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ARQUITETURA BAHUAUS

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Por:   •  1/4/2014  •  1.971 Palavras (8 Páginas)  •  242 Visualizações

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4. Bauhaus

Walter Gropius, Bauhaus de Dessau

4.3. A Bauhaus

A Bauhaus é a síntese dos movimentos Arts & Crafts, Art Nouveau, da liga Deutsche Werkbund, da Escola de Artes e Ofícios de Weimar e da Escola de Arte de Weimar na Alemanha e ainda do pensamento racionalista com que os artistas e intelectuais europeus reagem frente à irracionalidade da 1ª. Guerra Mundial.

Fundada por Walter Gropius em 1919 a Bauhaus foi concebida como uma escola democrática com o objetivo de formar profissionais no campo da arquitetura e do design que respondessem á situação da Alemanha com soluções modernas e progressistas em base ao racionalismo metodológico e ás pesquisas estéticas dos movimentos modernos da arte. A Bauhaus teve uma orientação artística que criou um movimento cultural importante e se estendeu por toda a Europa. Walter Gropius era um grande "agitador" cultural, igual ao seu contemporâneo Le Corbusier, mas á diferença deste, Gropius acreditava na importância da educação no cenário moderno.

Os primeiros anos a Bauhaus funcionou em Weimar enquanto uma sede própria, desenhada por Walter Gropius era construída em Dessau. Em 1925 a Bauhaus de Dessau abriu suas portas com uma proposta curricular ampliada. Gropius foi o diretor da escola até 1928, ano em que decidiu renunciar porque queria se dedicar aos projetos particulares. Assumiu o arquiteto Hans Meyer que dirigiu a escola até 1930 mudando muitos aspectos centrais com que havia sido concebida a escola, como o valor que se dava á arte no currículo. Á raiz das diferenças Meyer deixa a escola e assume o arquiteto Mies van der Rohe que a dirige até a sua clausura em 1933 em Berlim, onde tinha se mudado a escola um ano antes por causa dos fortes movimentos nazistas em Dessau.

A base de toda a estética bauhauseana se encontra no principio da funcionalidade racional dos objetos e espaços habitáveis. "A forma segue á função", isto é, a forma é resultado da funcionalidade do objeto ou do espaço, não do capricho pessoal ou da tradição histórica. Para a mentalidade racionalista da época o ornamento não tinha mais lugar na funcionalidade do objeto, como o havia proposto Adolf Loos em 1908 no livro "Ornamento e Crime" onde defende a "honestidade da forma". Despir as formas de ornamento foi traduzido na palavra de ordem de arquitetos e designers da Bauhaus como: "menos é mais". Desta maneira se da ênfase à forma (Gestalt) e á formação da forma (Gestaltung) derivando assim na abstração das formas geométricas simples e essenciais e nas cores primárias.

A supremacia da arquitetura sobre o design é também um dos pilares do pensamento da escola da Bauhaus. Consideravam a cidade como sistema de comunicação intersubjetiva.Tudo está em função do espaço habitável, assim também os objetos, mas sobre tudo na idéia centrada na arquitetura como método de construção do menor ao maior dos objetos, para viver civilizadamente teria que haver uma racionalidade das grandes ás pequenas coisas. Aliar os conceitos das vanguardas artísticas ao design de objetos não era uma novidade mas na Bauhaus levou isto ao ponto de elaborá-las como obras de arte que seriam reproduzidas porque acreditavam que os objetos são elementos de educação estética da sociedade. Para ter uma vida civilizada as pessoas deviam viver em ambientes altamente estéticos. Por isso deviam ser estudados e desenhados todos os objetos, tudo podia ser objeto de analise e projeto.

O programa da Bauhaus sob a direção de Walter Gropius privilegiou a aliança dos conceitos das vanguardas artísticas com o design de objetos, e em todas suas fases à práxis produtiva. As aulas eram, á maneira das escolas de arte, ateliers onde a aprendizagem se sustentava no equilíbrio entre a teoria e a prática. O fato de ter entre seus professores artistas do tamanho de Wassily Kandisnky e Paul Klee evidenciam a aliança que se procurou com a arte.

Quando a escola passou á sua sede em Dessau o programa curricular foi ampliado dando maior ênfase à arquitetura e á tipografia, produzindo publicidade e propaganda, editando livros, produzindo objetos, móveis, cenários e têxteis.

Para conhecer os professores e os cursos e os alunos das duas maiores fases da Bauhaus abre este PDF.

Para conhecer outras tendências do design gráfico paralelas á Bauhaus abre este PDF.

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Fontes:

BURDEK, Bernhard E. Diseño: Historia, teoría y práctica del diseño industrial. Barcelona: Gustavo Gili, 1994..

ARGAN, Giulio Carlo. Historia da Arte Moderna, do Iluminismo aos Movimentos Contemporâneos Companhia das Letras, São Paulo, 1992.

Escola Bauhaus (Staatliches Bauhaus)

Folder: Arte Bauhaus.

Exposição Oficial da Alemanha na IV Bienal de São Paulo.

A Bauhaus, encarna o ideal e o projeto de unir engenheiros, arquitetos, pintores, artesãos, designers e artistas industriais, pesquisando e construindo protótipos à serem produzidos em escala industrial, atendendo, por um lado as necessidades da sociedade alemã, por outro o ideal comunitário de levar a arte moderna à todos os níveis sociais criando assim o artista-artesão.

Constituída na Alemanha, em 1919, após a fusão das Escolas de Artes e Ofício e Belas Artes de Weimar, teve como principal idealizador e articulador o arquiteto Walter Gropius, que no famoso programa da Escola de Bauhaus, lançava as bases da nova arquitetura, que marcaria o século XX, além do desenvolvimento de designers ligado à produção industrial.

Sttatliches Bauhaus (Casa de Construção), assim denominada pelo fundador, muda-se de Weimar, em 1925, para Dessau, sendo instalada em um edifício projetado por Gropius, de arquitetura industrial moderna e arrojada, lá permanecendo até o início da década de 30, intensificando ainda mais sua produção com o lançamento de publicações e organização de exposições.

Centro irradiador de novas tendências, a Bauhaus foi composta por um corpo de docentes que causou profundo impacto na arte do século XX, entre os quais Walter Gropius, Johannes Itten, Iyonel Feininger, Gehard Marcks, George Muche, Gertrud Grunow, Iothar Schreyer, Adolf Meyer, Oskar Schelemmer László, Moholy-Nagy, Paul Klee, Wassily Kandinsky, Joseph Albers, Marcel Breuer , Herbert Bayer, Hinnerk Scheper, Gunta Stölzl,

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