As Principais medidas econômicas realizadas durante 1930
Por: Pedro Palma • 3/6/2018 • Resenha • 862 Palavras (4 Páginas) • 318 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Disciplina: FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL - 2017.2
Dissente: Pedro Barbato Palma
Tema: Principais medidas econômicas realizadas durante 1930 – 1945, governo de Getúlio Vargas. (CALDEIRA, História da Riqueza no Brasil: cinco séculos de pessoas, costumes e governos, 1. ed. – Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2017. cap. 64 e 65)
AVALIAÇÃO II
No início de 1930, o mundo capitalista sofria os reflexos da crise econômica de 1929, a grande depressão, o Brasil não foi diferente. O principal produto de exportação brasileiro na época, o café, que anteriormente já tinha em sua produção um volume maio do que o total consumido no plante, houve queda nos preços da commodity. Neste contexto de instabilidade que Getúlio Vargas assume, mesmo com a derrota eleitoral. O governo que foi eleito se mostrou fraco e ineficiente para solucionar os problemas econômicos nos quais o país estava inserido. Isso provocou insatisfação de uma parcela significativa da população, abrindo brecha para um golpe de Vargas.
O governo de Getúlio Vargas começa com um decreto, o qual suprimia o legislativo e o tornava basicamente um ditador, com uma grande possibilidade de realizar manobras políticas e econômicas, podendo realizar suas vontades, pelo fato de ter suprimido o legislativo. Durante seu governo, Getúlio foi um adepto das ideias que o governo deveria desemprenhar papel atuante na economia, tomando diversas medidas para fazer viabilizar essas operações. Nesse período o Brasil sofria uma forte queda das suas exportações, tendo caído para abaixo da metade do ano anterior. Neste cenário, a escolha do ministro da fazenda, feita por Vargas, foi fundamental, pois ele precisava reverter uma crise que assolava o ocidente.
Oswaldo Aranha, foi o homem escolhido para desempenhar esse papel importante, dentro do governo, ser o ministro da fazenda. Logo quando assumiu, percebeu, rapidamente, que o Estado, em períodos de crise econômica, necessitava intervir agressivamente na economia para articular o mercado da melhor maneira possível. Assim, a política econômica do governo Vargas, em seu início, foi altamente nacionalista e intervencionista. Essa maneira de gerir a economia mostrou estritamente eficaz, para a saída da recessão econômica que era sofrida no período. Entre as medidas efetuadas, estão a estabilização do cambial e o monopólio do Banco do Brasil, como o único comprador e vendedor de divisas, deixando o Estado como o controlador do fluxo financeiro externo do país.
Com essas deliberações, o governo isolou o mercado interno da situação internacional, o qual a economia estava em crise. Ademais, o fluxo comercial teve intervenção do governo, pois ocorreu queda no valor pago pelo principal produto de exportação do pais, o café, de modo que seu preço foi extremamente desvalorizado. Entre as soluções promovidas pelo governo para tentar controlar o problema, a proibição de novas plantações do produto está entre elas. Isso ocorreu devido ao recorrente aumento da produção, que já tinha superado a demanda do consumo mundial do produto, passando durante o período de crise a corresponder ao dobro do consumo mundial.
Assim, Oswaldo Aranha, o ministro da fazenda viu como solução tornar o governo o único comprador do estoque do produto e o intermediário das vendas para o exterior. Ocorreu assim uma retomada do Plano de Valorização do Café, que objetivava também, a troca de produtos agrícolas por equipamentos industriais para aumentar ainda mais a importância industrial no Brasil. Dessa maneira foi possível equilibrar a situação em um período relativamente curto.
O setor industrial brasileiro, ao sofrer pouco com a crise de 1929, conseguiu superar a produção agrícola e passa a ser o mais relevante na economia brasileira. Com essa prosperidade industrial, e forte protecionismo do governo, acabou por desencadear um ciclo migratório no pais, para atender a demanda por mão-de-obra nas indústrias. Ele foi marcado pela intensa migração de nordestinos para o sudeste, principalmente São Paulo, o polo industrial brasileiro.
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