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A Irradiação do Fascismo no Mundo

Por:   •  9/3/2022  •  Projeto de pesquisa  •  991 Palavras (4 Páginas)  •  143 Visualizações

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A Irradiação do Fascismo no Mundo

Na Europa: Ao longo da década   de   30, as ditaduras   espalharam-se   no continente europeu. A chegada do nazismo ao poder na   Alemanha, em   1933, fez-se acompanhar   da   instituição de regimes conservadores   e autoritários   em   Portugal, nos Estados bálticos, na   Polónia, na Hungria, na Bulgária, na Roménia, na   Jugoslávia, na Albânia, na Grécia e na Turquia. Na Áustria, ascendeu um partido nazi que preparou terreno para a anexação do país pela Alemanha, em 1938.  A Checoslováquia caiu também na órbita da Alemanha nazi. Em Espanha, o   general   Franco instalou uma ditadura fascista após uma guerra civil de três anos (1936-39), tendo obtido o apoio da Itália e da Alemanha. Até na França, Inglaterra, Holanda, Bélgica, Noruega e Suíça, onde a democracia acabou por resistir, o fascismo despontou.

Noutros continentes: A vaga autoritária não se limitou à Europa. Na América Latina e no extremo-Oriente disseminaram-se regimes autoritários, influenciados por tradições locais   e/ou decalcadas dos modelos fascistas da Europa.  No Brasil, na Argentina e no Chile, as democracias não resistiram à ascensão de chefes que se apoiaram nos exércitos e no proletariado, instalando ditaduras populares. No Brasil, Getúlio Vargas chegou ao poder, em 1930. Em 1937, aboliu os partidos e criou um Estado Novo ao estilo fascista.  No Extremo-Oriente, o Japão pôs termo   ao   processo   de democratização do país. Hirohito exerceu um poder absoluto. A irradiação do fascismo no Mundo beneficiou de uma perfeita concentração entre os governos de ditadura. Em 1936, Mussolini e Hitler celebram o Eixo Roma-Berlim, reconfirmado mais tarde pelo Pacto de Aço. Por sua vez, a Alemanha celebraria, ainda em 1936, com o Japão o Pacto Anti-Komintern, também conhecido pelo Eixo Berlim-Tóquio.

A democracia liberal entrou em crise pelos seguintes fatores:

  • Lutas de classes entre a burguesia industrializada-financeira e um proletariado progressivamente organizado
  • O desenraizamento de amplos setores da população durante a 1º guerra mundial
  • A crise económica e financeira e o desemprego
  • As lutas internas pelo poder na Checoslováquia e Jugoslávia.

Guernica

As imagens que compõe a cena são notáveis representações do Cubismo e um convite ao Surrealismo que trazem ao expectador toda agonia e desumanidade dos momentos de horror passados na cidade basca. Quanto às figuras, o artista reproduz a população, os animais e a devastação das construções. A tela é construída a partir de quatro retângulos verticais e um triângulo central que compõe a cena. No primeiro retângulo a esquerda é possível notar a mãe que chora a morte do filho, numa alusão a Pietá, juntamente com o touro de feições humanas. O segundo retângulo traz a agonia do cavalo iluminado pela luz inóspita da luminária a cima. O terceiro traz o rosto de duas mulheres aterrorizadas e o quarto retângulo traz a figura de um homem com os braços para cima, na tentativa de pedir socorro. Além disso, o painel é rico em detalhes que passam despercebidos à primeira vista como a flor ao lado de uma das patas do cavalo no centro da obra. 

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Guerra Civil Espanhola

A chamada Guerra Civil Espanhola teve início em 1936 e durou até 1939, ano em que teve início a Segunda Guerra Mundial. O período que se seguiu ao fim da guerra civil ficou conhecido como Franquismo, haja vista que o general Francisco Franco, líder da Frente Nacionalista – o polo vencedor da guerra civil – assumiu o comando do país. Até 1936, a Espanha passou por um período de tribulações e tensões no âmbito político. Miguel Primo Rivera, um ditador ligado ao conservadorismo espanhol, governou o país entre os anos de 1923 e 1930. Seu regime ficou conhecido pelo autoritarismo nacionalista e pelas perseguições aos comunistas e aos anarquistas que procuravam se articular dentro da Espanha. Em 1931, foi instituída a II República, tendo como presidente eleito Niceto Alcála-Zamora, que permaneceu no poder até o ano de 1936. Niceto foi sucedido por Manuel Azaña Díaz, que teve como primeiro-ministro Largo Caballero, um conhecido político socialista. Logo houve uma crescente insatisfação com relação ao governo da II República. Essa insatisfação partia dos setores conservadores espanhóis, os mesmos que apoiavam o governo de Primo Rivera na década de 1920. Esses setores tentaram promover um golpe de Estado e novamente conduzir um líder autoritário ao poder. No entanto, dessa vez, a tentativa de golpe não teve o mesmo êxito obtido no caso de Rivera. As forças conservadoras espanholas tiveram que enfrentar forte resistência das organizações anarquistas e do Partido Comunista Espanhol (PCE), que, por sua vez, era auxiliado internacionalmente por Moscou, o maior centro de difusão do comunismo na época. Nessa ambiência, constituíram-se as duas principais linhas de combate da guerra civil: a Frente Popular, que concentrou as forças da esquerda, e o Movimento Nacional, que concentrou, por sua vez, grande parte das forças da direita, lideradas pelo general Francisco Franco. A inspiração e o apoio de Franco vinham do fascismo italiano e do nazismo alemão, que serviam de referência para sua perspetiva política. Os nacionalistas tinham uma posição contrária ao liberalismo e à democracia representativa, por eles considerados modelos ultrapassados e frágeis de política e, incompatíveis com a situação que a Espanha vivia nos anos 1930. Durante a guerra, os nacionalistas partidários de Francisco Franco tiveram apoio dos fascistas e nazistas, enquanto os republicanos da Frente Popular receberam apoio do comunismo internacional, sobretudo da URSS. O fornecimento de armas, combatentes treinados e equipamentos sofisticados para o combate e para as estratégias de guerras estava na lista dos apoiadores do conflito. Além disso, vários voluntários de várias regiões do mundo também participaram da Guerra Civil Espanhola, como foi o caso do escritor George Orwell. O conflito resultou em enorme destruição dos principais centros urbanos espanhóis e serviu de “anúncio” da catástrofe que viria com a Segunda Guerra Mundial

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