Coca-cola
Resenha: Coca-cola. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ANELYFOREVER • 25/8/2013 • Resenha • 484 Palavras (2 Páginas) • 296 Visualizações
A Coca-Cola chegou informalmente ao Brasil em 1941, por Pernambuco. A produção começou no Recife, na Fábrica de Água Mineral Santa Clara, mas logo se espalhou pela capital pernambucana, com mini fábricas, nada mais do que kits contendo os equipamentos básicos. Simultaneamente, estendeu-se por toda a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Tudo para matar a sede dos pracinhas americanos e brasileiros que circulavam pelo chamado "Corredor da Vitória", parada obrigatória dos navios para a África do Norte a Europa, na Segunda Guerra Mundial.
A primeira fábrica "de verdade" do país foi instalada na então capital brasileira, o Rio de Janeiro (até 1960), no bairro de São Cristóvão, o polo industrial da cidade. No dia 18 de abril de 1942 saía do Rio de Janeiro Refrescos (nome da fábrica carioca) o primeiro lote de garrafinhas de Coca-Cola, na embalagem de 185 ml, única existente na ocasião. O concentrado e o gás vinham dos EUA e o xarope era feito no Rio. A fórmula era misturada num enorme tanque de 300 litros, com a ajuda de uma colher de pau feita de peroba do campo - madeira que não deixa gosto nem cheiro. As máquinas Dixies marcaram a tecnologia de vanguarda, engarrafando uma garrafa por vez a um ritmo de 30 por minuto. Logo as Dixies foram trocadas por modernas 100-40, produzidas pela Crown Cork. Depois vieram as Liquids, as Holsteins e as Krones.
Foi ainda na década de 1940 que a Coca-Cola implantou o sistema de franquias no Brasil. A primeira autorização para a fabricação do produto foi concedida à Industrial de Refrescos, do Rio Grande do Sul, seguida pela Spal Indústria Brasileira de Bebidas S/A, em São Paulo. E em 1945 era inaugurada a segunda fábrica no Rio, também em São Cristóvão, contando com uma máquina que enchia 150 garrafas por minuto e uma lavadeira de garrafas. Três anos depois, surgia outra fábrica, moderníssima para a época, na Avenida Suburbana (hoje Avenida Dom Hélder Câmara), também no Rio, com duas linhas de engarrafamento e uma máquina com capacidade de produção de 200 garrafas por minuto, a mais veloz do gênero no Brasil. Em 1950, a Coca-Cola já contava com 11 fábricas espalhadas pelos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais. Bahia e Rio Grande do Sul.
Apesar de todos os avanços tecnológicos, não foi fácil levar os consumidores a provar Coca-Cola, e mais difícil ainda, criar o hábito da bebida gelada, incomum naqueles tempos. Por ser novo, o produto oferecido em bares, botequins, cinemas, era frequentemente recusado. Mas a propaganda e as eficazes técnicas de venda acabaram vitoriosas, fazendo com que, a cada dia, um número maior de consumidores se rendesse àquela bebida escura, mais gasosa e de sabor difícil de ser definido, apresentada numa embalagem única, peculiar por seu design de curvas sinuosas e apelidadas de Mae West, nos Estados Unidos, numa referência à famosa atriz americana, símbolo sexual da época.
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