente permanecer no cargo, vice presidente de Costa e Silva, Pedro Aleixo qual opusera-se ao AI5, não agradando assim as patentes superiores que articulavam a política no país, em uma reunião de gabinete com portas fechadas depois de Pedro Aleixo não assumir o comando do país, o alto comando das forças armadas decidiram então que uma junta de militares compostas por ministros do exercito, marinha e aeronáutica governaria provisoriamente o país.
Reportagem do jornal O globo de 1de setembro de 1969.
[...] a crise sucessória de 1969 deu origem a um processo em forma de transferência do poder, que em versão modificada ainda hoje esta em uso. Para a seleção entre os muitos candidatos militares em potencial, um “colégio eleitoral” não oficial, compostos de 104 generais responsabiliza-se pela coleta de sugestões junto a oficiais das forças armadas. Os nomes apresentados eram então examinados por um colégio eleitoral menor, composto por 10 outros generais, que reduzia a três os candidatos. A escolha final do Presidente da República era feita por um grupo de sete generais. Assim foi escolhido o General Emilio Garrastazu Médici para ocupar o cargo de presidente [...] (ALVES, 1984).
Em 30 de outubro de 1969 assume Emílio Garrastazu Médici, que era entusiasta do futebol e entendia muito bem como aproveitar a paixão nacional pelo esporte para fazer a propaganda pró-ditadura. Seu governo foi conhecido como um dos mais repressores, qualquer manifestação contrária às diretrizes políticas estabelecidas pelo seu governo pede a reação imediata de todo um aparato especializado em seqüestrar, destruir, violentar e sacrificar existências humanas. Estudantes, professores, músicos, jornalistas, advogados, políticos oposicionistas, atores e toda a comunidade pensante e politicamente ativa em nosso país, foram aos poucos sendo desmobilizada, amordaçada e agredida.
Reportagem do jornal o Globo de 31 de setembro
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