Caso Concreto 8: A República Velha
Pesquisas Acadêmicas: Caso Concreto 8: A República Velha. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Padylha • 1/3/2015 • 425 Palavras (2 Páginas) • 1.114 Visualizações
CASO CONCRETO 8: A REPÚBLICA VELHA – ( O Período Oligárquico)
No decorrer das três primeiras décadas do século XX, os dois estados, representados por suas elites econômicas irão construir e consolidar o controle político do Estado Nacional, inclusive celebrando um acordo, que estabelecia um revezamento entre o Partido Republicano Paulista e o Partido Republicano Mineiro, na Presidência da República.
A partir daí começaria a se construir um modelo político sustentado pelos acordos, pelo controle do voto e predomínio das elites agrárias nos seus respectivos estados, enfim da prática do Coronelismo.
Essa denominação, na verdade, se remota a Guarda Nacional, organização militar criada no Brasil em 1832, durante o período regencial. Na prática a Guarda Nacional que, na sua criação, estava subordinada a um grande proprietário rural que recebia o título de Coronel, era o instrumento que fazia valer o poder dessas autoridades locais sobre uma parcela da população que a ele estava subordinada. Essa subordinação, que se dava em muitos aspectos, garantia a esse grande proprietário um controle político absoluto na região onde ele predominava.
Esse controle político, garantido por essa subordinação, se refletia no controle sobre o voto. Na sua região era eleito quem o Coronel desejasse. Assim os municípios eram controlados por esses grandes proprietários, que pela força ou dependência, tinham sobre seu controle os votos necessários para garantir o predomínio político. A população local dependia do coronel para quase tudo.
Esses favores muitas vezes dados em troca de voto, em uma prática conhecida como clientelismo, em que o eleitor era uma espécie de cliente, recebia favores e em troca garante que seu voto e de seus familiares fossem dados ao Coronel que lhes prestou o serviço. Era uma espécie de troca.
Outra possibilidade era a utilização da força, o chamado voto de cabresto. Esse se manifestava, fosse pela presença dos jagunços desse coronel nos lugares onde ocorria a votação, fosse pela simples ameaça ou ainda pelo medo da violência construído no dia a dia. A coerção eleitoral era facilitada pelo fato das eleições serem abertas e não secretas.
Além dessas formas de corrupção eleitoral, havia fraudes de todos os tipos. Sessões eleitorais eram fechadas e os jagunços do Coronel votavam por todos os eleitores daquela zona eleitoral, inclusive pelos mortos. A contagem era realizada sem que ninguém fiscalizasse. Por isso, o processo eleitoral garantia de todas as formas possíveis que apenas os candidatos indicados pelos coronéis fossem eleitos..
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