A Revolução De 30 Em Goiás
Casos: A Revolução De 30 Em Goiás. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Murillosoares • 30/9/2014 • 994 Palavras (4 Páginas) • 7.078 Visualizações
Em 1929 a economia mundial é abalada por uma forte crise provocada pela falência da bolsa de valores de Nova York. A crise de 1929 atingiu duramente os Estados Unidos e os países europeus. Sendo ainda um país predominantemente agrário, exportador de produtos primários, principalmente o café, e dependente dos mercados e empréstimos externos, a crise de 1929 atingiu duramente a economia do Brasil.
Getúlio Vargas entra no cenário político brasileiro com a revolução de 30 tendo grande apoio político militar e da maioria dos estados do Sul e do Nordeste, porém tinha a missão de implantar um governo forte, que atendesse as classes burguesas industriais, aos trabalhadores, acabar com as elites locais, centralizar o poder, e atender aos grupos militares.
No campo da economia Vargas tinha a missão de mudar o rumo da produção nacional, no começo do seu governo Vargas administrou o país no chamado governo provisório eliminando os órgãos legislativos e nomeando representantes para cada estado, esses representantes tiveram a missão de neutralizar as velhas oligarquias e dar sustentação ao plano de modernização ao país e garantir a sustentação da revolução, como medida de controlar as oposições nomeou vários tenentes aos cargos de governadores:
Quando, por exemplo, o medico Pedro Ludovico Teixeira chega ao poder em Goiás, em 1930, com a revolução comandada por Getúlio Vargas, nitidamente há propagação da ideia do novo, do moderno, em oposição ao arcaico. Aliás, fazia parte do seu discurso de saneamento da sociedade, um reflexo da sua formação superior. (POLONIAL, 2000 p. 28)
A revolução de 30 segue várias visões do que houve em Goiás no campo político, e deve ser vislumbrado como modelo de divisão de águas no que tange as mudanças sociais e alteração do eixo do poder dos coronéis ao governo federal pelas mãos do interventor Pedro Ludovico.
As modificações dar-se-ão na forma do estado, pois a maior centralização no plano nacional pôs fim ao sistema oligárquico, e as oligarquias, mesmo subsistindo como força local, se subordinaram ao poder central, perdendo o controle direto do Estado, onde é instalado um interventor, nomeado por Getúlio Vargas. (SILVA, 2001 p. 123)
Como modelo de modernidade a mudança de governo representava uma nova era em Goiás:
Pedro Ludovico Teixeira, médico, político e intelectual, um lídimo interprete dos interesses desenvolvimentistas dos grupos políticos que pretendiam transformar Goiás em um polo de desenvolvimento e progresso. A modernidade para os arautos de 30 consistia no progresso do Estado, por meio do desenvolvimento da economia, da política, da sociedade e da cultura regionais. (CHAUL, 1997 p.149)
A chegada da ferrovia a Goiás em 1911 e o discurso de modernidade trazido pelo interventor Pedro Ludovico Teixeira iam contra o antigo modelo político goiano o Coronelismo, principalmente pelos Caiados, Bulhões e Xavier, segundo (Campos. 2003 p.141) Essa autonomia por indiferença outorga uma parcela do poder local aos fazendeiros pecuaristas que, por meio das três oligarquias formadas ao longo da primeira república, dominam o estado: Bulhões, Xavier de Almeida e Caiado, sempre a frente das decisões políticas e sociais do estado, um dos objetivos era eliminar as antigas oligarquias e modernizar os estado.
O coronelismo em que Goiás trouxe o que Itamir Campos retrata como o isolamento e a decadência administrativa, através do mandonismo e controle estatal:
Ao não favorecer investimentos em políticas públicas que permitissem a superação do atraso, os oligarcas Bulhões e Caiado não se preocuparam em superar o isolamento, recusando-se a lutar pela extensão da estrada de ferro no território goiano. E, quando houve, nos governos comandados por Xavier de Almeida, uma tentativa de racionalizar a administração
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