A SOCIOLOGIA DAS RELAÇÕES RACIAIS
Por: Jean Vinicius Costa de Oliveira • 6/12/2022 • Artigo • 1.534 Palavras (7 Páginas) • 103 Visualizações
FF – ICHF
DISCIPLINA:SOCIOLOGIA DAS RELAÇÕES RACIAIS
PROF: DANILO SALES DO NASCIMENTO FRANCA TURMA: GSO00101
ALUNO: JEAN VINÍCIUS COSTA DE OLIVEIRA – 220005134
Questão 1
Compreendo que em 1952, após a Segunda Guerra Mundial, a Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e cultura- UNESCO, elabora uma proposta para Claude Lévi-Strauss, que seria a construção de um texto considerando o tema: Contribuição das Raças para a Civilização Mundial. Em virtude de todo o contexto social e político estabelecido naquele cenário, entendendo por possível concluir que as intenções da Organização Internacional sobre o tema encontravam-se todas estabelecidas à partir de questões étnicas, face à violenta demonstra que a segregação racial fora capaz de produzir, segundo prova a leva de violentados e mortos resultantes da Segunda guerra, em função de crença ou raça, ou razões outras que tentavam justificar o injustificável, ou seja, a barbárie da violência humana e completa desvalorização da vida como um bem comum à todos. Lévi-Strauss, longe de atender imediatamente às necessidades da proposição, atuando, segundo intenções da Organização, que partiria, certamente, de uma compreensão fundamentada em conceitos sedimentados e, talvez, pouco discutidos o bastante, ao contrário, aproveita-se da temática, para elaborar uma reflexão acerca da conceituação e sedimentação de seus conceitos, no que refere à grupos humanos e seus paradigmas sociais, levando a uma profunda imersão na disposição humana de preconceituar questões dos quais se tem ínfimo conhecimento, ao desconstruir e analisar cada categoria do tema, fugindo do efeito possível de formular uma teoria racista ao inverso, ou reverso, como conhecido popularmente.
Em um texto antirracista, Raça e História, o autor constrói argumentos contra uma interpretação ligada à evolutiva da diversidade humana, trabalhando a noção de progresso como sendo não absoluta, e criticando a leitura de Leslie White que entendia o progresso como o aumento significativo da quantidade de energia retirada por per capita, ou seja, pelo contrário, que esta perspectiva leva à degradação no sentido da grande diminuição da diversidade per capita. Segundo a compreensão de Lévi-Strauss não deixa impune a noção evolutiva de um processo histórico cumulativo, cujo pensamento tem por inclinação uma ocidentalização de perfil mundial.
Uma das preocupações do autor dirigia-se à uma homogeneização indiscriminada das culturas, quando assim, o modelo desenvolvimentista começa a construir e a sistematizar padrões a serem atingidos pelos países com índices de menor desenvolvimento, em movimento elaborado de maneira linear que levaria ao gradual e significativa desaparecimento de toda à diversidade cultural existente. O texto ainda discute o racismo escondido sob o tema proposto, pois para o autor, se existe algum tipo de originalidade de contribuições culturais, as mesmas encontram-se relacionadas questões de ordem geográficas, históricas e sociológicas, não ocorrendo qualquer tipo de associação à constituição anatômica ou fisiológica de pessoas negras, dos amarelas ou brancas, informando que a antropologia errou ao confundir a noção puramente biológica de raça e as produções sociológicas e psicológicas das culturas humanas, portanto concluindo que há muito mais culturas humanas do que raças.
Por isso que falar em contribuição das raças para a civilização mundial pode, ao contrário de constituir fator integrador dos povos, fortalecer e dar novos contornos aos preconceitos já estabelecidos no conceito de seu fundo biológico. Num primeiro passo, insta discutir o que são culturas diferentes. Visto que nas sociedades humanas existem tanto inclinação ao particularismo, quanto à convergência, e ambas há uma elaboração contínua, como por exemplo da língua falada, que em países contíguos possuem feições comuns em decorrência da comunicação com a vizinhança.
Todavia, é preciso ressaltar que há inúmeros problemas inerentes à diversidade no seio de cada sociedade, e grupos que a constituem, tais como: classes, castas onde também existem diferenças internas que podem aumentar segundo se torne mais homogênea cada sociedade. Pois compreende-se que a diversidade de culturas não se dá de maneira estática, ou seja, inerte, especialmente porque as sociedades não estão sós, mesmo que inclusive as mesmas supunham isso, elas desenvolvem relações com grupos ou feixes de grupos com contatos estreitos entre si, que, inevitavelmente, interferem na conduta social e também na formação cultural dos povos pois as diferenças entre um grupo e outro podem resultar tanto do isolamento, quanto também da proximidade. Em função das relações que unem os grupos que se possui uma diversidade cultural, e menos do isolamento, por isso que a diversidade não deve levar a uma observação simplista.
Neste sentido, considero que as pesquisas
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