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Civilização Musumana

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Por:   •  10/10/2013  •  2.264 Palavras (10 Páginas)  •  197 Visualizações

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Civilização mulçumana

Enquanto o Império Romano do Oriente lutava para manter vivas a cultura e as tradições helenísticas, um povo de pastores semitas mudava o curso da História.

Mobilizados pelo profeta Maomé, entraram em choque com a civilização bizantina e com os novos reinos da Europa ocidental. Os muçulmanos construíram a civilização mais brilhante da Idade Média, assimilando o patrimônio cultural dos povos do Oriente Médio e do Extremo Oriente. Atualmente, o islamismo conta com milhões de seguidores em todo o mundo.

A península dos árabes

A Arábia é um imenso deserto de pedras e areia. Seus escassos habitantes se fixaram na costa do mar Vermelho e nos oásis do interior. A península Arábica era habitada por tribos de beduínos semitas, da mesma origem dos judeus, fenícios e assírios.

Os beduínos da Arábia eram pastores de rebanhos de cabras e camelos. Sua principal atividade era o comércio entre os oásis do interior e o litoral. Nas aldeias, tais como Meca e Latribe, cultivavam a terra.

Islão

A história da Arábia costuma ser dividida em duas grandes fases:

• Arábia pré-islâmica – período anterior à fundação do islamismo.

• Arábia islâmica – período caracterizado pelo islamismo.

Arábia pré-islâmica

Viviam na penisula Arábica diversos povos semitas, destacando-se os:

• Árabes beduínos – povos seminômades que vagavam pelos desertos. Organizados em tribos, dedicavam-se á criação de animais (ovelhas, cabras, camelos);

• Árabes urbanos – povos sedentários que habitavam as cidades próximas ao litoral. Dedicavam-se sobretudo ao comércio, sendo responsáveis pelas caravanas de camelos que transportavam produtos do Oriente para as regiões do mar Mediterrâneo.

Até o século VII, os árabes não eram politicamente unidos, isto é, não formavam um estado. Mas tinham elementos comuns, como o idioma árabe e as crenças religiosas. Eram politeísta e adoravam cerca de 360 divindades.

Numa tentativa de dar maior unidade às diversas tribos árabes, foi construído na cidade de Meca um templo religioso, a Caaba (‘casa de Deus’), que reunia as principais divindade de toda a Arábia. Na Caaba encontra-se a pedra negra (pedaço de meteorito), que acreditam ter sido trazida do céu pelo anjo Gabriel.

Devido ao templo, Meca tornou-se o centro religioso e comercial dos árabes, pois a cidade transformou-se em ponto de encontro de pessoas e mercadorias de diversas regiões.

Arábia islâmica

Maomé (570 – 632) foi o fundador do islamismo, religião monoteísta, também chamada de religião muçulmana ou maometana.

Em suas pregações religiosas, Maomé dizia que todos os ídolos da Caaba deviam ser destruídos, pois havia um único Deus criador do universo. Isso provocou a reação dos sacerdotes de Meca, que eram politeístas e tinham interesses em manter a cidade como centro religioso e comercial dos árabes.

Devido a suas pregações, Maomé foi obrigado a fugir de Meca para Yathrib (posteriormente denominada Medina, ‘a cidade do profeta’), em 622. esse episódio, conhecido como hégira, marca o inicio do calendário muçulmano.

Aos poucos, Maomé conseguiu difundir sua religião em Medina e organizar um exercito de seguidores que, em 630, conquistou Meca e destruiu os ídolos da Caaba.

A Caaba foi transformada num centro de orações, e a crença politeísta foi proibida.

A partir daí, Maomé expandiu o islamismo por toda a Arábia, unificando as diversas tribos em torno da religião. Assim, através da identidade religiosa, criou os árabes uma nova organização política e social.

Doutrina islâmica

A submissão a Alá

O Islamismo prega a submissão total do homem a vontade de Alá, o Deus único, criador de todo universo. Essa submissão é chamada de Islão, e aquele é denominado muçulmano (do árabe muslim).

Os princípios básicos do Islamismo estão contidos nas seguintes regras fundamentais:

• Crer em Alá, o Deus único, e em Maomé, o seu grande profeta.

• Fazer cinco orações diárias.

• Ser generoso para com os pobres e dar esmolas.

• Cumprir o jejum religioso durante o Ramadã (mês do jejum).

• Ir em peregrinação a Meca, pelo menos uma vez na vida.

Alcorão

As revelações feitas por Alá a Maomé foram reunidas por seus discípulos no livro sagrado Alcorão (‘ a leitura’).

Além de orientações puramente religiosas, o alcorão que contribue para a preservação da ordem social e dos interesses dos grandes comerciantes. Proíbe, por exemplo, que os fieis comam carne de porco, consumam bebida alcoólica, pratiquem jogos de azar. O roubo é severamente punido. A poligamia e a escravidão são permitidas.

Maomé

Maomé nasceu em Meca em 570. Era pastor e cuidava de caravanas de camelos. A tradição conta que Maomé recebeu uma revelação do arcanjo Gabriel, segundo a qual Alá o escolhera para pregar a mensagem de salvação entre seus irmãos árabes: o Islã, que significa a “submissão à vontade divina”.

Os ensinamentos de Maomé fortaleceram os laços familiares entre os árabes. A mulher deixou de ser escrava para tornar-se companheira. A poligamia, o costume de manter muitas mulheres, teve seu limite fixado em quatro esposas.

O império muçulmano

Com a morte do profeta, seu sogro, Abu-Beker, se proclama califa, palavra que significa sucessor, e governa em nome do profeta. O califa era um misto de chefe político e religioso. Tinha como missão preparar os árabes para a conquistada Terra. Abu-Beker foi sucedido pelo califa Omar. Durante seu governo de onze anos, deu-se o início da expansão muçulmana. Guerreiros do Islã atacaram a Pérsia e o Império Bizantino, ambos debilitados por lutas internas. Em pouco tempo, graças ao progresso militar atingido pelos muçulmanos, conseguiram dominar extensos territórios e controlar o comércio do Mediterrâneo. A Pérsia se rendeu após dez anos de luta. O Império Bizantino perdeu a Síria para os árabes.

No Egito,

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