ACIDENTE NUCLEAR
Ensaios: ACIDENTE NUCLEAR. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: claumayrarocha • 12/6/2013 • 2.198 Palavras (9 Páginas) • 1.075 Visualizações
Usina nuclear de Tricastin sofre vazamento de gás carbono 14 e é o sexto acidente nuclear na França em um mês.
Um campo de girassóis em frente à central nuclear Areva em Tricastin, em Bollene, no sul da França. Foto: Fred Dufour / AFP / Getty Images
De acordo com a Autoridade de Segurança Nuclear (ASN), o incidente foi classificado com o grau 1, em uma escala com oito níveis para acidentes nucleares, mas, ainda assim, a Socatri ( operadora da usina de Tricastin), foi proibida de produzir mais resíduos desse tipo até o final de ano. Por Henrique Cortez, do Eco Debate, com Agências.
A Socatri, filial da Areva, já constatara em 4/7, que já havia ultrapassado o limite de emissão de Carbono 14, situação que continuou até agora, justificando a decisão da ASN de proibir atividades que, potencialmente, possam produzir o gás radioativo.
Entre 7 e 8 de julho, a mesma usina sofreu um vazamento de 74 quilos de urânio, que, segundo a administração da usina, teria “contaminado ligeiramente” uma centena de trabalhadores.
Alguns dias depois, um vazamento de efluentes radioativos em Romans-sur-Isère (Drôme) foi também classificada no nível 1.
No dia 18/7 15 funcionários foram ligeiramente” contaminados ” por radiação, durante trabalhos de manutenção em uma unidade da central nuclear de Saint-Alban/Saint-Maurice.
Cinco dias depois, outro incidente na central de Tricastin contaminou “sem gravidade” cem trabalhadores da central nuclear.
Estima-se que quase uma centena de incidentes nucleares, classificados não perigosos, ocorrem anualmente na França.
Segundo a usina de energia nuclear, os funcionários foram contaminados durante a manutenção de um dos reatores que estava fechado desde um acidente.( BandNews, 24/07/2008, 0m39s).
Durante a operação de manutenção realizada em um dos reatores da usina nuclear de Tricastin, no sul da França, substâncias radioativas vazaram, contaminando muito levemente uma centena de empregados. Segundo autoridades francesas, as substâncias chegaram a atingir dois rios próximos ao local. Autoridades chegaram a proibir o consumo de água e a prática de pesca e esportes nos rios.
Consenso nuclear começa a enfrentar resistência na França
Com 58 centrais, a França é, proporcionalmente à população, o país com o maior número de usinas atômicas no mundo. Mas, mesmo numa nação habituada ao consenso nuclear, a resistência se levanta.
Alexander Musik
Ao fundo, a usina nuclear de Tricastin, na França
Como primeiro chefe de Estado estrangeiro a visitar o Japão após a catástrofe de 11 de março, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, exigiu nesta quinta-feira (31/03) em Tóquio padrões internacionais de segurança para as usinas nucleares.
Sarkozy sugeriu ainda a realização de uma conferência internacional sobre o tema, que deverá reunir as 20 principais economias do mundo (G20) em Paris, em maio próximo. Com 80% da energia produzida em seu país por usinas nucleares, Sarkozy tem bons motivos para tratar da questão.
Logo após a catástrofe nuclear em Fukushima, o presidente francês deixou claro que uma desistência da energia nuclear estaria fora de cogitação em seu país. Afinal, os reatores franceses seriam os mais seguro do mundo, assegurou Sarkozy. E o ministro francês da Indústria, Eric Besson, completou: os franceses terão que enfiar a mão mais fundo no bolso caso o país venha a produzir menos energia nuclear.
Pouco antes, os verdes franceses haviam proposto um referendo para decidir sobre a desistência nuclear – uma novidade na França, onde a Areva, maior empresa local de energia nuclear, com participação majoritária estatal, é quase intocável.
"Na França, tivemos a sorte de realizar a maior parte do programa nuclear numa época em que a opinião pública queria reagir à crise do petróleo", disse Bertrand Barré, que foi diretor de comunicação científica na central parisiense da Areva e hoje é conselheiro da empresa.
Segundo o ex-diretor da Areva, entre 1974 e 2000 o programa nuclear francês teve o objetivo de produzir energia independentemente do petróleo. Havia um grande consenso em torno disso, afirmou. "E como a energia nuclear funcionava bem, como não existiam dramas, as pessoas se acostumaram."
Nuvem radioativa para nas fronteiras francesas
Desbordes: radiação de Tchernobyl está no solo até hoje
Em 1986, na época do desastre em Tchernobil, as autoridades francesas tentaram convencer a população do país de que a nuvem radioativa proveniente da Ucrânia teria parado nas fronteiras francesas. Até que alguns cientistas da cidade de Valence desmascararam a mentira estatal.
Eles se reuniram em torno da sigla Criirad – Comissão de Pesquisa e Informação Independentes sobre a Radioatividade, na sigla em francês. O físico Roland Desbordes dirige esse centro de pesquisa e informação independente e único na França.
Segurando uma amostra de 40 gramas de terra, ele afirma que até hoje se pode comprovar a presença da radiação de Tchernobyl no país. "Isso aqui é césio 137", diz Desbordes, apontando para a amostra, "com uma meia-vida de 30 anos, como detectamos em laboratório. Depois de 25 anos, sua atividade não diminuiu nem pela metade. Ainda contém cerca de 60% da radioatividade de 25 anos atrás".
Cidadãos nunca foram consultados
Em Lyon, terceira maior cidade da França, está a central de Sortir du Nucléaire (sair do nuclear), uma rede que reúne quase 900 associações em todo o país. Todas dividem o mesmo objetivo: a desistência da energia nuclear. Elas exigem que os 16 reatores franceses mais antigos, ou seja, aqueles com mais de 30 anos de funcionamento, sejam desativados.
O vice-coordenador do grupo, Xavier Rabilloud, aponta para o mapa de um país abarrotado de usinas nucleares, em funcionamento ou desligadas, com depósitos de lixo nuclear, minas de urânio, instalações de processamento, reatores de pesquisa e instalações militares nucleares, bem como portos para submarinos nucleares ou o porta-aviões nuclear Charles De Gaulle.
Rabilloud: franceses não foram consultados sobre energia nuclear .
Segundo Rabilloud,
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