A economia global do açucar
Por: Carolrego • 28/10/2015 • Ensaio • 931 Palavras (4 Páginas) • 125 Visualizações
Tema ”A Inserção do Brasil no Mundo Atlântico da época moderna”
Titulo: A Economia global do Açúcar e seu legado.
Esse texto se propõe a demonstrar um pequeno panorama de como o Brasil foi se inserindo nas relações econômicas globais vigentes na época moderna. Assim devemos analisar as relações de comercio global que era vigente na época.
Os Estados recém-unificados na Europa estavam à procura de novas rotas marítimas de comercio para as Índias, e a exploração do oceano atlântico que banhava Portugal e Espanha, os pioneiros na exploração marítima do atlântico, resultou na chegada a América e abriu aos conquistadores europeus as terras do Novo Mundo. Essas novas rotas possibilitaram aos países europeus a colonizar a América e explorar suas possibilidades de comercio e exploração territorial e assim sua colonização. Assim associando a colonização em um sentido histórico de transição para o capitalismo, encaixando o contexto colonial luso no processo de acumulação primitiva do capital. Essas novas rotas deslocam o eixo econômico global do mediterrâneo para o Atlântico. Com isso inicia-se o declínio econômico das cidades italianas e a ascensão comercial de países banhados pelo Atlântico, tais como Portugal, Espanha, França, Holanda e Inglaterra.
Porem apenas no final do século XVI Portugal consolidou o sistema colonial ao explorar suas terras (o Brasil) através da produção de açúcar que se voltou para a exportação. Esse fato foi o que inseriu este território (o Brasil) no processo de formação da economia capitalista que se fortalecia no mundo.
A exploração do açúcar demandou uma enorme quantidade de força de trabalho escravo e a solução encontrada no Brasil para a demanda de força de trabalho foi através da importação de escravos da África e transformou o tráfico de escravos no principal amparo da produção açucareira e estendeu a cadeia mercantil do açúcar não só para a África, mas para todos os espaços de onde provinham os equipamentos, mercadorias e pessoas envolvidas na obtenção continuada dos trabalhadores escravizados. Com isso as especificidades das atividades necessárias à escravização no território africano, ao transporte e à reprodução diária nos locais de negociação, nos postos de troca e no destino final, o comércio de escravos gerou circuitos comerciais no mundo todo. A força de trabalho escrava era um insumo para a produção de açúcar, e todas as demais atividades, econômicas ou não, destinadas ao fornecimento desta força de trabalho estão completamente inseridas na cadeia mercantil do açúcar.
E essa era uma das principais características do comércio executado no Atlântico, durante a época moderna, foi à troca de trabalhadores escravos africanos com as colônias europeias nas Américas.
A escravidão moderna representou uma importante fonte de lucro e de acumulação de capital para os capitalistas europeus, além de criar as condições de desenvolvimento do mercado mundial capitalista. Dependente desta mão de obra para a produção agrícola do açúcar no Brasil e também para a extração mineral nas colônias americanas. Os investidores europeus utilizaram rotas marítimas que criaram um comércio triangular entre os continentes africano, europeu e americano, e assim escoando a produção colonial do açúcar e dos produtos produzidos no Brasil e nas demais colônias americanas e suprindo de mão de obra as localidades que dela necessitavam.
Porém, o uso desse tipo de força de trabalho representava um retrocesso para as relações de produção em larga escala. E comparado ao trabalho assalariado, era menos produtivo, assim a extinção de sua utilização foi necessária, principalmente por pressão da Inglaterra que precisava alargar o mercado consumidor de seus produtos. E assim após várias tentativas, o tráfico de escravos no oceano Atlântico foi proibido, na segunda metade do século XIX. Apesar de seu fim, o comércio de trabalhadores escravos da África consolidou importante rota comercial.
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