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Astecas

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Por:   •  23/6/2014  •  2.351 Palavras (10 Páginas)  •  896 Visualizações

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SOCIEDADE ASTECA: ESCRAVIDÃO OU SERVIDÃO?

*Mª da Conceição Fernandes Rodrigues

*Valdelícia Pereira Vieira

Resumo: O presente estudo tem por objetivo destacar os escravos Astecas, descrevendo suas características no âmbito social, econômico e cultural. O povo Asteca foi um dos mais importantes da América. Contendo uma diversidade cultural e uma sociedade bastante organizada, destacando a servidão coletiva.

Palavras – Chave: Astecas; Sociedade; Escravidão.

INTRODUÇÃO

O presente artigo focaliza a sociedade Asteca, com o objetivo de descrever como era a vida dos escravos, ou melhor, dos servidores nessa civilização, de um povo que muito contribuiu para a história da América.

Sua sociedade era muito organizada e hierarquizada com o governante, semidivino, que situava-se no topo da pirâmide social, seguido pela aristocracia que eram os chefes militares, sacerdotes e altos funcionários do estado, artesãos de elite e comerciantes, camponeses e, por último, os escravos que era prisioneiros de guerra, indivíduos que haviam sido punidos por crimes, ou vendidos. As leis dos Astecas eram severas e isso permitia o crescimento do império.

Os Astecas estabeleceram-se no Vale do México depois de 1200, partindo da legendária Aztlán, essa tibo encontrou o território ocupado por outros indígenas. Porém, em relativamente pouco tempo, os astecas formaram um grande império, baseado na conquista militar.

Nos inícios do século XIV, fundaram a sua capital Tenochtitlán, erguida em uma ilha do lago Texcoco, ao redor do tempol dedicado a Huizilopochtli deus do sol. Esse povo deviam obediência os deuses e praticavam rituais de sacrifícios humanos.

Neste caso entraremos em um dos principais pontos de nosso artigo, as classes que se encontrava abaixo da base, os escravos (tlatlacotin), Tenochittan era bastante diversificada em relação a sua composição social, os escravos estavam no nível baixo, porém observa-se que os mesmos não eram escravizados de forma a perder seus direitos, prestavam serviços e gozavam de regalias impostas pelos soberanos ou a lei.

1. OS ASTECAS E SUA SOCIEDADE

Os Astecas criaram uma civilização com fortes traços urbanos. A capital, Tenochtitlán, possuía uma vida urbana muito movimentada, um ativo centro de comércio, inúmeras construções que abrigavam a administração pública e vários templos e pirâmides dedicados aos inúmeros deuses cultuados por eles. Esta era uma cidade de praças, canais, palácios e templos de tal grandeza que deixaram boquiaberto os conquistadores espanhóis.

Tenochtitlán representava o poderio asteca que os espanhóis, no processo de conquista da América, transformaram a cidade em ruínas sobre a cidade do México, a fim de que não restasse um traço sequer da importância que a cidade havia representado.

As riquezas acumuladas pelos reis surpreenderam os espanhóis e foram, evidentemente, um dos mais fortes motivos para a destruição daquela civilização. Vale aqui lembrar que os espanhóis só tocaram os tesouros dos astecas, quando eles perderam toda a sua força militar.

O controle feito pelos astecas sobre as regiões dominadas era através de uma poderosa força militar como já havia citado, onde garantia a submissão dos outros povos e o pagamento de tributos devidos ao imperador asteca. Foi graças a essa exploração econômica que os governantes conseguiram acumular os tesouros levados pelos espanhóis.

O governo era exercido por um monarca, denominado Tlatoani, que era eleito pelos os membros da camada dominante. Após a eleição, o novo rei tinha o seu poder sancionado pelos sacerdotes, que conferiam a ele um carácter divino.

A população pobre era formada principalmente por trabalhadores agrícolas que tinham o direito de explorar um lote de terra, com o compromisso de pagar tributos ao Estado. As crianças tinham escolas e havia a possibilidade de ascensão social para os que quisessem entrar para o exército do clero.

A base social era a familiar, garantida pelo casamento, com grande valorização da esposa, que era considerada companheira e não escravo, muito diferente pela cultura dos europeus. Após os filhos tornarem-se adultos ela poderia dedicar-se a três profissões, sendo elas a parteira, casamenteira e curandeira que deveria ter conhecimentos de magia, utilização de ervas medicinais, orações e outros.

Com a conquista das novas terras, ou melhor, das novas alianças, começavam as negociações de tributos a serem pagos, os cirurgiões suturavam os terríveis ferimentos causados pelas lâminas de obsidiana e os escribas contabilizavam o número de prisioneiro que possivelmente seriam utilizados em sacrifícios.

Não existiam prisões, ladrões tinham que pagar em dobro ou eram condenados à escravidão, nobres embriagados ou preguiçosos eram executados com a morte, no lado de fora do tribunal.

Para os astecas o homem, individualmente, representa um exemplo para toda a coletividade. Seus erros são punidos com rigor e sua generosidade e demais perfeições de sua vida devem ser seguidas. Aos nobres recaem ainda mais o peso de se manterem puros e íntegros diante da comunidade.

Nesse sentido, para os Astecas, segundo Soustelle:

Um homem civilizado é, antes de mais nada, aquele que sabe se controlar, que não extravasa seus sentimentos – salvo quando é conveniente fazê-lo, e de acordo com padrões admitidos, que observa em todas as circunstâncias uma atitude digna, uma postura correta e reservada. (p. 248).

2. ESCRAVIDÃO OU SERVIDÃO DOS ASTECAS.

As páginas que se seguem dão conta de questões relacionadas a uma das diversas categorias populares urbanas e rurais da civilização asteca a civilização que estava na base dessa sociedade.

Pode-se perceber várias distinção da escravidão mexicana para a clássica, os astecas ao subordinar um indivíduo para lhe prestar serviços, essas pessoas viviam em situações e práticas totalmente diferentes da escravidão imposta pelos europeus, sendo que a palavra escravo fica desconexa com a história dessa classe, já que praticavam a servidão, por isso não são escravos propriamente dito.

Ao conquistar a capital dos astecas

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